Rael

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Eduarda adorava mexer comigo com essa parada de ciúmes, ela sabia que eu era todo cismado mesmo a gente não tendo nada e ela forçava demais para que eu sentisse ciúmes e confessasse e demonstrasse isso a ela. Eu ficava muito puto porque odiava ter ciúmes de alguém que eu não podia falar nem um aí porque não tinha um relacionamento estável e sério.

Ela me olhou com um biquinho malicioso — Você é tão gatinho saindo do banho, todo cheirosinho, com esse cabelo molhado e desarrumado e essa carinha.

Eu dei uma risada irônica, carregada de ciúmes. Puta que pariu. Eu odiava ter ciúmes. — Você fala isso pro Caleb também?

Ela riu — Não, ainda não tive a oportunidade de ver a cena, mas quando for o caso, eu te conto quem fica melhor saindo do banho. — Ela botou um sorriso debochado nos lábios e deu aquela risadinha de quem tinha acabado de acertar seu objetivo. Eu revirei os olhos e caminhei para o lado oposto ao dela catando uma camisa para vestir. — Eu adoro ver você com ciuminho.

— Não viaja — Coloquei minha camisa e sai procurando uma cueca pra botar, tirei a toalha do meu corpo e o olhar da Eduarda desceu em direção ao meu pau. Só de ver aquela carinha sedenta dela já deu vontade de tacar ela ali mesmo e deixar ela bem maluquinha. Mas, eu ainda estava puto com a tentativa dela de me fazer ciúme.

— É ciúmes sim. Se não fosse, você não estaria todo estressadinho aí cheio de raivinha — Ela encarou as unhas e em seguida me olhou com aquela carinha dela. Garota desgracada dos infernos. — Eu to errada, Ralf?

— Tá — respondi — Eu não to puto, Maria Eduarda. Encerra esse assunto, falou?

Ela se rendeu e botou mais uma vez o sorrisinho no rosto concordando com que eu estava falando. Eu passei por ela e ela me fuzilou com os olhos. Eu não estava dando muita moral porque eu realmente tinha ficado bem puto com o que ela disse, eu sei, uma ideia de maluco minha mas eu não conseguia disfarçar.

— Sua familia é muito tranquila. Ah, eu adoro seus pais e o amor que eles sentem um pelo outro — Ela comentou — Parece que foram destinados a viverem juntos.

— Os pais do Caleb também — Respondi, a cortando.

Ela soltou uma risada e eu a encarei. Eu realmente estava me comportando como um adolescente retardado e punheteiro que não consegue controlar seus sentimentos e pensamentos. — Você tem quantos anos, Rael? 5? Para de show, cara. — Ela rolou os olhos — Sabemos que você tem ciúmes do Caleb, mas não seja tão previsível.

— Na moral, já tá me deixando puto — Bufei e ela ficou quieta, mas segurando a risada. — Vai ficar falando desse menor aí, mesmo? Eu te trouxe aqui pra conhecer minha família, pra gente ficar de boa e não para ficar falando desse maluco aí que ninguém sabe quem é.

— Hm — Ela caminhou até a mim, eu estava de costas mas como mulher é um bicho do demônio ela foi logo beijando minhas costas para se redimir. Meti minha cara feia para ela, mas mesmo assim, ela percorreu uma trilha de beijos pelas minhas costas até conseguir o que queria que era me deixar arrepiado pra cacete. — Você fica um tesão com ciúmes, sabe? Essa história de ser submissa na cama, dar uns tapas e dizer que sou sua não tá tão ruim assim.

— Tu não brinca comigo, Maria Eduarda. Eu to logo avisando — Eu me virei para ela que me encarava com seus olhos verdes como se tivesse acabado de ter a mais brilhante das ideias. — O que foi? Tá com essa cara por que?

— Vem comigo — Ela me puxou pela gola da camisa, mas de forma nenhuma eu conseguia desvencilhar a minha cara fechada porque eu estava realmente muito puto. Ela me puxou para perto dela e botou suas mãos em meus cabelos molhados, e foi seguindo até encontrar a minha nuca onde ela começou uma carícia bem gostosa ali. — Você fica muito gostoso quando está com ciúmes.

Eu mumurrei algo que ela não entendeu, e seus beijos da minha bochecha foram parar no meu ouvido. Diabo de saia. Garota do demônio. Ela sussurrou bem baixinho no meu ouvido. — Eu sou sua, Rael William. E não digo isso apenas para sexo.

Eu dei um sorrisinho — Nossa aposta ainda tá de pé?

Ela deu uma risada e negou com a cabeça — Não, eu disse que você é minha prioridade, mas não que eu estou apaixonada e quero me casar com você e botar o nome dos meus filhos de William. Afinal, breguissimo.

Eu dei uma risada. — Na moral, você não existe.

— Eu existo sim e estou aqui te dando a maior moral para você desdenhar de mim por causa de ciúmes, seu otario. — ela resmungou e se afastou de mim. — Não sei porque te falei do Caleb agora você vai ficar enchendo meu saco com isso.

— Ué, é só ir pro Caleb — Dei uma gastada com a cara dela e ela me mandou o dedo do meio e foi a sua vez de fechar a cara.

— VOCÊ É INSUPORTÁVEL — Ela resmungou alto e se jogou na cama como uma criança mimada que tinha sido rejeitada. Eu dei uma risada com a situação que ela mesmo criou.

— Se não aguentava porque começou com essa história de Caleb? Só pra me causar ciúmes e inflar seu ego?

Ela me olhou com desdém e mais uma vez me mandou o dedo do meio. — Você confirma que sentiu ciúmes então?

— Eu que te fiz a pergunta primeiro, Eduarda. Por que tu quer que eu admita essas paradas? Que eu fale dessas paradas se você mesmo acabou de dar uma moral monstra para o menor aí? — Eu perguntei, franzindo a testa e ela resmungou.

— Eu só queria que você demonstrasse um ciuminho — Ele fez um biquinho e logo se arrependeu. — Nossa, que babaca que eu to sendo. To confessando que queria ver você sentindo ciúmes de mim e que isso demonstrava que você sentia pelo menos algo pela gente. Mano, que otaria.

— Eu senti ciúmes, sua otaria — Eu respondi, cortando a Eduarda. Ela me olhou não esperando uma resposta vinda de mim e eu dei um sorrisinho de lado enquanto tirava a minha camisa e empurrava ela na cama. Fazendo com que ela deitasse na cama por baixo de mim. Eu percorri meus beijos pelo seu pescoço e senti as unhas dela na minha nuca me deixando bem arrepiado. — Eu senti ciúmes, caralho, você entende agora? Caleb é o caralho. Eu quero você aqui comigo. Era isso, Eduarda? Já pode dormir tranquila.

Me encantou demaisOnde histórias criam vida. Descubra agora