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Bakugou chegou na capital real quando estava anoitecendo. Diferente da maioria do exército, recebeu uma carta de Hakamata pedindo para passar em uma cidade e escoltar uma artista até o castelo. Bakugou nunca fora tolo, sabia que isso era um truque para atrasar sua chegada e esperava ansiosamente por um bom motivo. Quando cruzaram a muralha, alguns soldados tomaram a iniciativa de levarem a dama até o castelo, assim liberando-o do trabalho.

Ao entrar pelos portões da mansão, uma serva veio ao seu encontro. Para sua surpresa, mudaram seu quarto de lugar. Bakugou se sentiu extremamente incomodado ao ver que seu novo lar ficava na área do dono do local, é de conhecimento geral que ali apenas o senhor Hakamata habitava.

O mais surpreendente era seu quarto, enorme como uma casa. A primeira coisa que chamou sua atenção foi o jardim, o local não tinha tantas flores, apenas um pequeno lago natural na esquerda que fazia barulhos relaxantes de correnteza, e a direta uma espécie de varanda com teto, perfeito para receber pessoas e estudar. O centro do jardim era espaçoso e o chão coberto com pedras, perfeito para o treinamento do dia-a-dia.

No quarto, um enorme armário cheio de novas roupas, todas seguindo o estilo básico de Bakugou, ficava ao fundo. No centro, uma pequena mesa no chão com alguns livros e pergaminhos. No canto oposto ao armário de roupas, havia uma cama gigantesca, e ao lado dela uma pequena mesa com um candelabro todo trabalhado em prata.

Onde os olhos conseguisse tocar, parteiras repleta de pergaminhos e livros ficavam, onde muito espaço ainda precisa ser preenchido. O lugar era bem espaçoso, e ao lado do armário de roupas, uma porta de madeira grossa jazia. Ao abrir, Bakugou encontrou um sofá, uma mesa de café e várias prateleiras vazias. Bakugou ficou parado ali, sem saber direito o que estava acontecendo.

— Legal, não acha? Esses espaços vazios é para você colocar as espadas de todos aqueles que matar. Claro, você pode usar para outras coisas, se assim desejar. — Hakamata surgiu da porta sorrindo e olhando o local com satisfação.

— O senhor está mesmo me dando isso tudo? — Perguntou Bakugou ainda chocado com o tamanho do quarto.

— No começo eu temia que você fosse alguém de índole questionável. Por isso só lhe concedi um pequeno e mofado quarto, me surpreendi ao ver você nunca tentar roubar ou entrar em lugares proibidos. Durante seu ensinamento, Shinsou lhe ensinou como despistar e entrar em cômodos fechadas. Mesmo assim, você jamais veio a esse local da mansão. Pode parecer repentino, mas esse local era para quando eu tivesse um filho. Como nunca me casei, ele ficou vazio. Mas isso acaba hoje, se você aceitar. — Hakamata sorriu.

— Isso não supõe que eu seja seu filho? — Bakugou brincou. Não conseguia acreditar, e melhor maneira de fugir do constrangimento era com o humor.

— Mais ou menos. Você já é um homem crescido, não sei se ainda desejaria me chamar de papai. — Ironizou de volta, rindo de maneira elegante.

— Não acha que os outros ficarão com um impressão ruim? Um escravo dormindo na área pertencente ao dono e a família. — Perguntou Bakugou ao lembrar que ao nobres sempre opinavam nessas pequenas coisas.

— Quem se importa? Se eu desejar te assumir como herdeiro, filho e protegido, duvido que alguém se oponha e fale algo ruim. E, por favor, pare de se referir como escravo. — Hakamata abanou as mãos no ar sem se importar muito com o assunto.

— Olha que lindo, pai e filho se reunindo. — Brincou Shinsou ao entrar no local também. Ele olhou ao redor e assovio em admiração.

— Deixarei os dois em paz, preciso dormir e voltar ao palácio. — Hakamata sorriu e se retirou.

Bakugou ficou tão fascinado com o local que, por um momento, esqueceu de perguntar o motivo de não deixarem ele voltar diretamente. Foi Shinsou quem tomou a iniciativa de falar.

jovem guerreiro | Tododeku | Bakudeku Onde histórias criam vida. Descubra agora