𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝒹𝑜𝓏𝑒

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hey, sexy

I cannot cry
Because I know that's weakness in your eyes
I'm forced to fake
A smile, a laugh everyday of my life

Kelly Clarkson - Because of You

Naquela tarde, Michael e Luke saíram do refúgio deles se sentindo verdadeiros vitoriosos. Luke sentia que havia corrido uma maratona de quilômetros, que representava os anos de escola, e que finalmente havia passado da linha de chegada em primeiro lugar, ganhando a sua devida recompensa. Já Michael, sentia-se como se tivesse lido uma sucessão de livros ruins que ele odiou com todo o seu ser, para que, até que enfim, chegar a um livro que o fez imergir na leitura e o levou para lugares distantes de sua imaginação, tornando-se o seu favorito.

Eles viam vitória de modos bem diferentes.

Eles nem precisavam comunicar o lugar para onde estavam indo, pois ambos já sabiam que era para a casa de Luke, para contar à srta. Hemmings que eles foram aceitos na UCLA, a faculdade que eles queriam desde o começo. Sabiam que ela já havia chegado em casa do trabalho, então era só chegar e dar a grande notícia.

Michael não estava tão a fim de ficar na casa do amigo, no entanto. Queria, sim, comunicar para a srta. H que ele fora aceito na faculdade, porém parte dele também queria informar para as pessoas em sua casa a grande notícia, principalmente seu pai. Sentia-se um grande trouxa por isso, querendo parabenização por parte de uma pessoa que pouco se importava com ele, mas era mais forte que o moreno. Mesmo prometendo a si mesmo não aceitar mais as migalhas de seu pai, ele queria, ao menos, saber que tinha a possibilidade de tê-las.

Era uma verdadeira droga.

- Mãe - Luke gritou, entrando em sua casa.

- Na cozinha - a voz da mulher gritou de volta.

Luke foi correndo na direção, deixando Michael para trás, parado no meio da sala. Tinha noção que aquele momento era algo de mãe e filho, Clifford poderia entrar em cena logo depois.

- Eu fui aceito, mãe, eu fui aceito! - Luke disse alegre. Mesmo sem o ver, Michael conseguia imaginá-lo com seus olhos azuis brilhantes e um sorriso preenchendo todo seu rosto, com uma excitação e alegria que não cabia nele. Michael sentia seu coração flutuar só de imaginar.

- É sério, filho? - a mulher disse, tão agitada quanto seu filho. - Eu estou tão feliz, vem cá...

- Não, mãe, espera, é melhor ainda - Luke exclamou, sua voz chegando mais perto - Michael!

Luke chegou na sala puxando sua mãe pela mão, o que era uma cena um tanto adorável ver aquele homem de quase 1,95 metros de altura puxar sua mãe pela mão para chegar em algum lugar, como se fosse uma criancinha ansiosa para mostrar algo incrível.

- O que tem, Michael?

- Ahn, é que eu passei também - contou um tanto envergonhado, como se estivesse roubando o holofote de Luke, ainda que soubesse que ela não receberia a notícia dessa forma.

- Eu não acredito que os meus meninos foram aceitos na faculdade que eles queriam! - exclamou emocionada, lágrimas caindo pelo seu rosto. - Vêm cá e me deem um abraço!

A mulher abriu os braços e os dois homens grandes, um gigante - como Michael chamava Luke - e o outro menor - mas não tanto - , se agarraram a ela, que tinha um pouco mais que 1,70 metros de altura. Ela os agarrou como se fossem bebês e os tivessem acalentando, os protegendo do que viria a seguir no mundo lá fora. A mesma também estava chorando muito e, tanto Luke quanto Michael, sem perceberem, tinham lágrimas em seus olhos.

Give My Love To Luke - muke clemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora