𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝓈𝑒𝓉𝑒𝓃𝓉𝒶 𝑒 𝒸𝒾𝓃𝒸𝑜

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heeey sexy

estamos aqui, no penúltimo capítulo... eu só quero chorar, sabe

eu espero muito que vocês gostem desse capítulo

por favor, comentem e votem, vejo vocês no outro lado

"Eu sei que vou te amar

Por toda a minha vida eu vou te amar

Em cada despedida eu vou te amar

Desesperadamente, eu sei que vou te amar

E cada verso meu será

Pra te dizer que eu sei que vou te amar

Por toda minha vida

Eu sei que vou chorar

A cada ausência tua eu vou chorar

Mas cada volta tua há de apagar

O que esta ausência tua me causou

Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver

A espera de viver ao lado teu

Por toda a minha vida"

Eu Sei que Vou Te Amar - Vinicius de Moraes

Austrália, Sydney. Primavera, 1975.

"Querido Michael,

Hoje faz dez anos desde que você faleceu. Dez anos inteiros desde que a vida saiu de seu corpo, que parou de funcionar após seus pulmões deixarem de respirar e seu coração, parou de bater. Dez anos sem criar novas memórias e pensamentos. Dez anos que eu tenho que lembrar-me constantemente que a vida continua, apesar da sua ter tido um fim.

Dez anos e eu ainda sinto-me sem saber o que fazer sem tê-lo.

Eu tentei escrever para você. Muitas vezes, eu tentei derramar em palavras confissões que eu faria para você, mas não tive êxito. Das minhas tentativas, restaram papeis escritos pela metade, com frases desconexas e sem sentido, tinta que eu usei sem necessidade e a frustração de ser incapaz de transmitir os meus sentimentos para os movimentos da minha mão.

Foi desnecessário procurar motivos para a minha incapacidade, no momento que eu soube da sua morte, eu senti a minha ligação com você e o fragmento de esperança de vê-lo de novo se quebrarem dentro de mim. Eu não consigo escrever por saber que você não lerá as cartas, e escrevê-las é em vão.

Quando eu escrevia enquanto você estava na prisão, eu pensava reconhecer de onde vinha a força para escrever. Nos meus pensamentos, eu escrevia para você porque, além de você ser o homem que eu amo, também era o meu melhor amigo e confidente, as cartas refletiam isso, a sinceridade e crueza do que sentia com as minhas novas experiências e confusões, mas eu me enganei. Minha força para escrever vinha do meu desejo de encontrá-lo novamente e a faísca de certeza que eu o encontraria. 

Give My Love To Luke - muke clemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora