Talvez Desconhecidos

Capítulo 86

Capítulo 86

Chuck

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     Thomas e Gibson chegam juntos no carro de Gregory, cerca de uma porra de eternidade depois. Deixo o meu carro e levo a lista dobrada no bolso de trás do meu jeans. Chegando nos dois bastardos, nos cumprimentamos com abraços breves e tapas nas costas.

— Hum... Então o que é tão importante em uma loja de artigos? — Gibson questiona e olha na direção da entrada da enorme loja e Thomas faz o mesmo, porém não demora nada para voltar à me encarar.

— Isso — o respondo e retiro a lista do bolso, a desdobrando. Thomas pega o papel e tanto ele, quanto Gibson correm olhar nos itens descritos. Não demora muito para que uma careta confusa tome conta do semblante dos dois.

— Por que você quer uma... "Espátula artística metálica?" — Thomas pergunta, após uns instantes em silêncio e sobe sua atenção da folha para mim.

— E o que é uma "paleta godê?" — Gibson questiona logo em seguida, com uma careta, como se seja lá o que ele perguntou fosse ilegal.

— Eu não sei, tá legal? Não é pra mim essas coisas — os respondo e respiro fundo.

— Óbvio que não são pra você, o que você faria com miçangas e argila cinza? — Thomas une de leve suas sobrancelhas conforme questionava e se mantém me encarando.

— Gostei da parte das latas de spray — Gibson elogia e logo passa olhar para mim também.

Respiro fundo porque... Tenho que dizer que é para Brooke essas coisas e muito provavelmente esses bastardos vão começar com suas piadinhas sem graça sobre Chuck Riston estar apaixonado e toda essa baboseira. Foda-se, estou mesmo, pra falar a verdade estou mais que apaixonado.

— São para Brooke — respondo Thomas e como suspeitava, os dois adotam sorrisos sugestivos em seus rostos.

— Claro que é — Gibson inicia as porras das provocações e Thomas ri.

— Nem a Eva foi tão exigente — Thomas cai olhar novamente na folha, como se quisesse dar ênfase no que dizia.

— Porra não — rosno e arranco a lista das suas mãos — Brooke nunca pediria essas porr... Coisas — me controlo para não perder a cabeça — Isso, são presentes que quero dar pra ela e não itens que ela me pediu, então se vocês não se importam, temos uma lista de coisas pra encontrar nessa porra de loja grande pra porra — tomo as rédeas da situação e pronuncio com seriedade, encarando os dois bastardos à minha frente.

        A princípio eles apenas me encaram, mas logo concordam com a cabeça e Thomas faz sinal para onde os carrinhos estavam, resmungando um; "Vou pegar um". Não protesto e o cara se dirige até a fileira de carrinhos amontoados. Desvio atenção de Thomas para Gibson, que ainda mantém um sorriso sugestivo no rosto. O quarterback do nosso time ri com o nariz.

— Falei que uma hora chegaria a sua vez — Gibson se gaba e cruza os braços sobre o peito, para se sentir superior.

— Cala a porra da boca — resmungo antes de tentar fazer um mata leão no mesmo, porém Gibson saca antes que eu consiga o prender e consegue desviar.

       Em um movimento rápido, Gregory inverte o jogo e me prende entre seu braço. Rosno um palavrão, tentando me soltar do seu golpe e quando o acerto uma cotovelada na costela; consigo a liberdade. Gibson tenta acertar um soco na minha  barriga, mas esquivo e seu pulso acerta o nada. Continuamos com essa luta de mentira até Thomas chamar a nossa atenção.