Na capital, uma semana e meia após a declaração de guerra de Viran. Levou tempo para a notícia chegar até ao rei, e mais tempo ao reunir todos os ministros. A situação crítica exigia a colaboração de todos.
— Hakamata ainda não chegou? — O ministro das finanças perguntou.
O rei, no trono, brincou com os próprios dedos, nervoso. Não importa o quanto tente se acalmar, é difícil ao imaginar que a pessoa que ama prefere deixar pessoas morrerem ao encara-lo novamente.
— Acho que ele não vem. — O ministro da agricultura balançou a cabeça, desapontado — Era de extrema importância sua presença.
— Podemos fazer o que? — O ministro da guerra desdenhou — Ele foi afastado, agora é apenas um nobre. Não é mais problema dele se o reino pegar fogo.
— E o novo conselheiro real? — O ministro da segurança perguntou — Ele não deveria estar ao lado de vossa majestade nesse momento?
— A incompetência desses conselheiros me dá asco. — O ministro das comunicações desprezou.
— Não esqueça que a aliança com o povo sapo, coisa que era sua responsabilidade, foi resolvida por Hakamata. — O ministro da saúde repreendeu — O mesmo aconteceu quando houve a declaração de guerra, quem ajudou o rei com o discurso foi o ex-conselheiro, você não ajudou em merda nenhuma, ministro das comunicações. O senhor tem estado bem ausente da corte, empurrado as obrigações para os outros.
— Eu tenho trabalho em mãos, ministro da saúde. — Ofendido, o ministro das comunicações riu — Tenho alianças com diversos reinos para manter. Meu trabalho não está apenas no reino, como fora também. É apenas natural que o conselheiro me ajude.
— Aposto que ficou em casa, coçando o saco. — O ministro da saúde sorriu, zombeteiro.
— Por que vocês vivem como gato e rato? — O ministro da segurança repreendeu — Nesse momento, devemos discutir com calma.
— Sim. — O ministro da saúde concordou — Até porque, o ministro da guerra e da segurança não sabem fazer seus trabalhos direito. As consequências sempre acabam com outros.
— O que você está insinuando? — O ministro da guerra ergueu a voz.
— Você deveria ser o responsável pelos incompetentes soldados do reino, os mesmo animais que não conseguiram achar o, facilmente identificável, príncipe Tomura. — O ministro da saúde ladrou — E o ministro da segurança, em hipótese, deveria ser aquele a cuidar da segurança do reino, dos rios e das pessoas. Mas, vocês não fazem corretamente seus trabalhos. É por isso que estamos nessa situação, com uma cidade inundada pela peste negra.
— Ah, por favor. — O ministro da guerra gargalhou, com raiva — Você apenas não quer trabalhar. Acho que o único que quer ficar em casa, coçando o saco, é você.
— Vocês me cansam. — O ministro das finanças segurou a cabeça, parecendo dolorido.
— Colocar a culpa nos outros não resolve nosso problema. — O rei finalmente falou, o tom de voz distante denunciava sua depressão pela falta de Hakamata na sala — Precisamos agir rapidamente.
— Sorte termos alguns médicos competentes na cidade prata, ou estaria muito pior. — O ministro das finanças começou — Mas, majestade, ainda é necessário fazer algo. A peste pode acabar se espalhando, caso não acabarmos com isso.
— O ultimo surto de peste aconteceu há dezoito anos, em uma vila. — O ministro da saúde murmurou — Apenas acabou depois de todos morrerem. Não podemos deixar isso se repetir, ou muitos soldados, nobres e plebeus morrerão.
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jovem guerreiro | Tododeku | Bakudeku
FanfictionMidoriya é órfão de guerra, foi vendido como escravo com 5 anos e passou a ser melhor amigo de Bakugou, um escravo exemplar que servia a mesma família. A maneira como eram tratados era visivelmente diferente. Bakugou era um bom escravo, forte, sil...