𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝓆𝓊𝒾𝓃𝓏𝑒

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hey hey hey, antes de ler, a pergunta que não quer calar: do que vocês já conhecem do luke e do michael, quem vocês acham que vai tomar a iniciativa para o primeiro beijo deles?

"You'll be the prince and I'll be the princess

It's a love story, baby, just say 'yes'"

Taylor Swift - Love Story

A chegada até a sua casa havia sido rápido, já que Clifford não mediu a velocidade em sua caminhonete e só pisou no acelerador se deixando levar. Tinha pensado na opção de ir para a Purple Lights e beber até esquecer da noite, mas não estava com a menor vontade de lidar com outras pessoas, de conversar e ver, tudo. Só queria estar sozinho.

Estava fazendo uma tempestade no copo d'água e sabia disso, desde o princípio. Quando saiu pela porta - a que estava entrando no momento -, Michael já tinha a noção de que veria Luke e Katlynn juntos, como um casal, dançando as músicas lentas, como um casal, se abraçando, como um casal. Como o casal que eles eram.

Parecia tão errado, ainda sim.

Por que vê-los juntos dá essa sensação? É só eu que os vê assim? Se sim, então o problema sou eu? Michael se perguntava. A resposta era simples e muito dolorosa. Sim, o problema era ele, seus sentimentos que o impedia de ver seu amigo como seu amigo. Era tão difícil ficar feliz por Luke com a sua namorada sem sentir seu coração se quebrar em mil pedaços, sem se sentir impotente em juntá-los novamente.

Estar apaixonado era cansativo, amedrontador e dava nojo de si mesmo quando o ciúmes inundava cada parte do pensamento racional, entre outras características ruins que os livros nunca falavam sobre.

Entretanto, Michael reconhecia que o problema era ele. Passara a vida lendo histórias de amor, dos amores impossíveis que consumiam cada parte dos personagens mas que acabavam tudo bem. Assim como contos de fadas, com os seus enredos tristes mas que havia o felizes para sempre para manter a esperança de cada leitor que o esforço valeria a pena para conquistar o coração de sua amada. A diferença, claro, é que não havia contos de fadas para dois homens, não havia final feliz para eles e Michael sabia muito bem. Mesmo Ben dizendo para ele o tempo todo que Clifford era quem ele era e não tinha nenhum problema nisso, não conseguia se livrar do pensamento que passava, às vezes, por sua cabeça que estava errado.

O moreno já havia passado do estágio de saber quem era e de se aceitar, mas nunca ficava fácil. Ainda mais quando estava apaixonado por alguém tão próximo dele, ainda mais quando essa pessoa era seu melhor amigo.

Maldito Luke e toda sua aura de príncipe encantado.

O quarto de Michael nunca pareceu tanto seu refúgio quanto naquele momento. Deitado em sua cama e olhando para o teto, ele sentia a si mesmo se acalmar devagar, a colocar a parte racional de seu cérebro a trabalhar e, mais uma vez, colar cada pedaço de seu coração quebrado em seu devido lugar. Repetia a si mesmo que Luke e Katlynn eram um casal e fariam o que casais fazem, que Luke deveria estar feliz e era isso que importava, também pedia para qualquer força superior que existisse para que esses sentimentos logo se dissipassem e que, no futuro, virassem só uma memória louca da adolescência, do tipo que estranho aquela época em que eu me apaixonei pelo Luke.

Sim, a paixão já durava alguns anos, mas o que conta é a esperança.

Já fazia uma hora que Michael estava no mesmo lugar, desde que chegara em casa. Tinha noção de que havia sido uma das únicas pessoas a deixar o baile tão cedo porque recém era meia-noite e o baile só acabaria à uma da manhã. Entretanto, ele só entendeu que precisava desse momento para pensar sobre tudo até realmente tê-lo, agora se sentia muito mais calmo e com a bagunça no seu interior mais arrumada.

Give My Love To Luke - muke clemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora