~123~

145 18 0
                                    

   — O que fazemos aqui? — olho o ambiente e em seguida eles e todos me olham.
   — A partir de agora, seu nome é Angélica e tem 19 anos — Fernanda me entrega uma identidade e a olho surpresa.
   — Não acredito! — olho como tudo parece perfeito — seus fora da lei! — todos começam a rir e saem do carro. Carl segura minha mão e fomos até a fila, passamos um tempo a conversar sobre filmes, ainda não acredito que vou entrar numa boate.

  Realmente só acredito mesmo quando as luzes neon estão em todas as partes, a música estronda cada canto daquele lugar cheio de pessoas grudadas a dançar, Fernanda se anima e puxa seu namorado, sinto Carl segurar a minha cintura e sorrio, olho para o mesmo e me guia numa dança, nunca pensei nisso nem na possibilidade de o ver dançando, mas caio na gargalhada e ponho meus braços no seu ombro. Não demora para que agarre uma garrafa de bebida e já estou bêbada apenas com o gosto de sua boca, confesso que acho aquilo álcool puro, não há gosto de nada e Carl ri de mim várias vezes que tento engolir algo.
   — Tenta essa, é doce — me entrega uma bebida na cor verde, olho para aquilo e vou ao seu ouvido.
   — Está me dando droga para provar senhor? — aperta minha cintura me puxando para ele.
   — A única coisa que quero que prove, sou eu sobre você — o olho nos olhos enquanto bebo a bebida e dessa vez gosto, me puxa para a pista e toca uma ótima música para dançar. Enquanto meu corpo está colado ao dele, olho em seus olhos, está totalmente hipnotizado a mim, não demora muito para estamos a caminho do lado de fora, fomos para onde o carro está, Carl está realmente bêbado, dá para se vê que passa longe de está totalmente sóbrio, mas ainda parece ter consciência do que faz. Entramos no banco de trás, e me empurra para a porta. O barulho da chuva no teto nos alerta que chegamos a tempo antes de nos molhar, seus beijos no meu pescoço estão a acender o fogo.
   — Sabe o que combina com Álcool? — olho em seus olhos e aceno que não, minha coxa é levantada por suas mãos e vejo o quanto suas pupilas estão dilatadas — sexo.

   Acordo com a faísca de sol nas minhas pálpebras, com os olhos semi cerrados respiro fundo, olho para o quarto coçando meu olho esquerdo e ouço um suspiro, não me lembro de nada e a dor de cabeça que sinto é enorme, Carl está deitado ao meu lado me atrevo a olhar para baixo dos lençóis para ver que estou de pijamas e que está de boxes. Pego meu celular ao lado e olho o ecrã, tem vinte mensagens e tenho medo de as abrir, sinto minha cabeça latejar, a velha ressaca que todos os adolescentes vividos reclamam. Me levanto da cama deixando Carl a dormir e vou em direção ao banheiro, tomo um banho e visto uma roupa leve, está calor hoje. Pego novamente o celular e saio do meu quarto, olho para o de Elina e vejo que não está, então vejo o horário. São três da tarde, nenhum dos adultos da casa estão aqui, desço e resolvo preparar o almoço, tomo um comprimido enquanto abro a caixa de mensagens.

   "Foi embora com Carl?".      F

    "Não acredito que o carro está balançando!".         F

    "Droga Angel, estou te procurando preocupada".     F

   Estou estasiada! O que aconteceu ontem? Não me lembro de nada a não ser a pista de dança! Se antes estava com dor de cabeça, fiquei mais ainda tendendo lembrar das coisas enquanto preparo o almoço. O que houve? Fizemos alguma coisa no carro! Fernanda disse, porcaria! Que horas chegamos? O que vou dizer a Daniel da demora?
  — Bom dia — me assusto com Carl, o olho, devo estar mais vermelha que a bermuda que usa hoje, se não me lembro de nada, ele muito menos, mas, ele é bem mais acostumado com a bebida e a droga do que eu. Respiro fundo e resolvo não falar nada, apenas o sirvo e me sirvo sentando junto a ele para começamos a almoçar.

   Conversamos sobre o casamento de nossos pais, mesmo que tente esconder, está feliz pela felicidade de sua mãe e não é por menos sendo filho dela, também não posso negar a minha felicidade pelos dois, acho que todos nós precisávamos disso, cada um. Ainda estou a me recuperar dos meus pesadelos, o dia da minha última consulta se aproxima e são tantas coisas para um mês só, que não cabe mais ansiedade e medo em mim, um casamento, uma formatura e uma consulta, em diferença de dias, as férias de verão e logo o meu tratamento, não poderia está menos ansiosa, poderia? Estou a assistir um filme com o garoto ao meu lado, comemos pipoca enquanto rimos da comédia, são cinco da tarde e Londres está quente de matar, Carl está digitando ao telemóvel falando com Conan, estou meio preocupada sobre o que Daniel e Elina vão falar sobre ontem, aliás não lembro de nada, não sei como chegamos e nem que horas chegamos, só sei que sumimos da festa.

Destinados - Um Começo Para O Fim - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora