Capítulo 9

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Capítulo 9

Brooke

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        Desperto sem pressa, me esticando para todos os lados. Cada músculo meu se relaxa por alguns meros segundos e sinto meu corpo se afundar no colchão macio. Permaneço de olhos fechados e quase sorriu, até a ficha cair que não estou deitada no sofá, onde sempre durmo, então abro os olhos assustada. O teto que estou encarando é inusitado e rapidamente coloco meu cérebro adormecido para funcionar. Não posso ter bebido... Não teve tempo para bebida, trabalhei a noite inteira e depois fui pra casa com Chuc... Ohhhhhh. Não, não, não.

— Já acordou Princesa? Pensei que teria que levar você daqui para a funerária, você dorme igual à um morto — a voz grossa de Chuck preenche o quarto e me sento com pressa.

       Talvez com pressa demais, já que minha pressão cai e tenho que tomar alguns instantes para que ela se regularize. À minha frente um Chuck Riston apenas e somente de toalha enrolada no quadril, preenche o espaço, as micropartículas de gotas de água grudadas à sua pele indicam que o mimado acabará de sair do banho. Meus olhos caem em seu físico definido e a visão faz com que minha garganta seque. Puta que pariu, que homem... Se não falasse e agisse feito um adolescente — tal como aquele que me disse para chupa-lo nessa madrugada — eu estaria montando nele nesse exato segundo.

— Claro, morri com o fedor do seu quarto — retruco sua provocação e consigo fazer com que meus olhos subam novamente para o rosto de Chuck, o que convenhamos; não foi a melhor escolha.

       Seu sorrisinho malicioso de um só lado, me faz respirar fundo. Ótimo, ele percebeu que eu estava observando seus músculos. No entanto, finjo não perceber que ele está me enviando mentalmente as palavras; "sei que gostou do que viu".

— Como sabe que está no meu quarto, Princesa? — agradeço mentalmente por ele mudar de assunto e dou de ombros olhando ao redor.

— Esse quarto fede à perfume de homem galinha e pra onde mais você me levaria? Para um motel? Me poupe — o respondo ironizando e termino minha fala o encarando novamente.

      Chuck concorda de leve com a cabeça e morde seu lábio inferior, descendo olhar em meu corpo. Que cara de pau! Limpo a garganta com força e seus olhos voltam para os meus.

— Só você tem direito de admirar meu corpo? — sua pergunta apesar de estar acompanha com um sorrisinho sugestivo, soa como se ele tivesse me acertado um tapa na cara.

      Eu mereci. Respiro fundo e salpico para a beirada da cama, lamentando internamente ter que abandonar esse colchão macio na medida certa. Faz muito tempo que não durmo em uma cama, não em uma de verdade, porque o sofá da sala do apartamento onde moro é estilo sofá cama, mas o móvel é tão ultrapassado que é um dos primeiros sofás camas inventados e quase não há espuma entre a madeira e o forro. O que o deixa duro pra caramba.

— Pode ficar até dar sua hora, vou sair agora — Chuck se vira indo até seu guarda roupa.

        Confesso que sua oferta é tentadora, mas não, não quero que criemos qualquer tipo de vínculo. Não há espaço para seja lá o que for isso que estamos criando na minha agenda diária.

— Que gentil da sua parte Mimado, mas não, obrigado, esse uniforme é apertado demais para que eu volte a... — sou interrompida com algo voando na minha direção.

      Em puro reflexo, seguro o algo preto, que se não fosse eu ter pego, bateria diretamente no meu rosto. Minhas sobrancelhas se unem e encaro Chuck ainda mexendo em seu armário. Volto minha atenção à seja lá o que ele tenha jogado em mim e com um leve receio; abro o tecido preto, que se revela uma de suas camisas. Ergo as sobrancelhas levemente supresa e volto a encara-lo. Isso foi para cortar a minha desculpa? Antes que eu conseguisse a resposta; seus músculos das suas costas tão bem desenhados, quanto os do seu abdômen me fisgam a atenção. Arisco em descer mais o olhar e centímetros acima da toalha, identifico na sua lombar dois "burraquinhos" sexys em sua estrutura, popularmente chamados de; covinhas de Vênus e anatomicamente de; recuos simétricos na face posterior do sacro. Sou tirada desse transe de observá-lo, quando Chuck sem vergonha alguma deixa a toalha cair no chão e revela sua bunda modelada. Mas que... Porra. Até sua bunda é gostosa? Desvio olhar do corpo nu à minha frente e respiro fundo. Pare com isso Brooke, sem distrações lembra? Não há tempo para distrações, concordo com meus pensamentos e me levanto, deixando sua blusa na ponta da sua cama. Desvio a atenção de onde Chuck está e caminho até sua porta.

Talvez DesconhecidosOnde histórias criam vida. Descubra agora