𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝓆𝓊𝒶𝓇𝑒𝓃𝓉𝒶

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hey sexy

eu juro que eu não esqueci da existência da fanfic

a imagem no cap é a inspiração para algo que será citado no decorrer do capítulo

"But that was just a dream

Try, cry, fly, try

That was just a dream

Just a dream

Just a dream, dream"

R.E.M - Losing My Religion 

Com muito esforço, Michael tentou seguir a sua vida com Luke como se nada tivesse acontecido, como se ele não tivesse enviado uma carta que ditaria o futuro dos dois e que, provavelmente, os separaria. Tentou ignorar todos os apertos em seu coração quando o loiro começava a falar do futuro que ele ainda acreditava que aconteceria. Também tentava ignorar quando seus pensamentos se inundavam com e se's, como: e se eu estiver errado? E se nós tivermos uma chance e eu estou abrindo mal dela?.

Porém, Michael reconhecia, a pior parte de tudo era manter Luke no escuro. Estava sendo terrível vê-lo sonhar, mas já saber as respostas do futuro e que tudo que o loiro estava sonhando era em vão. Isso o fez lembrar bastante da conversa que tivera com Matilde, semanas atrás, quando ela revelou para ele alguns podres sobre seu crescimento e de seu pai, e como ele se sentiu estranhamente aliviado por sair daquela situação de não saber de nada, de não entender o que acontecia. Sua situação com Luke fazia Michael se sentir um hipócrita, odiou o que fizeram com ele e agora estava fazendo o mesmo, com a pessoa que ele mais amava ainda por cima, o que conseguia ser pior.

Entretanto, ainda que Michael tentasse não demonstrar sua recente decisão, seu corpo sabia. Era incapaz de controlar sua vontade de ficar próximo do loiro, de conversarem, se tocarem e se beijarem. Se antes já sentia uma vontade absurda de ficar com ele, agora soava mais como uma urgência. O desespero de ficar perto dele porque tudo soava como uma última vez, como algo que um dia acabaria e ele não teria mais. Tenho que aproveitar então, era o que passava na cabeça de Clifford constantemente.

Atos desesperados que Luke notou. Conhecia seu namorado e suas atitudes em relação à ele mesmo muito bem, ou seja, suas ações não passaram despercebidas por seus olhos. Porém não se importou, qual era o problema em ter Michael mais próximo e tê-lo por mais tempo para fazerem o que gostavam? Não se importou porque conectou essas ações ao que ele considerava a resposta mais óbvia: estavam ainda na fase de lua de mel do relacionamento, onde tudo é bom e nenhum dos dois se cansou da presença um do outro. Um dia seriam - praticamente - casados, e eles já estariam acostumados um com o outro, era melhor aproveitar enquanto tudo ainda parecia um contos de fadas.

No momento, Michael estava sozinho com os seus pensamentos, encostado na árvore perto da cabana, sua única companhia - se é que pode chamar disso - era o velho e bastante usado cronômetro em sua mão, que ele usava para cronometrar o tempo de corrida de Hemmings. Era um dia que Luke levantou ávido para correr, esporte que já fazia um tempo que ele não praticava com tanto afinco, por isso ele decidiu que correria da grande árvore, onde costumavam ficar, até a cabana, o que dava um quilômetro de distância, e Michael ficou para marcar o tempo.

Diferente de muitas vezes antes que se distraiu, assim que Luke chegou, Michael parou a contagem. Seu namorado apareceu revigorado, dando pequenos pulos de um lado para o outro para gastar o resto de energia que ainda tinha desta corrida. Clifford ficava impressionado em como ele continuava firme e respirando bem, apenas um pouco ofegante mas nada que o impedisse de correr mais uma vez, ou até mais. Sem falar de suas lindas e longas pernas de atléta, livres com o pequeno short de corrida, que Michael amava vê-lo usar. E tirar, também.

Give My Love To Luke - muke clemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora