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    Carl e eu saímos da galeria já era fim de tarde, agora no carro indo para casa eu ainda tenho algumas artes na minha mente. Pensava como seria a nossa formatura, na verdade, eu penso nela desde o ano passado, espero que seja melhor que em meus pensamentos. Amanhã voltará às aulas, Jonathan e seus colegas pararam de importunar o que eu agradeço muito. Megan e as outras ainda me olham de soslaio, mas eu as ignoro.
  — Carl saiu da rota — o olho percebendo que o apartamento está na rua ao contrário da qual viramos. Ele me olha e sorri — o que esta aprontando? — por mais que tudo isso seja ótimo, não sei por que faz, aliás, está me deixando preocupada. Pode ser coisa da minha mente, mas está parecendo uma despedida, sinto como se hoje fosse à última vez de algo, porém, não sei por que penso isso. Só sinto.
  — Preparei um piquenique para nós — quando que ele fez isso que eu não vi?
  — Como? — sai uma pequena risada.
  — Você vai gostar — o olho, incrédula e me ajeito no meu acento para olhar a rua. O céu está ficando numa cor alaranjada avisando que o por do sol está perto. O carro para em um lugar não muito deserto, havia dois casais. Carl saiu do carro e fiz o mesmo, em poucos minutos estamos sentados ao chão a comer um sanduíche de presunto. O sol está se pondo deixando o céu numa cor laranja misturada com amarelo e um rosa lá no fim. A visão é muito linda.
  — É a primeira vez que vejo o por do sol. — Não pude deixar de olhar seus olhos verdes e ver o quão surpreso ficou.
  — Não brinca! — sentou com uma postura curvada ao meu lado.
  — Verdade, do edifício não dava para ver e essas horas eu estaria lendo com certeza.
  — E no Havaí, Nova York? — dei de ombros.
  — Nunca me interessei em ver sozinha — contemplo a maravilhosa visão do céu e me deito vendo a visão dele — não é interessante contemplar algo tão lindo a só — vi seu sorriso e o mesmo deitou por cima de mim me beijando — Carl as pessoas — o afasto ouvindo sua risada.
  — Danem-se as pessoas Angel — me olha — só quero aproveitar o momento — tira mechas dos meus cabelos do meu rosto — nosso momento — seguro sua nuca o trazendo para perto de mim.

  Quando acabamos tudo e voltamos para o apartamento já era mais ou menos sete da noite, o dia foi ótimo e cansativo. Carl voltaria hoje mais cedo para Doncaster e eu iria logo atrás. Recebi mensagens de Daniel, mas não respondi. Deixo que a água leve a tensão do meu corpo, meus músculos relaxam e descanso com a água morna. Desligo o registro me cobrindo com a toalha. Coloco uma aos meus cabelos também e saio do banheiro, coloco apenas uma blusa de Carl por cima de mim e desço as escadas.
  — São os mesmos olhos, os mesmos toques, os mesmos lábios, mas não é você — ouço os versos e percebo que poderia ser uma canção triste, não saberia dizer bem, mas Carl estava tentando achar um tom. Chego por trás abraçando seu corpo e lendo a letra no pequeno caderno. Mesmo sabendo o que ele faz, resolvo apenas falar algumas coisas para iniciamos uma conversa, ultimamente estar longe de Carl se tornou algo ruim, ele é o amigo que eu não tenho mais, sua companhia era a única coisa que eu tinha nas horas ruins e nas boas.
  — O que faz? — seu silêncio é atormentado, meu corpo necessita de uma resposta, estou ansiosa e nervosa, ao mesmo tempo em que tento acalmar meus batimentos.
  — Não acho um tom bom para a música — sua voz rouca diz e eu me sento em suas coxas.
  — Está completa? — seguro o caderno olhando o título.
  — Tenho cinco prontas, mas apenas uma tem um tom — suspira.
  — Canta para mim? — me olha nos olhos me analisando. Digo que procura algo entre minhas pupilas, ou apenas esta a apreciar querendo tempo para pensar se realmente canta para mim. Suas mãos estão postas sobre minhas coxas.
  — Não sei se estou pronto — dizendo isso é surpresa para mim — mas irei arriscar.

  Em poucos minutos a voz de Carl foi surgindo. Canta com sentimento, como se entrega sua alma apenas para esse momento. É algo bom de se ver e ouvir. Mesmo a voz querendo ser tão agressiva sai suave, desliza pela sua garganta como se quisesse soltar todos os sentimentos para fora de si. Carl me olha e o olho, depois de terminar de cantar a música de melodia calma, presto bastante atenção em tudo o que dizia.
  — Então está pensando desde Nova Iorque? — Sorri e ele solta uma pequena risada.
  — Escrevo ela desde o dia que disse para mim coisas reais e eu fingi que você não sabia de nada. Mas, na verdade, você sempre falou como se soubesse da minha vida inteira — Suspira. Carl sobe suas mãos pela minha coxa e para quando percebe que estou sem nada por baixo. Me olha e o olho nos olhos em questão de segundos estou jogada no sofá por debaixo do garoto. Iniciamos um beijo calmo, e mesmo sabendo que poderia ser paranoia minha sinto como se cada toque seu fosse como se nunca mais iria me tocar. Como se, fosse uma despedida.

  Carl me ergue em seus braços agarrando minhas coxas com força. Nosso beijo agora é feroz, ele é como a fera, seu corpo todo manifesta desejo puro. Me deixando sobre a superfície macia e beijando meu pescoço deixa de corpo quente e deixando eu me dominar pela sensações boas, desce cada vez mais seus beijos enquanto eu retiro sua blusa e jogo ao chão. Deixo que um suspiro alto saía da minha boca ao sentir sua língua quente passar por minha coxa, um arrepio veio por todo meu corpo, sobe rápido por mim selando nossos lábios, retribuindo seu beijo calorosamente, ponho a mão em sua nuca gravando minhas unhas ali, mordo seus lábios fazendo-o grunhir entre a mordida. Suas mãos vão para minhas coxas apertando-as. Maldições sai da minha boca ao reclamar da dor o vendo descer os beijos ao meu pescoço, a bainha da minha blusa é puxada e logo estou exposta ao homem dos olhos verdes. Sinto um rubor subir quando seu olhar percorre todo meu corpo, me odeio por deixar ele ter um efeito tão grande sobre mim. Seus dedos deslizam pelo meu pescoço e tronco, começando a estimular meu ponto fraco lentamente, me beija enquanto seus dedos trabalham. Se distancia de mim tirando sua calça junto a sua boxe, sua visão me fazia o desejar cada vez mais. Nossas testas foram coladas e os movimentos se iniciam. Os seus gemidos foram se juntando aos meus, minhas pernas ao redor de seus quadris fazendo Carl ir cada vez mais fundo, seus olhos percorrem meu corpo enquanto seus lábios estão abertos deixando gemidos roucos saírem da sua garganta. Cada vez mais rápido e com mais intensidade, eu deixo gemidos saírem conforme cada onda de prazer passa meu corpo, eu já estou quase perto de meu orgasmo. A euforia que é nossos corpos se chocando e nossos gemidos, davam um calor próprio para aquele cômodo, minhas unhas deslizando pelo seu abdômen. Mordo meus lábios sentindo a sensação de minhas pernas estarem pesadas e dormentes e meu corpo todo relaxa ao sentir essa sensação, ondas de calor surge e meu tronco se eleva sentindo Carl mais fundo. Em pouco minutos de penetração seu corpo também relaxa e seus olhos fecham com força. Aos poucos deita ao meu lado me puxando pra perto.

Destinados - Um Começo Para O Fim - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora