𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝓈𝑒𝓉𝑒𝓃𝓉𝒶 𝑒 𝓊𝓂

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hey sexy, como estamos?

então, acho que necessitamos de lencinhos para esse cap, não sei... vai por vocês

espero que gostem, vejo vocês no outro lado

"When you're gone

The pieces of my heart are missin' you

When you're gone

The face I came to know is missin', too

When you're gone

The words I need to hear

Will always get me through the day

And make it okay

I miss you"

Avril Lavigne - When You're Gone

Austrália, Sydney. Primavera, 1965. 

Os dias passaram rápidos após a volta de Luke para a casa. Encontrou alívio na sua antiga rotina, que foi obrigado a seguir imediatamente, como resquício de normalidade que tinha antes de viajar para os Estados Unidos e ver Michael. Seus dias eram uma repetição dos dias anteriores, assim, ele continuava a ser Luke, um pai e marido, ninguém além, sem passado.

Porém o trabalho tem uma pausa, normalmente à noite, e para Luke não era diferente. Por ter muito trabalho, esperava sua filha dormir para ir ao escritório e finalizar o que tinha que entregar, passava horas no cômodo, mas nem sempre o serviço ocupava o seu tempo.

Desde a sua volta, dificilmente via Diana adormecer. Luke, com dificuldade de raciocinar para o trabalho e seus pensamentos fugindo do que precisava fazer, pousava a caneta na mesa e permitia-se pensar em Michael.

Não mentiu quando respondeu a pergunta de sua mãe, achava que Michael não sobreviveria. As reações de Clifford, a resistência em ver um futuro com Luke, enfrentando os obstáculos juntos, a tempestade em seu choro ao ouvir o chamado de Ashton, de uma pessoa que sabia que não teria outra chance, ou o beijo final, com gosto de despedida e o seu sorriso inesquecível, dado para ser lembrado, eram exemplos para Luke não ter esperança de que aconteceria uma reviravolta.

Mas Michael o amaldiçoou sem perceber, Michael trouxe de volta um brilho que estava apagado em Luke, desde o derradeiro dia de sua abominável colisão com Garrett. Este brilho no seu interior era onde morava o seu otimismo, sua esperança, que chamava a atenção de Michael por cintilar quando a escuridão da desolação deveria reinar, mas Luke tinha o poder de escapar e, contra todas as expectativas, esperar um futuro melhor.

Luke havia perdido este brilho e Michael o arrebatou, o fazendo ficar horas pensando no "e se?".

Outra característica que Luke nunca abandonara, era do planejamento, de planejar a sua vida com antecedência. E a combinação de esperança indesejada e planejamentos desenfreados fez Luke ficar horas em seu escritório planejando o que faria se Michael vivesse.

Largaria tudo, era a primeira ação.

Mas seus planos estavam preparados e os contou para Michael, e em seu escritório ele planejava o passo a passo. Procurava desculpas para dar para Diana, para ela embarcar com ele na ideia de morar em Nova York, perto de sua mãe; fazia contas, analisando o quanto possuía na poupança e o que precisaria para irem embora; comprou o mapa de NY e estudou as ruas, a procura do melhor lugar para morar; Luke pesquisou o preço que deveria vender a sua casa na Austrália, um dinheiro bem-vindo para se estabilizarem enquanto procurava um emprego. Suas noites no escritório eram ocupadas com os detalhes de um futuro que ele nem tinha certeza se aconteceria.

Give My Love To Luke - muke clemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora