𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝒸𝒾𝓃𝓆𝓊𝑒𝓃𝓉𝒶

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hey sexy

eu quase não postei este capítulo hoje, mas eu decidi que era o melhor a se fazer kk

"And if you have a minute, why don't we go

Talk about it somewhere only we know?

This could be the end of everything

So why don't we go somewhere only we know?

Somewhere only we know"

Keane - Somewhere Only We Know 

O baque da verdade os desestabilizou. Seguir em frente era um peso sabendo que logo iriam se separar e que a separação seria duradoura, talvez para sempre. Para Michael e Luke, a partir da noite da discussão, mais do que nunca antes naquele verão, as últimas vezes estavam marcando os momentos que passavam juntos.

Luke se negou em chorar na frente de Michael ou demonstrar qualquer outro sentimento que o corroía. Considerava que era um modo de puni-lo, fazer com que ele pensasse que o loiro não estava consternado pela separação dos dois, que sentia nada além de pesar, como um "ah, não deu certo, uma pena". Porém era só um modo de se enganar, assim como via a tristeza em Michael, Michael via em Luke.

Capaz de ler os pensamentos de Luke, no dia após a briga, Clifford não o acompanhou para dentro de sua casa, o levou até a frente da residência e depois foi para a sua, o deixando em paz. Ao entrar sozinho, Luke se permitiu, finalmente, a sentir. Por falta de força de ir ao seu quarto, só foi até o sofá da sala, não tão longe de onde a porta de entrada estava e, ali, como uma tempestade, ele sentiu.

No sofá, Luke colocou suas pernas na altura de seu rosto e se escondeu, abraçado nos joelhos. De sua boca, soluços altos escapavam, reverberando pela casa inteira como um chamado para a devastação. Luke jurou que a sua mãe não estivesse em casa, mesmo ciente de que ela estava de férias do trabalho e não tinha conhecimento de outro lugar que ela poderia estar; pensou que a casa estivesse vazia porque parecia certo sentir toda aquela catástrofe sozinho.

Só soube que a sua solidão era ilusória quando braços foram colocados ao redor de seu corpo, o abraçando. Logo correspondeu o abraço nos braços acolhedor de sua mãe. Se deixou esvair enquanto ela o acalentava, sem fazer perguntas nem nada, só o abraçando, que era o que ele necessitava.

Quando já não havia lágrimas para chorar, Luke agarrou as pernas da mulher, deitando em seu colo, contando o que aconteceu e estava para acontecer. Enquanto contava, soluços o interrompiam mas sua mãe, não. Ela o esperou terminar toda a história para discuti-la com ele.

Quando a sua mãe começou a falar, ela não parou. Luke viu, pela primeira em vez em anos, ela ficar genuinamente irritada com Michael, o que era um choque. Ficou brava pela decisão e capacidade de seu genro de machucar Luke, sem considerar os sentimentos de seu filho ou a sua opinião. Questionou-se se tinha sido uma boa ideia deixar os dois namorarem, que se tivessem acabado no início do verão, nada disso estaria acontecendo e ninguém sairia ferido - Luke discordava, mas não se opôs.

Durante as reclamações e acusações de sua mãe, Luke sentiu o ímpeto de defendê-lo. Ainda que estivesse triste e irritado com Michael, Luke o entendia, não perfeitamente, que faria a sua raiva diminuir, mas o entendia. Como também entendia sua mãe e do quão decepcionada ela estava, porém tinha mais capacidade de entender Clifford que ela. Esta foi a primeira vez - de muitas - que sentiu esta vontade de defendê-lo.

Give My Love To Luke - muke clemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora