Give My Love To Luke - muke clemmings

𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝓈𝑒𝓈𝓈𝑒𝓃𝓉𝒶 𝑒 𝓆𝓊𝒶𝓉𝓇𝑜

heeey sexy

não sei o que dizer, só boa leitura

"I love you more than I did before

And if today I don't see your face

Nothing's changed

No one could take your place

It gets harder every day

Say you love me more than you did before

And I'm sorry it's this way

But I'm coming home

I'll be coming home

And if you ask me I will say

I will stay"

Miley Cyrus - Stay

A exaustão chegou na casa de Rose Hemmings, em Nova York. Ou melhor, Luke chegou, mas o cansaço possuiu seu corpo e ele sentia que era feito de exaustão, não de ossos, sangue, pele e terminações nervosas. 

Não dormiu direito na noite anterior, ao voltar para a casa de Ashton, voltou para o quarto da filha do carcereiro e encarou o teto, caiu no sono uma hora antes de precisar acordar para viajar. Também não dormiu na noite que antecedeu a visita que fez para Michael. Para ser exato, não dormiu bem desde o dia que soube que o visitaria, portanto, tamanha fadiga não era de se chocar. Perguntava-se como ainda se mantinha de pé.

Também não tinha previsão para o cansaço acabar. Não dormiria até ter uma notícia de Michael, uma conclusão...

Usava o paletó que vestiu na visita, o único que levara. O cheiro de Michael estava no tecido, um cheiroso lembrete de que estiveram juntos e que o encontro aconteceu, não foi uma criação da cabeça de Luke para preencher sua saudade, ainda que tenha questionado sua veracidade. 

Não pode ser real que eu o encontrei, o beijei, tomei seu corpo e conversei com ele. Não pode ser real que por algumas horas eu o tive, Luke pensava.

No interior da vestimenta, estava a folha que Michael escreveu para a sua mãe. Sinceramente, Luke não queria entregar o recado pra ela, temia passar o papel e vê-la rasgar por não querer saber o que homem escreveu com carinho. Deixou a espécie de carta no aparador perto da porta, onde ficava as chaves, certo de que Rose rasgaria quando a visse. Se ela fosse rasgá-la, ao menos seria fora de sua visão.

Ainda era um mistério o conteúdo da carta, Luke usara o seu autocontrole para não dar uma espiadinha no que dizia. Levou o pedido de Michael para o coração e obedeceu, leria se sua mãe permitisse, sem o consentimento, não infligiria a regra. No entanto, achar que ela poderia rasgar antes e que os dois ficariam sem saber o que estava escrito era assustador.

Ao chegar no quarto, Luke deitou na cama e procurou dormir, mas não conseguiu.

Talvez não seja só exaustão das noites mal dormidas, pensou. Na medida que foi arrebatador e mágico encontrar Michael, também sugou o que tinha de bom no seu interior, ao perdê-lo de vista, a sua força para viver o dia a dia foi sugada e ele era uma sombra sólida, uma sombra do Luke que era aos dezoito anos e do Luke aos vinte e oito. Não era ninguém, deixou a pessoa que era no chão da prisão.