Capítulo 7

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Capítulo 7

Brooke

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        Desde que comecei a trabalhar nessa lanchonete, tenho a impressão que Gina não gosta de mim. Talvez seja porque foi seu marido quem me contratou e eu não tenha os mesmos peitos caídos que ela, mas não tenho esse pressentimento atoa. Desde que iniciei aqui, Gina sempre acha um motivo para descontar das horas que trabalho, ou sempre está me encarando como se estivesse esperando qualquer blefe. Droga e hoje ela conseguiu o que tanto queria; me pegou "destratando" um "cliente". Pensar em Chuck Riston como cliente dessa lanchonete, que está caindo aos pedaços é engraçado, porque ele literalmente não se encaixa com nada aqui e Gina acreditar que sua preciosa lanchonete atrai pessoas como o mimado ali sentado, chega a ser engraçado. No entanto, essa merda de lanchonete aos pedaços que paga minha faculdade e a minha metade do aluguel do apartamento. Agora tenho certeza que terei que sair daqui e procurar uma merda de emprego novo, que provavelmente será mil vezes mais longe do apartamento e eu mal terei tempo de encostar a cabeça no travesseiro antes de acordar para ir às aulas. Droga. Antes que eu pudesse me explicar, um braço forte envolve minha cintura e me puxa para seu colo. Minha bunda encontra com as coxas musculosas de Chuck e se antes por ter encarado meus seios lhe dei um tapa, agora preciso achar uma serra elétrica e um saco de lixo que caiba os pedaços de seu corpo. Quem ele pensa que...

— Não se preocupe, Gina? — Chuck mantém sua mão pressionada na minha cintura e sorri de lado para a dona desse estabelecimento — Estamos juntos — sua fala soa como se realmente estivéssemos, o que me faz encara-lo.

— Estão? — Gina pergunta no segundo em que pergunto um; "Estamos?" e os olhos de Chuck voltam a mirar os meus.

Seu rosto, agora à centímetros de distância do meu, faz com que eu perceba pela primeira vez que o mimado tem sardinhas, pequenas manchinhas bem claras, sortidas por suas bochechas e nariz, mas ainda assim sardinhas. Me forço a ignorar esse fato irrelevante que não mudará nada na minha vida e minha vontade de rir por essa ceninha de merda é freada, quando seus dedos se afundam na minha cintura ainda mais e o meu corpo todo incendeia. Que? Como assim? Meu corpo sentir tesão em Chuck Riston? Ha ha ha, não, isso só pode ser efeito daquela merda de anticoncepcional que comecei a tomar. O moreno adota aquele seu sorriso diabólico, levantando apenas um dos cantos da sua boca e corre, sem pressa, olhar em meu rosto.
— Ahh Brooke, engraçada como sempre — ele pronuncia cada palavra em um tom diferente, um tom baixo que até então era desconhecido, fico concentrada nesse detalhe até Chuck, tão rápido quanto um piscar de olhos faz seus lábios encontrarem com os meus, os se afastam logo em seguida, mal dando para considerar aquela merda como um selinho, muito menos um beijo.

  A atenção dele se transfere para Gina e após puxar o ar de quase todo o mundo, faço o mesmo que o mimado. Chuck Riston uniu seus lábios aos meus... Não sei se reajo à isso com um; "eca" ou um; "caralho". Nego com a cabeça mentalmente, porque nenhum dos dois é a reação certa, ele não é mesmo do meu círculo de amizades e essa merda toda que está rolando aqui é só pra enrolar Gina. Que não parece acreditar muito na historinha de Chuck. E pra ser sincera? Não a julgo, eu também não acreditaria se estivesse no seu lugar, afinal o que uma pessoa como eu estaria fazendo com uma pessoa como Chuck? Se bem que hoje em dia ainda existe golpe do baú.

— Você não estava com aquele gordinho rolha de poço? — Gina questiona se referindo à Oen e minhas sobrancelhas se unem automaticamente, querendo a mandar tomar no rabo.

— Oen, o nome dele é Oen — defendo meu colega de quarto e também meu único amigo em um rosnado controlado.

— Que seja, achei que você fosse casada com ele — Gina cruza seus braços me olhando com desconfiança.

Talvez DesconhecidosOnde histórias criam vida. Descubra agora