Midoriya acordou em um pulo, sentiu todo seu corpo pesar. Estava exausto, queria voltar a dormir. Alguns dos homens ao redor olharam para ele com receio, depois de alguns segundos depois um deles perguntou com voz baixa.
— Você se lembra?
Um arrepio subiu pela espinha de Izuku, ele lembrava. Os soldados inimigos implorando por misericórdia, tremendo de medo, e alguns ate urinando neles mesmo. Lembrava da dor, do ódio, dos soldados chamando ele de putinha, deles rindo antes de começarem a implorar para que Midoriya parasse. Por que deveria parar? Quando pediu ajuda ninguém apareceu! Mesmo pensando assim, Izuku se sentiu triste e culpado. Lembrou também de Tsuyu, seu rosto assustado e seu abraço caloroso.
— Cadê Tsuyu? — perguntou, sua voz ainda rouca.
O homem não respondeu, parecia ter medo do que Midoriya faria. Ele sabia que eram da mesma tribo, mas Midoriya foi criado fora. E os estrangeiros são todos loucos, não dava para confiar.
— Floresta, bem nas profundezas. — Respondeu um homem velho, que trazia uma bacia com água. Era o senhor que dava comida aos órfãos da tribo, ele gostava de Midoriya.
— Ela está bem? — perguntou, com medo da resposta. O homem mergulhou um pedaço de pele de algum animal aleatório na agua e levou ate o rosto de Izuku. Ele tirou todo o sangue seco dele, depois passou a limpar seus braços. Algumas feridas foram aparecendo, ele pegou algumas ataduras e fez curativos. Depois que terminou, sorriu e respondeu.
— Provavelmente não.
O garoto ficou agitado, se ela morresse seria culpa dele. Com o sentimento de culpa, ele se levantou, sabia que estava em péssimo estado, mas precisa ir atrás dela.
— Você não pode sair. — O homem de antes interrompeu, ela se sacrificou para manter o garoto vivo, era burrice ele se jogar na floresta, principalmente todo machucado.
Midoriya sabia que a tribo não deixaria ele sair por aí, precisava de uma argumento bom. Não conseguiu pensar em nada, estava machucado, exausto e mostrou claramente estar instável. Não dava pra confiar em um louco. Louco...
— Eu vou. Se alguém se meter na minha frente vai perder a cabeça, eu não hesitarei em matar todos vocês. — Falou, imitando o tom de raiva que Bakugou sempre tinha. Precisava dar uma de alfa, mesmo que no fundo ele estivesse com vergonha dessa ameaça vazia.
Parecia ter funcionado, já que o homem se móvel desconfortavelmente para trás. O velho que o ajudou sorriu, sabia que era só da boca para fora, então resolveu dar uma ajudinha.
— Não faça isso! Eu lhe dou minha espada, vá. Só não machuque meu povo, eu imploro. — Disse com a voz chorosa, curvando sua cabeça e empurrando a espada nas mãos de Midoriya.
O garoto queira agradecer e rir, mas isso acabaria com sua postura agressiva. Ele só arrancou a espada das mãos do senhor e disse ainda com tom bravo.
— Ótimo, pelo menos alguns de vocês tem cérebro.
Assim que saiu ouviu um suspiro, que claramente era falso. Izuku achou graça, esse senhor era realmente uma pessoa boa.
...
O corpo de Stain caiu, feito merda no chão. Todoroki arregalou os olhos, realmente tinham conseguido matar ele. Uma sensação de aliviou atravessou seu peito, o pior já tinha passado.
— Ele realmente morreu? — Todoroki perguntou ao Bakugou, sentindo que aquilo não parecia real.
— É. — Respondeu simplesmente, dando um chute no corpo morto.
— Sem nenhuma última palavra? Sem deboche? Só morreu? — Perguntou novamente, olhando o homem morto por um segundo a mais.
— Que ultimas palavras? Pro inferno com essa merda! Ele nem merecia morrer no campo de batalha, esse verme não merece morrer como soldado. — Bakugou bravejou, irritado.
Antes que os dois continuassem a discutir, outra flecha veio. Parecia deferente dessa vez, não parecia aquelas flechas despreocupadas, e sim carregada de ódio. Os soldados inimigos ao redor gritaram de tristeza e fúria, eles pareciam saber quem era o homem que acabou de morrer. Todos pararam o que estavam fazendo e foram em direção dos dois, na intenção de vingar seu general, ou de ganhar alguma honraria.
— Droga. — Todoroki levantou a espada, precisavam dali, o mais rápido possível.
As coisas estavam bem feias, os dois ficaram de costas um para o outro e davam o melhor para acabar com aquilo. Alguns soldados do exercito de U.A. ao redor viram aquilo, eles se apresaram em ajudar. Depois de um momento no sufoco ouviram um grupo de cavalaria, olhando para as bandeiras viram o nome de Midnight. A mulher veio na frente, quando viu eles cercados ela fez um sinal com a mão, outro circulo se formou ao redor deles.
— Matem todos, se divirtam. — Ela disse aos seus homens, rindo. Um sorriso surgiu dos soldados, adoravam o lado cruel da sua comandante, eles seguiram suas ordens e atacaram.
Depois de alguns minutos não tinha mais ninguém ali, além de alguns soldados de U.A. perdidos. O sorriso de Midnight foi direcionada ao garotos, ela perguntou intrigada.
— Por qual motivo vocês foram alvos de um ataque em massa?
Todoroki se afastou para o lado, permitindo que a comandante visse o corpo no chão. Ele apontou com sua bela espada e disse suavemente.
— Matamos Stain.
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Cap saiu cedo como pedido de desculpas por ter demorado, espero que aceitem o mimo. ✊😔
Não falei antes, mas muito obrigada por todos que lêem. Vocês são incríveis, amo ler seus comentários. 🤧♥️
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jovem guerreiro | Tododeku | Bakudeku
FanfictionMidoriya é órfão de guerra, foi vendido como escravo com 5 anos e passou a ser melhor amigo de Bakugou, um escravo exemplar que servia a mesma família. A maneira como eram tratados era visivelmente diferente. Bakugou era um bom escravo, forte, sil...