𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝓈𝑒𝓈𝓈𝑒𝓃𝓉𝒶 𝑒 𝓉𝓇ê𝓈

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heeey, sexy 

nossa, mas eu estou mimando vocês com capítulos toda semana (ou eu sempre fui péssima em atualizar com frequência mesmo kkkkkk

espero que vocês gostem <3

"I want to break every clock

The hands of time could never move again

We could stay in this moment for the rest of our lives

Is it over now, hey, hey, is it over now?"

Anberlin - Inevitable

O cérebro de Michael desligou assim que Luke saiu de vista. Após parar de ver vestígios dos cachos dourados, por onde passou seus dedos, seu corpo agiu no automático, o órgão que regia seus movimentos, ficou incumbido a fazer o básico para ele sobreviver, mas outras ações, como pensar e sentir, estavam desligadas. Michael estava entorpecido. 

No automático, via e respondia aos estímulos externos. Quando Ashton pediu os pulsos para algemá-lo, ele os entregou. Ao ser direcionado pelo carcereiro, ele andava, seus olhos apagados, focados em nada. Ao ter a sua cela aberta, ele entrou e subiu em sua cama. Antes de sair, Irwin perguntou se ele queria jantar, porém Michael mexeu sua cabeça, em negativa, estava sem fome, também não conseguiria manter comida em seu estômago.

Em meio ao seu desligamento, enquanto estava deitado e encarando o teto, a única vez que seu cérebro pareceu raciocinar, foi quando Calum entrou na cela. Em silêncio, o seu companheiro sentou-se na cama, tirou os sapatos que os presidiários usavam e, mesmo sem foco, Michael sentiu os olhos puxados demorando em seu corpo, de quem estudava suas reações e mudanças. Com um suspiro, Calum voltou para a sua cama, não disse uma palavra nem se aproximou.

Foi quando Michael percebeu que Calum sabia. 

Conhecia seu amigo, seria atacado por perguntas se fosse outra situação, como já acontecera uma única vez antes. Quando aconteceu, Calum não sossegou e fez tantas perguntas que Michael ficou tonto, mas não revelou nada até a hora certa. Desta vez, no entanto, ele só foi dormir.

Como estava sentindo o mundo ao redor numa potência menor que a normal, Michael não se importou. Óbvio que Ashton e Calum trabalhariam juntos para trazer Luke. O que o fez lembrá-lo das vezes que sentiu-se de fora de uma piada interna ou pensamentos que os dois tinham em comum, era por que estavam planejando este encontro pra ele. 

O sentimento de gratidão inundou seu coração com a última percepção, sendo o primeiro sentimento intenso de muitos que teria na noite após ver Luke. 

Luke...

A respiração de Calum estava calma e ritmada, de quem dormia, quando o nome do homem que amava brilhou no interior de Michael com a luminosidade de mil sóis. Tão repentina e impactante, foi a forma que o seu cérebro voltou a funcionar, desfazendo-se do automático.

Luke.

O nome flutuava diante de seus olhos, o incapacitando de resgatar um tópico para refletir e sentir a respeito. Tantas coisas que acumularam-se com o passar dos anos que, agora, ao vê-lo e receber as informações que por muito tempo quis ter, não sabia o que pensar.

Começou pelo simples: saudade.

Sentira tanta saudade de Luke. Pensou que esse seria o primeiro sentimento a despontar ao vê-lo, mas não foi como esperado. Porém, quando sentiu, quando seu corpo liberou a saudade amontoada em seu coração, as proporções desse sentimento eram maiores do que esperava. Não era saudade, Michael ansiava a presença de Luke, estava debaixo d'água longe dele, só conseguiu respirar ao tê-lo.

Give My Love To Luke - muke clemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora