Midoriya acordou um pouco depois de partirem. Durante uns dois dias ele permaneceu quieto, sem falar com ninguém. Tsuyu não o forçou, deixando ele na dele. No terceiro dia, ele foi conversar com a chefe na frente de todos. Foi um pouco cômico quando ele começou a chorar, todos da tribo entraram em desespero. Um dos homens até começou a cantar, dizendo que sua filha se sentia melhor ao ouvir a voz dele. Foi um momento de união, onde viram que o sanguinário Midoriya não era o que eles pensavam. Tsuyu se sentiu melhor ao ver o garoto rir e sorrir. Ele finalmente estava seguro.
Cinco dias depois de sua partida, a tribo do sapo finalmente chegou a capital real. Eles estavam parados na frente da muralha, esperando serem liberados e escoltados para dentro. Alguns soldados se aproximaram, eles deduziram que o líder da tribo era um homem forte na frente, e começaram a falar com ele explicando e pedindo paciência, para não deixa-lo irritado. Tsuyu e Midoriya estavam logo atrás, segurando o riso. Todos os homens da tribo encarando os soldados, sem saber se deveriam interromper e explicar a confusão. O selvagem, que foi confundido como líder, apenas o olhava como se não entendesse uma única palavra. Os soldados começaram a ficar nervosos com o silêncio da tribo.
— Você entende o que digo, líder dos sapos? — um dos soldados perguntou, sorrindo.
A tribo, que tem uma personalidade brincalhona e boba, viu uma oportunidade para se divertir. O "líder" o olhou e começou a falar em uma língua inventada.
— Hajiku no nema? — perguntou, sua voz autoritária. Ele fez uma expressão ofendida, causando pânico nos soldados.
Foi automático, todos entenderam o que estava acontecendo. Tsuyu segurava a barriga, resistindo ao máximo para não rir. Midoriya soava frio, os cantos dos lábios se contorcendo.
— hiko nua ne? — Perguntou um velhinho, entrando na brincadeira. Ele cruzou os braços e acenou, como se concordasse com o "líder".
Os soldados pareciam embasbacados, totalmente perdidos. Ninguém disse que os selvagens falavam outra língua. Com medo, um dos guardas, que parecia o líder deles, se afastou um pouco e gritou para a muralha:
— Que merda eles tão falando? Santa merda, eles vão me matar! Alguém me ajude! Meu superior vai comer meu cu! Que deslize foi esse? Porra!
Midoriya não conseguiu segurar mais. Assim que caiu na gargalhada, o povo da tribo acompanhou. O soldado ficou surpreso, foi quando entendeu que estava sendo feito de bobo.
— Haha o líder sapo tem um bom humor. — Os guardas riram, mas não pareciam nem um pouco alegres.
O clima ficou descontraído, o povo sapo ficou conversando e rindo alegremente entre eles. Pouco tempo depois, ouviram um grito liberando a entrada deles. A escolta levou eles até uma enorme mansão, onde descansariam. Tsuyu desceu do cavalo e foi recebida por um homem, que abaixou a cabeça educadamente.
— Presumo que seja a senhorita Asui. Majestade pede para que descanse, em alguns minutos a senhorita será levada ao grande salão. Seu povo deve permanecer aqui, apenas uma pessoa, de extrema confiança, poderá te acompanhar. — Depois de falar, o homem saiu as pressas. Parecia ter medo da tribo, ou nojo.
— Alguém de confiança? — murmurou ela, achando aquilo estranho e até um pouco ofensivo. Era sua família, sua tribo, todos eram confiáveis. Mesmo assim, algumas opções brilharam em sua mente. No fim, Midoriya foi sua escolha. Ele já fez parte do reino, sabe a importância de um rei e respeitará o homem. Os outros nem se curvariam, e isso poderia ser visto como uma provocação.
— Você vem comigo? — perguntou ao amigo, que estava ao seu lado, olhando admirado a mansão que servia só para hospedar.
— Ir? Sim, sim. Claro que eu vou. — Respondeu rapidamente, sorrindo animado.
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jovem guerreiro | Tododeku | Bakudeku
FanfictionMidoriya é órfão de guerra, foi vendido como escravo com 5 anos e passou a ser melhor amigo de Bakugou, um escravo exemplar que servia a mesma família. A maneira como eram tratados era visivelmente diferente. Bakugou era um bom escravo, forte, sil...