Fui pro apartamento da Bárbara. Quando cheguei na portaria e me deparei com a mesma desesperada chorando, com o telefone na mão como se tivesse ligando pra alguém. Sai do carro o mais rápido que eu consegui e fui até ela.
- Bárbara o que houve? Se foi algo que eu fiz...- ela me interrompeu.
- Amor, a-a Maria!!!!!- ela disse com dificuldade por causa do choro.
- O que tem a Maria amor?- perguntei preocupado. - Amor? Me fala, o que tem a Maria Clara?!- perguntei mais um vez quando vi ela ela estava olhando pro nada.
- Ela foi sequestrada Gabriel! - ela disse e logo depois caiu em prantos.
- Ela o que?! Como isso Bárbara, ela não tava com meus pais no hotel?
- Ela estava, mas sua mãe falou que entrou alguém no quarto deles e pegou ela. Não deu tempo deles reagirem, ele não tava sozinho. E estavam armados.
- Meu Deus do céu! Minha garotinha nas mãos de bandidos?! Ah não! O que q a gente vai fazer Bárbara, me fala??? Por que eles pegariam ela?
- eu não sei! Seus pais estão vindo pra cá. Vamos subir.
Eu já estava tomado pela raiva e tristeza. No meus rosto as lagrimas de ódio corriam. Maria é tão pequena, indefesa. Nem sabe falar as palavras direito ainda, meu Deus do céu. Isso não pode tá acontecendo comigo. Em pouco tempo meus pais chegaram. Minha mãe estava inconsolável e se culpava roda hora pelo ocorrido.
- Meus filhos, me perdoem! Eu devia ter prestado mais atenção se a porta tava trancada. - ela disse desesperada.
- Não tia Dalva, a senhora não tem culpa. A agora a gente precisa ficar calmos. - ela disse tentando reatar a respiração que estava um pouco descompensada.
- Calmo? TU ACHA QUE EU VOU FICAR CALMO?! BARBARA MINHA FILHA FOI SEQUESTRADA, E VOCÊ QUER QUE EU FIQUE CALMO?! - eu gritei.
- Gabriel, pega leve, isso também não é fácil pra ela, a filha não é só sua. Ela tá certa, ficar nervoso não vai adiantar nada.- Meu pai disse.
Naquele instante, eu não vi mais nada. Apenas peguei um vaso de planta e taquei longe, quase atingindo Barbara que estava na minha frente.
- VOCÊ TA LOUCO? QUASE QUE ME ACERTA- Ela gritou e respirou fundo. - Gabriel, tenta se acalmar, isso não vai levar a gente a nada. Por favor. - ela disse se aproximando.
- A segurança do hotel já acionou a polícia e nós resumimos o ocorrido a eles. Amanhã vamos ter que comparecer na delegacia pra depor. - meu pai disse. - Vamos deixar vocês sozinhos, fiquem ligados nós telefones, caso algo aconteça, me liguem. - ele disse levando minha mãe que estava ainda em prantos.
Bárbara começou a chorar baixinho e subiu pro seu quarto. Eu fiquei alguns minutos parado na sala olhando pro nada imaginando o que deveria estar acontecendo com a minha princesinha. Subi até o quarto e Bárbara estava trancada no banheiro chorando. Pude ouvir seus soluços só outro lado da porta.
- Amor? Deixa eu entrar. Me desculpa por favor, eu tava nervoso, minha única filha, tenta me entender. - eu disse.
Ela não disse nada apenas destrancou a porta. Ela estava sentada de frente para o vaso, soluçando. Seu rosto estava vermelho, seus olhos inchados.
- Oh amor. Por favor, não fica assim. Me desculpa. A gente vai achar ela, vamos resolver isso. - eu disse pra consolar ela, mas tentando me fazer acreditar também.
- Só não me deixa sozinha nessa tá? - ela disse bem baixinho.
- Claro que não amor, juntos até o fim. Eu te amo, vem, que tal um banho, amanhã é outro dia. - ajudei ela a levantar.
Tiramos nossas roupas e tomamos um banho gelado. Ela ainda chorava baixinho. Lavei o cabelo dela e ela me abraçou. Ficamos um bom tempo assim. Vi que ela estava ficando fraca de tanto que chorou. Ajudei ela a se secar, vestir uma roupa e ela deitou. Fui logo depois. Ela dormiu pesado. Eu não preguei o olho. Muita coisa rolando ao mesmo tempo, não tô conseguindo acompanhar.
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Meu camisa 9
RomanceUm jogador famoso e bem sucedido também tem sentimentos. CONCLUÍDA.