Suicídio

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Tsuyu saiu para dar uma volta pelo acampamento, observar as pessoas e como elas estavam. Não esperou muito tempo para ser parada novamente pela anciã, que sempre tocava no mesmo assunto.

— É suicídio. Não mate nosso povo, você não esta vendo as coisas seriamente. — a velha começou, Tsuyu não resistiu em suspirar — O garoto já surtou, eu fiquei sabendo! Ele e maluco! Já é loucura mandar ele até o rei, e se ele acabar matando algum oficial? Nosso povo vai ser visto como traidor, e no momento não podemos ter inimigos.

— Eu já disse que ele me reconheceu. Não o compare com a família, e mesmo se o fizer, você sabe que eles só estavam se protegendo. — Tsuyu continuou a caminhar com a velha senhora correndo ao seu alcance.

— Essa é sua versão, não foi você quem perdeu uma filha para esses monstrinhos. Se eu fosse você, já teria mandado arrancar a cabeça dele. — a anciã resmungou — Pense, senhorita Tsuyu, tudo isso é arriscado demais. Você vai, literalmente, mandar alguns para morrer.

— Se tiver um plano melhor, ficarei contente em ouvir. — Tsuyu parou seus passos, virou as costas para a anciã e saiu.

A anciã, que ficou irritada por ser ignorada, saiu atrás de Midoriya.

Arrumando suas coisas, o garoto cantarolava alguma coisa. Parecia bem calmo, diferente da maioria das pessoas no lugar. A anciã ficou com ódio imediatamente, como poderia essa coisa ter empatia? Sequer parecia se importar.

— Ah! — gritou Midoriya assustado ao ver a senhora parada na entrada — Anciã, poderia ter avisado sua chegada. — pediu segurando a camisa no lugar do coração.

— Para você fingir tristeza? Poupe-me de seu teatro. — A anciã resmungou entrando no local.

— Realmente não entendo esse ódio e desconfiança. — Midoriya suspirou triste.

— Coisa. — A senhora chamou — quero que fale com Tsuyu. Você sabe que sua ideia é maluca, perigosa e estúpida.

— Anciã, eu acredito que funcionará. — retrucou sem se importar muito com a maneira que se referia a ele.

— E eu sei que não. — desdenhou — Nossa tribo toda se conhece, vão saber imediatamente quem é ou não aliado.

— É o melhor plano que temos. Eu escutei várias história sobre vários generais incríveis — começou a divagar sozinho, ainda arrumando suas coisas — e uma me chamou muita atenção. Foi a que tomaram a cidade que era considerada impenetrável, alguns civis infiltrados mandavam informações aos generais, além de conseguirem a confiança dos nobres locais. Alguns ate chegaram a se casar com soldados, para saberem exatamente os horários de troca de turno. Foi incrível como a batalha não durou mais de dois dias e quase ninguém morreu, durante a noite os portões foram abertos e assim que amanheceu a cidade já tinha se rendido. — suspirou em admiração — Se tudo der certo, nos saberemos os números, planos, informações sobre os sobreviventes, como o terreno está, quais armadilhas pegaram ou não fogo, tudo. E pra isso, só precisamos de paciência e um pouco de sorte.

— É loucura! — a anciã gritou ríspida — Acha mesmo que não notarão que um grupo de caça inteiro foi substituído? São vinte pessoas!

— E você acha que eles já estão organizados? No máximo estão mandando os de melhores condições caçar para se manterem vivos. Eles precisão reconstruir as casas, fazer contagem, enterrar os corpos, aquilo deve estar um caos. Se esperarmos demais, vão mesmo saber que tem infiltrados. — Midoriya rebateu.

— E se alguém que sumir tiver amigos e família? — a anciã não recuou e continuo a questionar — Acha mesmo que eles não notarão?

— É por isso que deixaremos eles na floresta, para encontrarem os corpos. Só faremos parecer suicídio, ou acidental. — Midoriya explicou pela milésima vez — o numero que vai entrar também será menor, e alguém repostar que alguns sumiram. Obvio, nem todos os corpos podem ser deixados lá, notaram que tem muito corpo para poucos sumidos. E depois que entrarem na tribo, ninguém vai notar. O problema é que quem for reportar pode ser notado, ele é o que correrá mais risco.

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