𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝓈𝑒𝓉𝑒𝓃𝓉𝒶 𝑒 𝒹𝑜𝒾𝓈

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hey sexy

não tenho muito a dizer na moral, só que esse é um capítulo que eu amo e, talvez, um dos meus favs. espero que vocês gostem também.

por favor, comentem e votem, é de grande ajuda saber suas opiniões e reações

"Give my love to Rose please, won't you mister?

(...)

And don't forget to give my love to Rose"

Johnny Cash - Give My Love to Rose

Estados Unidos, Nova York. Verão, 1966.

Item 4 da lista de tarefas de Calum: Procure Luke. Por razões já relatadas, mas também para conversar com ele. Sempre achei que seria eu a ter esta conversa, esperava sair da prisão para encontrá-lo, mas, como não saí, terá que ser você. Boa sorte.

Diante de um dos arranha-céus de Nova York, Luke encontrou Ashton. A sua postura estava ansiosa, mexendo seu corpo para frente e para trás repetidamente, seu cabelo intacto num topete com gel, mantendo seus fios loiro escuro no lugar. Vestia um paletó preto, apesar do calor, uma calça social da mesma cor e um óculos escuro, escondendo seus olhos do sol. Em uma de suas mãos, segurava uma bolsa mala preta de viagem, que Luke supôs ser de suas roupas pela breve estadia na cidade. Um sorriso sincero, com as covinhas à mostra, foi aberto assim que Luke aproximou-se, sendo logo reconhecido, apesar de Luke sentir estar mais abatido que da última vez.

E Michael comentara, sem se aprofundar no tópico: Ashton possuía um belo sorriso.

Quem escolheu Nova York para o encontro foi Ashton, e sua locação específica. Justificou a escolha por Nova York por ser uma cidade em comum entre eles. Ashton, por sua parte, conhecia a cidade, a visitou muitas vezes quando adolescente; já Luke, era por sua mãe, que morava em um dos bairros - ficaria na sua casa até voltar para Austrália. Luke também possuía sua história com Nova York, quando morou na cidade e antes.

- Oi - Ashton disse, ainda sorrindo -, como está?

- Como você acha? - Luke respondeu, se arrependendo em seguida por ter soado grosseiro e pelo sumiço do sorriso de Ashton.

- É, desculpe-me.

- Não, eu que peço desculpa - disse rapidamente. - E eu estou bem, e você?

- Bem, eu estou bem.

Voltou a sorrir e, sem perceber, Luke sorriu também.

Por um tempo, Luke achou que o prédio era um ponto de encontro para, então, irem para um restaurante e lá conversarem, mas enganou-se. Ashton adentrou o arranha-céu e, após ter rápida conversa com o porteiro, foram ao elevador. Não disse nada e nem demonstrou surpresa quando Irwin selecionou o último andar, ainda achando que iriam para uma área comercial do prédio. No entanto, definitivamente estranhou quando o homem ignorou os cômodos no corredor onde elevador parou e subiu outro lance de escada. No fim da subida, havia uma grande e pesada porta de ferro e Ashton virou-se para Luke, para perguntar:

- Tem medo de altura?

- Depende do quão inseguro eu estou no lugar.

- Ah, então tranquilo.

Visto como uma permissão, Ashton abriu a porta de ferro e o vento do espaço aberto impactou Luke. Estavam no topo do prédio, onde os maquinários elétricos ficavam resguardos em casulos de concreto, nas limitações havia um parapeito, na altura da barriga de Luke e, o diferencial, era a belíssima paisagem de Nova York, de outros arranha-céus tão altos quanto o que estavam e o rio Hudson que banhava a cidade. Apesar dos ventos que bagunçavam os cachos no cabelo de Luke, era um lugar incrível de se estar.

Give My Love To Luke - muke clemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora