Espero Carl na sala enquanto vejo alguns vídeos no YouTube de tutoriais, à noite está fria e visto um conjunto de moletom. Ouço que sua porta do quarto é trancada como de costume e o rapaz desce com seu gatinho nos braços.
— Hora de comer rapaz — diz a Thomas que mia enquanto faz carinho em suas pernas que estão a mostra por conta dos calções que usa. — Vamos? — seus olhos entram em contato com os meus e me levanto deixando meu celular encima da mesa de centro, suspiro e puxo meus cabelos para frente dos meus ombros, caminho até o rapaz com minhas mãos ao bolso dando um beijo em seus lábios.
— Agora sim — sorri e sinto sua mão sobre minha cintura para me puxar para perto, Carl me abraça e deposita um beijo na minha testa.
— Então vamos — segura minha mão e saímos em direção ao seu carro. Carlos foi o percurso inteiro a falar com Conan no seu celular, hoje ele iria para a festa junto ao rapaz e também havíamos combinado de ir ao parque ainda, já que da última vez meu pai resolveu ter ataques de ciúmes e nem deixar eu sair com ele deixou, combinamos de ir depois da roda de apoio de amanhã, depois que continuamos a conversa de hoje cedo, o dia foi longo e mesmo cansada querendo estar sobre minha cama, não é por conta disso que vou deixar de ir a sua luta hoje, isso se tornou parte de Carl e ele querendo ou não, da para ver em seus olhos a vontade de distribuir uns socos e recebê-los, só quero está lá para apoiar a ele, mesmo isso não passando na televisão, é uma luta paga. Muitas vezes resolvo não questionar sobre seus hobbies, nem tudo que é pergunta existe uma resposta, muitas vezes por não ter explicação ou por esconder algo. Então apenas fico quieta e o apoio acima de tudo, assim como faz comigo.
— Quando estivemos lá, Conan estará contigo para não ficar sozinha, caso contrário, eu nem te traria para estar no meio de brutamontes — me olha e volta a observar a estrada.
— Até parece que não sei me cuidar sozinha — digo indignada ouvindo a sua risada baixa e rouca.
— Tenho que ficar de olho às vezes — suspiro e rolo os olhos.
— Se preocupe em ganhar, ok? Estarei torcendo por você — parou o carro e sorriu.
— Que bom, imagine se estivesse a torcer para outro — diz e rimos.
— Você ficaria com mais raiva e o bateria até ganhar — finjo está pensando — acho que vou torcer para o adversário. — Carl fechou sua expressão em segundos e assume uma semblante neutro, me olha profundamente e posso dizer que isso é um pouco constrangedor.
— Jogo a luva na sua cabeça — sorriu e mostrou os dentes, o que me fez sorrir em alívio por não ter levado a sério a brincadeira. Em direção ao local que parece mais uma boate escondida, uma boate de adolescentes drogados e que não querem que os pais saibam dos seus hobbies, mas não é diferente, tem música, drogas, adolescentes e socos. Encontro com Conan.
Carl já havia sumido no meio de tanta gente, andamos até à frente do ringue e a cada segundo meu coração bate tão rápido e minha respiração parece tão desregular. Tento manter a calma enquanto sinto o cheiro da maconha e da bebida, apenas me acalmo e quando menos espero uma música começa a tocar, as luzes estão apagadas e apenas algumas coloridas se movimentam de acordo com os toques e batidas, quando o rap chegou no nível alto, as luzes acendem e todos vão a loucura, o rapaz moreno de corte curto abriu seus braços e sorriu a todos, subiu o octógono e tudo se apagou novamente, uma guitarra é ouvida num tom alto, logo a bateria e o vocal num grito rouco, quando todos os instrumentos se juntaram as luzes vermelhas se acendeu e todos gritaram de um lado, Carl entra com uns shorts pretos, luvas vermelhas e agita a todos, quando entra no ringue tudo fica em silêncio, de frente com seu adversário, nunca me senti tão tensa...A luta já está ao seu auge, Carl já havia batido, apanhado e tudo seguia normal, o juiz segue os golpes e eu sigo cada movimento de Hugo, seu adversário, deu algum golpe no rapaz de olhos verdes que recuou um pouco.
— Vamos Carl! — recebe uma série de socos, enquanto se defende preso entre o corpo de Hugo e o ringue, Conan grita para que saía dali, caso contrário perderia, o que me fez olha-lo e questionar-me se é o treinador do rapaz. Meus olhos arregalados pelo alerta e a gritaria, vejo que está fraco.
— Vamos Carl! Você consegue! — eu e Conan gritamos seu nome e quando Hugo daria seu último golpe Carl segura seu braço, seu olhar transmite ódio, conseguia me sentir intimidada apenas com o seu olhar para seu adversário, ouvimos o grito do rapaz quando foi virado seu pulso, recebeu um soco em seu rosto fazendo cambalear, um no estômago e um chute a perna fez com que Hugo ajoelhe e Carl começasse a o estrangular, a cena é forte, pois ele se debate e por um segundo pensei que Carl o mataria, sua boca desce sangue e seu olhar é pura luxúria, Hugo bateu em seu braço e Carl foi declarado o vencedor, solto todo ar do meu estômago e abraço Conan.
— O TROVÃO DO RINGUE!
![](https://img.wattpad.com/cover/152851872-288-k392043.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Destinados - Um Começo Para O Fim - Livro 1
RomanceUma menina apaixonada pela arte, ama ler e adora se perder em universos de personagens fictícios. Espalha gentileza por onde passa, mas o que as pessoas não sabem é que por trás de cada sorriso existe um lágrima pesada, de culpa e de medo. Angel per...