𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝓉𝓇𝒾𝓃𝓉𝒶 𝑒 𝓆𝓊𝒶𝓉𝓇𝑜

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hey, sexy

eu estou animada por esse capítulo, honestamente

então, que tal uma rápida viagem para o futuro?

"So I'll watch your life in pictures like I used to watch you sleep

And I feel you forget me like I used to feel you breathe

(...)

All that I know is that

I don't know how to be something you miss

Never thought we'd have a last kiss

Never imagined we'd end like this

Your name, forever the name on my lips"

Taylor Swift - Last Kiss

Verão, 1965

- Que filho da puta - foi a primeira reação do carcereiro ao ouvir Michael contar sobre a discussão que Luke e ele tiveram. - Como ele ousou falar tanta merda pra você? Ainda mais depois de vocês... é... se enroscarem?

- Se enroscarem - Calum repetiu enquanto ria. - Escolha única de palavra para dizer que eles foderam.

- Meu Deus, Calum - Michael disse apenas, agradecido pela luz precária esconder sua face corada.

- Se enroscaram, foderam, copularam, transaram, faz alguma diferença o uso da palavra? - perguntou impaciente.

- Será que vocês podem... ok?

- Michael prefere a expressão fazer amor - Calum debochou.

- Soa romântico demais para o que eles fizeram - o carcereiro apontou. 

É porque era romântico, pensou. Não importava o quão sujos e luxuosos fossem seus momentos com Luke, por serem feitos com ele e com amor, eram românticos. No entanto, não disse nada sobre. 

- Mas respondendo a tua pergunta, meu caro carcereiro, Luke tinha seus motivos - Calum defendeu. 

- Eu não sei de motivo algum - Irwin argumentou. - A única coisa que eu sei, até então, é que assim que Michael acordou, Luke começou atacá-lo com o que eles fizeram na noite anterior e, para mim, isso é ser muito filho da puta. Porra, espera um tempo pro cara acordar direito. 

Michael estava sentado no chão - na parte de dentro da cela com Calum, claro - observando os dois discutirem sobre sua própria história, o carcereiro do lado de fora, sentado também, e Calum, de pé, encostado nas grades. 

Era um tanto estranho e gratificante vê-los falarem sobre seu romance com Luke, como viu muitas outras vezes no decorrer desse verão. Sentia-se como um escritor, acompanhando os seus leitores discutirem sobre o rumo que o livro seguiu, se concordavam ou não com a história, se gostavam ou não, enquanto ele era só o escritor e telespectador da discussão, os observando chegar numa conclusão.

No entanto, era tudo real. O que ele passou com Luke, cada sentimento e momento descritos por ele nas conversas noturnas entre os três eram reais e aconteceram com ele mesmo, dez anos atrás. Michael não era só uma história de livro para ser contada, mas, sim, uma realidade que era dolorosa e maravilhosa na mesma proporção. Clifford só estava a compartilhando porque queria mostrar para o mundo - mesmo que esse fosse limitado a apenas um carcereiro - o tanto que amou Luke e como o amor deles, entre dois homens, era bonito. Mesmo com todos os acontecimentos, era bonito.

Give My Love To Luke - muke clemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora