hey, sexy, continuam saudáveis e sexy?
"Strange love
Don't let the madness change us"
Simple Creatures - Strange Love
A tarde parecia implorar para os dois namorados saírem do sofá da casa de Luke. Não só pelo calor normal da época - que aumentava por causa das janelas fechadas - mas também pelo tédio de permanecer num único local que nem eles queriam estar. Por esses motivos, Michael convidou Hemmings para irem para a lanchonete Evans' Burger, que até aceitou, mas não sem antes relutar um pouco, como era de seu hábito.
- Não sei, medo de ir lá e você começar a trabalhar do nada - brincou.
- Eu já me demiti, então não tem o que se preocupar.
- Não me engana, Michael - respondeu, com o seu tom de voz divertido. - Sei que é só entrar lá e o sr. Evans já te chama para fazer alguma coisa e você, aceitando. Eu lembro muito bem das tuas folgas em que nós íamos lá e você acabava lavando a louça.
- É que ele me pagava depois - argumentou. - E eu prometo que o meu único trabalho do dia será te aguentar.
Luke deu sorrisinho para as palavras dele. Gostava do modo que eles ficavam se alfinetando o tempo todo. Era especial entre eles. Tinha o momento que eles eram tão dóceis um com o outro que seria capaz ver açúcar escorrendo de suas interações. Mas tinha momentos como esse, em que eles ficavam zombando um do outro, momentos tão especiais quanto os amorosos, já que sabiam que a maioria do que era dito era mentira e/ou brincadeira. Michael amava a companhia de Luke e Luke amava a companhia de Michael, e ambos tinham a noção disso bem e há muito tempo.
- Me paga um sorvete? - Luke perguntou, ainda no sofá e se fazendo de difícil. Michael já estava esperando na porta.
- Eu te pago qualquer coisa. - Mesmo não olhando para o moreno, Luke reconheceu que tinha malícia em sua voz.
- Qualquer coisa mesmo? - perguntou no mesmo tom.
- O que você quiser.
- Eu vou cobrar depois.
E se levantou para ir.
Desde o ocorrido na árvore, Michael conseguia sentir leves diferenças no relacionamento deles. Uma pitada de malícia foi colocada nas ações deles. Era como se uma parte deles deu um passo a frente para além de apenas beijos e palavras fofas, e admitiu o desejo crescente que um tinha pelo o outro. Não tinham passado disso, algumas frases com segundas intenções e o que aconteceu na árvore e só, mas ainda era o começo. E, bem, eram dois inexperientes sem saber direito o que fazer.
Michael ainda achava graça do fato de Luke pensar que era o único virgem entre eles, mas sabia que tinha que esclarecer isso alguma hora. O moreno só estava reunindo coragem para contar.
A lanchonete estava um pouco vazia quando chegaram, com poucos funcionários e clientes, só algumas pessoas sentadas no fundo do local. Michael esperava estar com essa quantidade de clientes já que conhecia a lanchonete muito bem, essa hora era a intermediária entre depois do almoço e o fim da tarde, ou seja, quando o movimento era pouco. Clifford achava o melhor horário.
Os dois foram direto sentar no balcão da lanchonete, onde Luke costumava ficar sentado. Quando sentaram nos seus respectivos bancos, Michael forçou a si mesmo afastar seu banco de Luke, já que, para o seu ver, os bancos estavam próximos demais e isso o deixava alerta, mesmo que os bancos estivessem na distância normal como qualquer outro. Por sorte, Luke não notou esse movimento, mas doía toda a vez em Clifford fazer algo assim.
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Give My Love To Luke - muke clemmings
FanfictionO que é uma história de amor? Para Michael, tudo. Quando o carcereiro do presídio onde estava pediu para Clifford contar a história que ele viveu com a pessoa que ele mais amou, o presidiário aceitou, contando, talvez pela última vez, a história de...