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Alguns meses depois

- Ué cara? Vamos curtir, é tua despedida de solteiro. - disse Reinier.

- Tô curtindo. - falei bebendo um pouco do whisky.

- Sentado com cara de cu? Bela curtição.

Os caras me trouxeram pra uma boate de striper ou sei lá o que. Odeio essas coisas, estava rezando para a hora passar de uma vez e eu meter o pé desse lugar. Os outros pelo contrário, queriam morar lá.

Barbara

- Rafaela, não começa com suas maluquices. - falei. Ela tinha colocado uma venda nos meus olhos, não estava vendo absolutamente nada.

- Abre a porta, quando acontecer, a Camila tira a venda dela. - Rafaela disse.

E logo o pano foi tirado da minha cara. Dois caras praticamente nus, entraram no apartamento. Confesso que eram de tirar o fôlego, tanquinho, bronzeados, af. Me colocaram sentada na cadeira e eu deduzi que fosse uma dança no colo versão masculina. Eles começaram a dançar em cima de mim e eu não conseguia segurar a risada. Depois daquele show nos arrumamos e seguimos para qualquer balada local. Eu estava cansada, e com saudades dos meus pequenos. Mas a Ju veio de Madrid e a Rafa de Paris, Marília também veio do Uruguai, está morando com os pais nesse processo complicado que ela e Arrasca estão passando. Não queria deixar elas na mão. Dançamos um pouco e logo eu sentei desanimada, estava louca pra ir embora.

- Ah não, não vai me dizer que quer ir embora. - Rafaela disse.

- Eu não disse isso.

- sua cara diz. - Juliana falou.

- É sua despedida amiga, se anima! - Bruna disse me puxando. E por impulso obedeci. E só aí a noite começou, vários shots, drinks e muitas outras coisas. Meu Deus, esqueci que tenho filhos, perdão. Eu já estava no auge da bebice, mas consciente, eu acho. Saímos da balada, e Marilia ficou de pedir um Uber. Eu fiquei encostada na porta e quando vi estava na loja de conveniência do posto de gasolina ao lado da boate. Por alguma motivo, eu queria comer chocolate, bêbado é foda né? Peguei qualquer barra e paguei. Fui abrindo a barra pelo caminho e trombei com alguém, incrivelmente cheiroso e que também estava bêbado até a alma.

Gabriel

Bebi tanto pra passar o tempo que acabei ficando bêbado. Ótimo Gabriel, você sabia que cu de bêbado não tem dono? Já é a segunda vez que tu tá dando pt. Os caras perceberam que eu estava mal e saímos da boate. Reinier como bom não bebedor, dirigiu e teve que parar no posto pra abastecer. Eu tava morto de fome, desci do carro meio tonto e cambaleando e fui até a loja de conveniência, como estava todo mundo quase do mesmo jeito que eu, nem perceberam que eu saí do carro, bem provável me esquecerem aqui, mas foda-se, vou comer. Cheguei na porta da loja e esbarrei em uma gata loira, eu tava tão chapado, que não via o rosto dela direito, nem sabia se era bonita ou feia, mas pelos movimentos estava bêbada. Eu só via seus vibrantes cabelos loiros e o vestido preto que mas parecia um borrão. Além disso, também parceria ter duas delas. Que porra é essa?

- Foi mal aí gatinha...eu..é..- tentei dizer sem enrolar a língua. Falhei.

- Nada. - ela disse e logo depois tropeçou no degrau se encontrando com meu corpo.

Nós olhamos e eu ainda não estava enxergando porra nenhuma. Será que fiquei cego? Não é possível. Depois daquele momento eu só me lembro dela dentro do Uber comigo.

Barbara

Acordei com uma puta dor de cabeça. Tudo doía na verdade. Levantei da cama e notei que eu estava pelada, meu Deus! A cama estava fazia, não acredito, será que... Ué.. mas aq é o apartamento do Gabi... Fui até o banheiro e escutei um barulho de chuveiro, ligado. Amém senhor! Não transei com desconhecido. Glória.

- Oi... Bom dia. - Gabriel disse saindo do box.

- Bom dia... Aí...- falei e coloquei a mão na cabeça, que dor de cabeça do caralho.

- Tá com dor né? - ele perguntou se secando.

- Tô, af, eu nunca mais bebo. - falei.

- É verdade esse bilhete.- ele disse e riu, dei um tapa nele e tirei a roupa pra tomar banho também.

Meu camisa 9Onde histórias criam vida. Descubra agora