𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝒸𝒾𝓃𝓆𝓊𝑒𝓃𝓉𝒶 𝑒 𝓃𝑜𝓋𝑒

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hey, sexy

mais um cap para nós com o "pov" do luke, espero que vocês gostem <3

"Te contei tantos segredos que já não eram só meus

Rimas de um velho diário que nunca me pertenceu

Entre palavras não ditas, tantas palavras de amor

Essa paixão é antiga e o tempo nunca passou"

Tiê - A Noite

This is everything I didn't say (2/3)

1957:

De: Luke Hemmings

Para: Michael Clifford

Querido Michael

Não sei como descrever estes últimos meses. Posso dizer que foram corridos e atarefados, e eu estou mais saudável, diferente de quando estava em NY. Essas são as poucas certezas que eu tenho desde a mudança.

Assim que eu saí do avião de Nova York para Sydney, eu encontrei o seu primo no portão de embarque, ele estava carregando uma placa escrita "LUKE HEMMINGS", o que foi bom, eu não o reconheceria caso ele não estivesse com ela. Daniel está diferente da última vez que o vimos em Maine, seu cabelo está mais comprido que o corte militar que ele usava e claro, como se tivesse pegado bastante sol. Ele estava bronzeado também, mas isso é normal, desde antes.

Fiquei com medo dessa falta de reconhecimento. Ele é um Clifford, um de você, e isso me fez temer que eu não o reconheceria caso passasse tempos sem vê-lo e/ou se você mudasse bastante. Isso é aterrorizante, Michael. A ideia de não te reconhecer me assusta como não reconhecer a mim próprio.

Depois dos cumprimentos iniciais de duas pessoas que não eram íntimas mas possuíam alguém em comum, e agora suas vidas estavam entrelaçadas em um grande nó incapaz de ser desfeito, eu o segui até o carro e o deixei me levar para onde quer que ele fosse. No carro, eu fiquei jogando olhares furtivos pra ele, na intenção de ele não perceber. Queria ver se eu o encontraria naquelas feições, se o Clifford que existia nele, existia em você também. 

Fiquei decepcionado ao não encontrar nada, mas não se compara com a vergonha ao ser pego no flagra. Ele perguntou o motivo de tantos olhares, e eu, sem coragem de encará-lo, fui sincero, dizendo que eu queria ver se vocês dois eram parecidos. Ele me respondeu que puxou mais o lado da família da mãe dele, que não é Clifford.

Eu me senti aliviado.

Após o estranho encontro, tudo ocorreu muito bem. A minha mãe foi gênia ao me aproximar dele. Qualquer coisa que eu faça, é conectada à ele. Eu fui morar num apartamento que já tinha três meses de aluguel pagos (tempo estimado para eu me estabilizar), e esse apartamento fica NA FRENTE do apartamento dele. Adivinha onde eu trabalho? Isso mesmo, na loja de materiais esportivos dele, que foi aberta quase um ano atrás. Eu ajudo como atendente da loja e na organização, ele tem uma outra funcionária, mas ele abriu espaço para eu trabalhar lá. Nosso convívio, seja na loja, no prédio, na vizinhança, basicamente tudo, é interligado.

Para isso acontecer, minha mãe e ele continuaram a mandar cartas um para o outro. Como moramos no mesmo prédio, eu o vi pegar uma carta na recepção e essa carta era da minha mãe para ele. O que me chateou, pois nós dois mal conversamos e ela sabe de mim através de outra pessoa.

Give My Love To Luke - muke clemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora