Rael

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Eu e ela saímos da agua, passamos lá na barraca para pegar nossos celulares e fomos numas pedras que a Eduarda queria ver. Ela quase escorregou várias vezes e eu ajudei a lerdona a subir nas pedras. As ondas se quebravam ali e realmente de noite deveria ser uma puta vista, mas agora, no sol quente pra caralho tudo que a gente sentia era calor e nossa cabeça pelando pra caralho. — Tira uma foto minha, Rael. — ela ajeitou o cabelo e me entregou a câmera. — Ah, não. Tira com o teu que é IPhone XS muito playboy.

— Bobona, mané. — dei uma risada e peguei meu celular, desbloqueei e fiquei tirando várias fotos dela. Não entendo mulheres, a foto saiu bonitona e deixaria os caras tudo babando no Instagram, mas quer perfeição, não pode mostrar celulite, não pode mostrar a gordurinha na barriga. Eu não ligo pra isso e eu acho cilada pra caralho se um cara parar para olhar essas imperfeições. Eduarda era maravilhosa de todas as formas, mas claro, ela nunca iria saber que eu achava ela gata pra caralho.

— Deixa eu ver — ela comentou e quase escorregou da pedra, eu dei a mão para ela e ajudei ela a subir. Mostrei as fotos e ela fez careta, mas pelo menos, curtiu uma. — Não ficaram tão boas. Eu não to me sentindo bonita hoje.

— Ih, deu crise? — eu ri e ela me deu um tapa no braço — Tu é linda, garota.

— Você elogiou a Taiane na praia, elogiou a Giulia, a Lia.... Elas são lindas e bem mais do que eu — ela estava realmente passando por crise. Essas crises de se achar feia e os caralhos.

— Eu te acho mais gata – respondi e ela me olhou sarcástica — Mesmo assim elas podem ser gatas, ué. Não vai impedir que você seja gata também.

— Para de me gastar só porque você quer me pegar — ela resmungou e eu puxei ela pela cintura.

— Você é gata pra caralho, garota. — respondi — Acho que tu tá jogando comigo...

Ela deu um sorrisinho e eu cerrei os olhos. — É, porra. Tá jogando que tá se achando feia para que eu fale que tu é linda....

— Não estou não – ela resmungou – Tem dias que a gente amanhece assim... Sei lá.

— Não se preocupa com isso, cara. Você é bonita — respondi pela trigésima vez. Segurei ela pela cintura e colei seu corpo no meu. O corpo dela molhado junto com o meu corpo molhado também. Eu dei um cheiro em seu pescoço e ela se arrepiou toda. — Você quer ficar com o amigo da Giulia?

Ela se separou de mim — Não sei.

— Hm — eu grunhi — O cara é gente boa, pô.

— Deu pra ver — ela respondeu.

— Você sabe que tá tudo bem, né? — eu perguntei e ela cruzou os braços e abriu um sorriso irônico.

— Rael William, não era você o senhor "pode ficar com qualquer um na minha frente que eu não ligo"?

— Eu continuo sendo — umedecei os lábios — Só não quero que você escolha gente ruim.

— Sou grandinha, bofe — ela passou a mão no meu rosto e botou a mão no meu cabelo. — Não dou muita moral pra fuck boys. – piscou de forma debochada.

— Eu não sou um escroto, Eduarda — eu ri sarcástico.

— Eu não disse que você era. Disse que eu não dou muita moral – ela piscou. — Isabela me mandou uma mensagem falando que vai fazer um churrasco lá na casa do tal amigo da Giulia. Você vai?

Eu dei de ombros — Se todo mundo for....

Me encantou demaisOnde histórias criam vida. Descubra agora