Capítulo 76

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                                  Capítulo 76

                                       Brooke

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           Meus braços agradecem no instante em que solto as caixas sobre o colchão de Chuck. Ainda não acredito que tudo que tenho couberam dentro de meras quatro caixas. Houve o cavalete que não encaixotamos e algumas folhas, mas de resto, tudo se resumiu a serem encaixotados em caixas medianas. Bom, agora já sei que se alguém me matar e quiser fazer parecer que eu nunca existi antes, será fácil... O assassino só terá que se livrar de quatro caixas. E um corpo claro.

— Que tal — Chuck após se livrar das caixas que carregava, se coloca atrás de mim e no instante em que seus braços me envolvem, um calor corre cada centímetro de pele que tenho — Começarmos a praticar eu te chamando de; Meu bem? — o mimado deposita um beijo quente próximo à minha orelha e me faz sorrir, pelo arrepiar que percorre meu corpo.

— Acho uma ideia interess... — minha resposta a sua oferta é cortada no meio, quando um bater na porta, vem acompanhado de uma voz.

— Ei vocês querem... Espera isso são caixas de mudança? A 'B' vai morar aqui com a gente agora? Que bacana! — Nate faz com que algo dentro de mim se aperte ao me chamar pela letra gravada na minha pele, mas tento não demonstrar isso — Querem ajuda? — o loiro questiona na intenção de se voluntariar, mesmo sem ter recebido sua resposta anterior e quando percebe que Chuck não me solta, sequer o olha; retrocede — Foi mal, estou atrapalhando? — sua pergunta soa em certo modo engraçada e tímida.

— Cai fora, Nate — o mimado rosna em resposta ao seu amigo, tal como um cachorro, quando tentamos pegar seu osso.

— Você quem manda C — Nate faz um sinal de reverência à Chuck e deixa o quarto.

Entretanto não demora nem um minuto, para que os cabelos loiros de Nate reapareçam. O observo segurar na maçaneta da porta e enviar um sinal positivo para gente com o polegar, sorrindo enquanto fechava a porta. É possível que eu esteja com vergonha? Logo eu? Que pouco me importo com o que as pessoas vão pensar ou não.

— Melhor começarmos a arrumar as coisas — deixo esse pensamento incomodo de lado e olho para Chuck sobre os ombros.

— Porra, sério? — sua pergunta soa claramente derrotada e me pergunto quantas vezes Chuck Riston teve seus "encantos" negados.

— É... Seu quarto agora tem que caber mais tralhas do que já abrigava antes — meus ombros sobem e descem ao explicar.

— Ei, meu quarto não tem tralhas — Chuck adota uma careta e escorrega suas mãos para as minhas cinturas, as apoiando ali.

Sinto falta de uma única "vantagem" que aquele uniforme da lanchonete me proporcionava... Por ser um tecido grosso, o conjunto me protegia do contato ardente de Chuck. Minhas roupas quase todas em tecido extremamente finos e gastos, não surgem a mesma proteção do uniforme, nelas consigo praticamente sentir o quente das mãos de Chuck contra a minha pele e essa sensação é extremamente desnorteante.

— Claro que não — utilizo meu sarcasmo e me viro, ficando de frente para o mimado e seus olhos castanhos amendoados percorrem sem pressa toda a extensão do meu rosto. Mentalmente me lembro de ontem quando ele disse que para ele; sou uma obra de arte. Em até certo ponto, realmente é impossível não se sentir uma, quando Chuck faz questão de sempre se perder me admirando.

— Você... — Chuck respira fundo, claramente tentando recuperar a concentração, que perdeu e volta a me olhar nos olhos — Pode mexer em tudo, menos naquilo ali — sua regra é ditada e no final, Chuck faz um sinal com a cabeça para o local onde seu computador se encontrava. Encaro as três telas desligadas e logo em seguida, volto a observá-lo.

Talvez DesconhecidosOnde histórias criam vida. Descubra agora