hey sexy, tudo bueno?
estou meio nervosa com esse cap kk, mas né, bora
até o outro lado <3
"It feels like there's oceans
Between you and me once again
We hide our emotions
Under the surface and try to pretend
But it feels like there's oceans
Between you and me"
Seafret - Oceans
Os dois dias passaram voando. Durante eles, Ashton observou Calum agir melhor com Michael, sem forçar uma briga boba ou atacar seu amigo sem motivo algum, estava como antes. Também observou Clifford desconfiar dessa mudança repentina - tão repentina quanto a anterior -, e a ficar constantemente com os seus olhos semicerrados em desconfiança na direção de seu companheiro de cela e carcereiro. Nesses dois dias, Michael, por sua vez, observou essas duas pessoas que faziam parte da sua vida trocando olhares suspeitos e a falar piadas internas que não entendia. E ele não se importava - talvez, um pouco -, mas estava curioso com o segredo íntimo que pareciam ter.
Ashton decidiu ir de carro para Nova York. Não planejava frequentar outro lugar a não ser a residência Hemmings, seria cinco horas para ir e cinco horas para voltar. Poderia ter escolhido outra locomoção para fazer o itinerário, havia pensado em fazer, no entanto, dirigir sempre o acalmava e o ajudava a pensar quando estava sozinho, e o que ele precisava nesta missão era solidão e calma.
O tempo agradável e o céu azul e ensolarado, sem uma nuvem para tapar seu brilho, contribuíram com a rapidez e o prazer da viagem. Tamanha beleza e amenidade só podiam ser bons sinais, Ashton considerou. Sua imaginação fluía junto com a sua esperança, na ânsia de chegar na casa onde morava Rose Hemmings e encontrar uma senhora amável e forte, ávida para ajudar o homem que um dia foi - ou será que no coração de Luke continuava a ser? - o seu genro.
Como planejado, não fizera turismo em Nova York e foi direto para a casa, onde Ashton estava. Ainda era cedo, no máximo 10h da manhã quando estacionou o carro, não saiu assim que parara, ficou um tempo observando a construção onde a mãe de Luke morava. Era uma rua cheia de casas iguais, estreitas porém altas, de tijolos à vista, com um pouco de grama na calçada e uma folhagem simples que acompanhava a escada até uma pequena sacada, que dava para uma porta grande de madeira. Se não soubesse o número da casa, provavelmente se perderia.
Estava determinado a não se demorar, e não passou mais um segundo sequer dentro do veículo e foi em direção a porta da residência rapidamente. Com essa determinação no comando de seus movimentos, também não esperou para tocar a campainha. Não teve resposta na primeira vez, porém, ansioso como estava, tocou uma segunda vez logo em seguida e uma terceira.
Estava prestes a tocar pela quarta vez quando a porta abriu.
Diante dele, Rose Hemmings apareceu. A mulher era como Michael a descreveu e ele imaginou, apenas alguns anos mais velha. Ela tinha uma estatura baixa e um pouco gorda, seus cabelos estavam curtos, emolduravam seu rosto perfeitamente. Seus olhos eram azuis e brilhantes, que combinavam com o sorriso em sua face que, apesar da expressão intrigada, continuava ali, marcado no seu lugar.
Enquanto absorvia a pessoa diante dele - a sua importância na vida de alguém próximo -, Ashton lembrou-se das palavras de Michael, das vezes que ele a descreveu como divertida e jovial, com um sorriso fácil e olhar carinhoso. Lembrou-se de que Clifford era chamado por ela de "meu menino", e imaginou aquelas palavras flutuarem de sua boca para o coração de um garotinho necessitado de uma mãe. Lembrou-se dos abraços quentes e afetuosos que Michael disse que só ela dava. Lembrava de tantas descrições e nuances de Rose que chegava a ser esquisito estar a vendo pela primeira vez.
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Give My Love To Luke - muke clemmings
FanfictionO que é uma história de amor? Para Michael, tudo. Quando o carcereiro do presídio onde estava pediu para Clifford contar a história que ele viveu com a pessoa que ele mais amou, o presidiário aceitou, contando, talvez pela última vez, a história de...