𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝒸𝒾𝓃𝓆𝓊𝑒𝓃𝓉𝒶 𝑒 𝓆𝓊𝒶𝓉𝓇𝑜

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hey sexy

capítulo novinho, yey

TW: HOMOFOBIA

"I know how it goes

I know how it goes from wrong and right

Silence and sound

Did they ever hold each other tight like us?

Did they ever fight like us?

You and I, we don't wanna be like them

We can make it 'til the end

Nothing can come between you and I

Not even the Gods above

Can separate the two of us

No, nothing can come between you and I

Oh, you and I"

One Direction - You & I

O primeiro beijo que Michael dera em Luke no hospital foi o início do processo de tranquilidade para o loiro. Não que o seu namorado fosse um remédio curativo capaz de diminuir sua dor ou de curá-lo - bem que queria -, mas ter Clifford ao seu lado o ajudava a pensar com a razão, sem deixar que os sentimentos raivosos tirassem o melhor dele.

Desde o beijo, Luke respirava fundo antes de falar. Se não tinha nada de bom para emitir ou contribuir, ficava quieto. O que também foi motivo para o seu silêncio se prolongar, agora preferia não falar nada do que atacar aqueles que amava. Era melhor assim. Felizmente, as pessoas ao seu redor respeitaram a sua decisão e quando Luke parecia não estar a fim de falar ou a ação era um esforço, nem tentavam.

Entretanto, apesar do silêncio, seu tempo de conversação aumentou. Como evitava usar a sua energia para palavras amargas e ataques desnecessários, nos momentos que sentia-se bem para falar, ele conversava quase normalmente. Até ria das piadas bobas de Michael e prestava atenção em sua mãe quando ela falava do seu dia no trabalho. Normal.

Com sua mãe a situação era delicada. Ela sabia menos que ele em como agir com os acontecimentos recentes, estava perdida no que fazer. Depois do choque da notícia, quando Luke a atacava, a mulher se apoiava na raiva que sentia dele e de sua infantilidade nas ações contra ela, ignorando que seu filho estava destruído numa cama, como também se apoiava na constante preocupação que tinha com o seu emprego e o incômodo que era o seu ambiente de trabalho. Era fácil.

Porém, quando Luke passou a tentar ser paciente e menos irritadiço, ela perdeu parte de sua base. Ainda havia a preocupação com o trabalho, mas com Luke a tratando bem, não havia motivo para ficar com raiva dele. Assim, com o seu filho sem fazer os ataques e tentando manter uma conversa civilizada, ela ficava desconcertada. 

Conversar com Luke significava encará-lo, prestar atenção nele como ele prestava nela. Olhar para ele significava catalogar cada diferença em seu corpo; como em suas pernas, que um dia já voaram por sua rapidez, danificadas e imobilizadas; a pele, uma vez branca e macia, com cortes feitos por um canivete e contusões roxas; e seu belo rosto, que ainda estava inchado, com um curativo por causa do talho em sua face que, como no resto de sua pele, também ficaria para o resto de sua vida. Catalogar essas diferenças em seu lindo filho era doloroso.

Give My Love To Luke - muke clemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora