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Gabriel

-acorda porra! Anda! Levanta Gabriel. - fui dispersando com uma voz e alguém me sacudindo.

- Ih, para, hoje não tem treino, me deixar! - falei me virando pro outro lado do sofá.

- Cara, levanta! Teu filho nasceu! Vambora caralho! - Arrasca me puxou e eu caí do sofá.

- Mas que porra?!

- bem feito! Agora vai tomar um banho e escovar bem essa boca com esse bafo de cachaça e vamos pra maternidade.

- Que dor de cabeça...- reclamei.

- bem feito bebum, agora vai.

Fui pro banheiro, escovei os dentes e tomei um banho rápido. Coloquei uma roupa e desci.

- Caralho, não acredito que perdi o nascimento do meu filho. - falei assim que entrei no carro.

- Te prepara. Porque tá cheio de gente no hospital querendo corta sua cabeça fora. - Arrasca disse.

- Cara, eu não soube lidar com as emoções... Eu tô tão feliz que finalmente eu e a Barbara estamos dando certo, a Clarinha tá crescendo, e agora tá vindo meu garotão aí.

- Eeeei oh senhor felicidade, guarda teu discurso pra Bárbara, ela tá puta da vida Contigo. Até tu explicar que gato não é cachorro. - ele riu pelo nariz. - não quero nem ver.

Neguei com a cabeça. Porra, eu só faço merda mesmo, puta que pariu. Chegamos no hospital, na sala de espera estavam Diego, Bruna, Camila, Marilia, Everton, Gisellen com o Bruno e a Rafaela, até ela estava aqui e eu não, ela mora em Paris, eu moro aqui do lado, puta merda. Todo mundo pronto pra me matar!

- Finalmente irresponsável do caralho. - Disse Bruna me dando um tapa forte na cabeça.

- Todo mundo viu teu filho menos você, que deveria ter trago a garota né?- Rafaela disse. Os outros me fuzilavam com os olhos. Ok, eu mereço isso e mais um pouco.

Fui até a recepção, peguei o cartão de acompanhante e fui até o quarto que ela estava. Bati na porta, e logo uma enfermeira chegou.

- Você deve ser o papai né? - ela perguntou e eu assenti. Ela me deu permissão para entrar.

- Você tá linda. - disse pra Bárbara, e realmente ela estava.

- Vai se foder. - ela disse rude.

- Ei! Olha a boca! A enfermeira está aqui.

- Se o noivo dela e PAI do filho dela que acabou de nascer fizesse o que você fez comigo, ela diria o mesmo. - disse simples e pegou Miguel no colo para amamenta-lo.

- Oh princesa... Me perdoa vai? Eu não consegui segurar a felicidade.

- Não vamos resolver isso agora, ainda mais na presença do neném. Ele não é lindo? Olha o papai filho. - lá disse tirando manta do rosto de Miguel.

- Oi filho, você tá com fome né? Desculpa Papai não ter trago vocês? Ele é um idiota.

- esqueceu de babaca.

- Ei!- eu disse e ela riu. - sei que tá com raiva de mim, mas vai querer que eu fique como seu acompanhante? Até você ir embora...

- Amor, eu tô com raiva sim. Mas eu quero você pertinho... Pode ficar, e faz um favor?

- Até dois.

- Vai em casa, pega roupa limpa pra mim? Tá na gaveta do lado da sua, um vestido soltinho que eu comprei pra sair da maternidade. - pediu.

- Tá paixão... Mas alguma coisa?

- Não. - dei um selinho nela e um beijo no Miguel e sai.

Fui até ao Arrasca e pedi pra ele me levar em casa. Depois eu voltaria com meu carro. Peguei a roupa que Bárbara pediu e voltei pro hospital. Fui até deu quarto e ela dormia tranquilamente, mulherão, Deus me livre. Ou melhor, não me livre. Fui pra cantina, tomei um café forte e um comprido pra dor de cabeça. Voltei pro quarto e deitei na poltrona, acabei caindo no sono. Despertei com o choro do Miguel, o garoto escandaloso.

- Oh filho, mamãe tá aqui meu pacotinho. - Barbara disse pegando ele. Assim que ela tomou ele em seus braços ele cessou o choro. - Os amores da minha vida, faltou só a Maria. - comentei.

- Ela está com o Diego e a Bruna. Deixaram ela com a babá deles pra podermos vir pra cá. Em falar nisso, Diego assistiu o parto e quase desmaiou. - ela disse e eu ri.

- Desculpa de novo? - dei um beijo em sua mão.

- Uhum, só não faz de novo, se não corto seu pinto.- ela disse e eu ri. Selamos nossos lábios.

No dia seguinte, levei Barbara pra casa.

- Para de ser teimosa. Me dá ele. - falei

- Eu consigo sair do carro com ele, chispa!- ela me enxotou e eu ri.

Entramos em casa. Barbara foi pro quarto com Miguel e eu fui fazer algo pra comer com a Maria.

- Filha, pega o pano de patro pro Papai. - pedi e ela puxou da bancada.

- Papai? Miguel vai rouba o luga da Malia?

- Que isso filha? Claro que não! Vocês fazem parte do mesmo lugar, amamos os dois igualmente... Só que ele vai ter que receber mais atenção, porque ainda não é grande igual a você. Você já é uma mocinha independente. - falei pegando ela no colo.

- Ah xim. Te amo papai.

- Eu te amo filha. - dei um selinho nela e coloquei ela de volta no chão. Terminei o almoço e coloquei pra nós dois, Bárbara tinha almoçado no hospital. Maria foi pro quarto descansar o almoço e eu fui falar com a Barbara.

- Posso? - coloquei a cabeça na porta entre aberta, vendo ela fazer carinho no Miguel enquanto ele mamava.

- Pode papai. - ela disse. Fui até eles e deitei onde estava sobrando espaço.

- Como você tá?

- Cansada...

- Muito?

- O que você quer Barbosa? - ela pergunta

- Falar sobre nosso casamento. - disse e seus olhos brilharam.

- Pra isso eu não tô cansada. - ela disse e eu comecei a rir. - Fale...

- Quando quer que seja?

- O que for bom pra vocês está bom pra mim amor... Só quero ter tempo de organizar as coisas.

- Ok... Então, pode ser quando o Miguel completar 4 meses?- ela riu

- Pode. - ela disse e selamos nossos lábios

















Meu camisa 9Onde histórias criam vida. Descubra agora