Torre

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Os guardas parados na frente da cela pareciam calmos, pelo menos eram responsáveis por levar o escravo mais obediente de todos, Midoriya Izuku. Quanto aos seus parceiros, pareciam estar encarando a morte. A cela sempre fechada e silenciosa foi aberta, Izuku estreitou ao olhos em curiosidade.

A pessoa que saiu dela corresponderia mais ou menos as suas expectativas, parecia um jovem, da sua idade, sombrio e solitário. O rosto branco feito papel pela falta de sol contrastava com os cabelos grandes bem escuros, ao redor de seu pescoço faixas cobertas de sangue combinavam com seus olhos vermelhos. O jovem lembrava um corvo, por algum motivo. A expressão em seu rosto era de indiferença, como se tudo ao redor dele fosse insignificante.

— Oh, você parece bem. — Midoriya sorriu, saudando seu mais novo amigo.

Como esperado, foi totalmente ignorado. Isso lembrava um pouco Todoroki, que no inicio nem lhe deu uma segunda olhada. Midoriya não se importou com a reação e começou a tagarelar sobre coisas aleatórias, enquanto recebia como respostas vez ou outra um “hmm" baixo e distante. O guarda ao lado de Midoriya estranhou essa proximidade, mas não ousou provocar os dois melhores guerreiros da arena.

Assim que pararam na frente das enormes portas de madeira, o narrador gritou animado. O público ficou quieto, esperando pelas apresentações. Os novos guerreiros foram sendo levados a arena, depois os sobreviventes, até chegar aos dois jovens com bons históricos.

— Apresento a vocês, a nossa nova joia. Alguns de vocês estão aqui apenas para assisti-lo, e confesso que amo sua maneira fria de brincar com seus adversários. A fera verde, Midoriya Izuku! — O público bateu palmas, o portão se abriu e de dentro dele o rosto delicado e gentil do menino surgiu. Ao ver o público, se curvou e sorriu. O povo foi a loucura com a atitude educada, achavam isso seu maior charme.

— Agora um antigo mestre de adagas, a pessoa que cresceu nessa arena, o homem que enganou seu mestre varias vezes. Nosso sombrio e misterioso guerreiro, a pessoa que mais deu trabalho de domar, o completo oposto de nosso querido Izuku... Fumikage Tokoyami! — O público olhou com curiosidade, esperando pelo tal jovem. Alguns gritaram em animação, como se sentisse saudades da pessoa.

Tokoyami saiu do portão com cara fechada, parecendo chateado pela apresentação e atenção que chamou. Ele parou na frente de Midoriya, totalmente alheio ao resto. Na sua opinião, o único ali que seria seu oponente era essa pessoa, que sorria amigavelmente.

— Não pensem que vamos deixa-los em desvantagem, novos guerreiros! — o locutor gritou aos outros vinte escravos no meio da arena — Vocês vão poder escolher uma arma de sua preferência, quanto a nossas duas estrelas lutarão de mãos vazias.

— Que injusto... — Midoriya murmurou baixinho, sem realmente se importar.

— Vamos mano-a-mano sem armas? — Tokoyami pareceu animado, pela primeira vez.

— Claro! — Midoriya sorriu, quanto mais intenso for a luta, melhor para Aizawa agir.

— Aparentemente nossas joias estão se provocando, o que vocês acham disso?! — O locutor pareceu ver ao dois conversando, e aproveitou para colocar lenha no fogo. O público ficou animado, gritando o nome de seus preferidos.

Tokoyami encarou o locutor com um rosto zangado, parecia querer cortar a língua do homem. Os guardas se aproximaram para soltar aa correntes dos dois, Midoriya deixou o jovem fazer seu trabalho como sempre. Tokoyami, por outro lado, quando o guarda soltou a corrente de seus pés recebeu um chute no rosto com muita força. Isso fez o público gritar em animação, como se estivessem orgulhoso de sua postura, o contraste dos dois era muito óbvio. A ação de ódio arrancou um risinho de Midoriya, que esperava por algo assim.

jovem guerreiro | Tododeku | Bakudeku Onde histórias criam vida. Descubra agora