Capítulo 12
Chuck
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A droga da manhã seguinte, após a ida ao mercado, pra comprar as merdas das coisas, para a merda da festa, da qual será para uma chata de carteirinha; é um porre. Tenho que enfrentar antes das 9am uma aula experimental de biologia molecular e eu sequer sabia que essa merda estava na minha grade curricular. Quando o relógio marca 10am, somos liberados e penso em ir novamente até a lanchonete em que Brooke trabalha. Preciso avisa-lá para aparecer com uma fantasia, do contrário ela vai chamar atenção pra caramba, se aparecer sem na festa. Bufo. Odeio dirigir de manhã, na verdade odeio mais ainda ter aulas pela manhã, tudo que envolvam manhãs para mim são a porra de um tédio. Caminho em direção ao meu carro e chegando no automóvel suspiro, os confetes de ontem ainda estão nele. Quando os filhos da mãe entraram em meu carro, após comprarmos quase o departamento todo de decorações, o babaca do Nate teve a brilhante ideia de estourar um saco de confetes, enquanto eu dirigia. Filho da mãe idiota, agora tenho que dirigir com confetes até na bunda. Faço uma nota mental para me lembrar de após passar na lanchonete onde Brooke trabalha, ir a um lava jato. O caminho até o buraco em que Brooke trabalha é rápido, em 15 minutos estaciono o carro e o deixo entrando na lanchonete logo em seguida. Corro olhar ao redor das poucas mesas ocupadas e não vejo nenhum ser com aquele uniforme ridículo, que quase me fez bater punheta pensando nela, quase. Minha atenção para na mulher de idade, maquiada ridiculamente acenando para mim atrás do balcão e ela me envia um sorrisinho.
— Brooke acabou de sair garanhão — Gina? Acho que é esse seu nome, me avisa e apenas concordo com a cabeça, deixando seu estabelecimento.
Em qualquer outra hora do dia, que não fosse a droga da manhã, teria a paparicado, só para vê-la se jogando tão facilmente para cima de mim, no entanto não estou no clima nesse horário. Segunda droga de vez que não consigo contato com Brooke e venho até aqui para merda nenhuma. Isso ao mesmo tempo que me irrita me... Frusta? E eu sequer entendo o porquê. Entro no carro cheio de confetes e o tiro do estacionamento, com pressa. Com sorte, consigo encontrar com Brooke indo em direção ao que ela chama de apartamento. Dirijo mais ou menos 3 quilômetros, até a silhueta de Brooke entrar em meu campo de visão. Um sorriso se instala em meu rosto e acelero o carro, apenas para desacelerar ao passar por ela e manter a velocidade baixa, a fim de que andássemos juntos. Na calçada, Brooke respira fundo e sequer me olha, mesmo o vidro da minha janela estando baixo. Ela quer ser provocada, entendi. Aperto a buzina, o que a faz levar um breve susto, seus olhos são rápidos em mirar os meus e suas sobrancelhas se unem.
— Você tem sérios problemas, Riston — a princesa pronuncia seu "olá" e não consigo não sorrir de lado.
— Ás vezes você me machuca, Princesa — brinco fingindo ter ficado abalado com suas palavras.
— Ás vezes o óbvio precisa ser dito — Brooke da de ombros e olha para a sua frente novamente.
Tenho a breve impressão de que ela está tentando me ignorar, mas deixo isso de lado. Sempre me diziam que eu era inconveniente na medida certa por algum motivo, e esse motivo é; eu sempre consigo o que quero.
— Vamos Princesa, trás essa bunda pra cá, ainda falta bastante até seu aparta-lixo — brinco entre a verdade e a provocação, enquanto me concentro em encarar seu rosto apenas.
— Você é tão previsível, Chuck — Brooke para de caminhar e me encara, sorrindo de lado — Aparta-lixo? Sério? Uma criança de 5 aninhos pensaria em algo melhor que isso, seu Mimado — a Princesa joga sua provocação e não consigo não sorrir.
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Talvez Desconhecidos
Romance🏆 VENCEDOR DO THE WATTYS 2021, NA CATEGORIA NEW ADULT🏆 Brooke Westton sempre teve a vida corrida e cronometrada como um mero robô. As manhãs ela trabalha, as tardes assiste as aulas de sua faculdade e de noite retorna à lanchonete onde trabalha de...