𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝓆𝓊𝒶𝓉𝓇𝑜

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como eu disse no twitter, eu tenho uma boa e uma má notícia:

a boa é que esse é o último capítulo de backstory dos muke, yeeey, os próximos caps serão de 1955, ou seja, o ano dos muke.

a má notícia, é que eu chorei escrevendo esse capítulo. então, boa sorte pra quem ler.

por favor, comentem e votem. vejo vocês no outro lado.

And then I see a darkness
Did you know how much I love you?
Is a hope that somehow you
Can save me from this darkness?

Johnny Cash - I See A Darkness

Inverno, 1949

...Foi o que Luke pensou quando ele girou a maçaneta da porta para ele e Michael entrarem.

Luke fora o primeiro a adentrar a casa, porém logo sentiu a presença do seu amigo ao seu lado. A primeira coisa que Michael fez ao entrar, obviamente, foi observar onde ele se encontrava. A sala da residência Hemmings era pintada de bege, com uma lareira revestida de tijolos - de longe dava para ver que havia porta-retratos em cima dela, porém o conteúdo das fotos não era possível distinguir -, dois sofás marrons, um contendo três lugares e o outro, dois, estavam no meio do ambiente direcionados para o rádio onde se ouvia os portais de notícias e talvez algumas músicas. Havia plantas e quadros no local também, que Michael até passaria mais tempo observando se uma mulher não tivesse chegado no exato momentos que ele os notou.

- Vocês chegaram! - disse a moça animada.

Michael logo a reconheceu como a mãe de Luke. Ela ainda era jovem, seus cabelos eram em perfeitos caracóis loiros que combinavam lindamente com os seus olhos azuis. Vestida com um vestido com preto com bolinhas vermelhas pintadas nele e um avental em sua cintura, ela esbanjava jovialidade, a única característica que trazia algum tipo de seriedade eram seus lábios vermelhos perfeitamente desenhados. Ela era realmente muito linda na opinião de Michael, não de uma forma para se apaixonar, mas de se admirar.

- Você deve ser Michael - a mulher disse analisando o menino de olhos verdes a sua frente, ele concordou com ela. - Bem, eu sou...

- Ele sabe quem você é, mãe - Luke interrompeu mal-humorado. Sua mãe o olhou repreensiva.

- Eu a chamo de senhora H. - Michael disse, sentindo a tensão entre a mãe e o filho.

- Senhora H.? - perguntou, chamando sua atenção, fazendo Michael concordar. - Eu amei! Pode me chamar assim, eu aprovo - disse rindo um pouco.

A mulher era tão viva e animada que Michael se perguntou o porquê de Luke estar tão ranzinza e com cara de poucos amigos, como se estivesse incomodado com algo. O garoto até se perguntou se, na verdade, o seu amigo tinha uma péssima relação com a sua mãe e a mulher contente e gentil era só uma fachada que escondia uma terrível pessoa. Michael, no momento, não tinha como saber.

- Eu fiz biscoitos, vamos para cozinha comer - disse a mãe de Luke.

A cozinha era um pouco maior que a sala, pois também era a sala de jantar da casa. Era mobiliada com os equipamentos necessários para uma cozinha, não era tão moderna quanto a da casa de Michael, mas tinha o indispensável. Também havia um ilha na cozinha, com bancos para eles sentarem, que foi onde Luke se direcionou, e Michael sentou-se ao lado dele.

Os biscoitos, aparentemente de chocolate, foram colocados na ilha para eles comerem. Os biscoitos estavam deliciosos na opinião de Michael, de Luke também, mas o garoto não queria admitir e falar como seu amigo fez. O garoto de olhos azuis ficou apenas observando sua mãe e Michael engatarem numa longa conversa com assuntos aleatórios, rindo e se divertindo com a presença um do outro.

Give My Love To Luke - muke clemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora