Bakugou passou o resto da tarde toda no Jardim do seu quarto na companhia de Midoriya, os dois aproveitaram o momento para outra das suas batalhas. Fazia tanto tempo que não disputavam, Bakugou não conseguia segurar os sorrisos. Midoriya ganhou três lutas e Bakugou duas, já dava para imaginar o quanto o menino sapo se achou o gostoso por isso. Ao perder a paciência para a arrogância de Midoriya, o pegou pela cintura e arremessou no lago gelado, isso o deixou chocado. Como nunca admitiria apenas ser jogado dessa maneira, Midoriya puxou Bakugou para a água também. Por causa disso, durante a noite, os dois aspiravam feito doidos.
Na hora do jantar Bakugou não quis interromper Shinsou e Hakamata, então pediu para trazerem a comida dos dois ao quarto. O resto da noite foi calma, e os dois adormeceram abraçados um no outro deitados no tapete do quarto. Mesmo com a enorme cama vazia, nenhum deles parecia ter intensão de dormir ali.
Quando amanheceu, Bakugou sentia o coração calmo. Midoriya ainda dormia como um anjo em seus braços, cansado demais para perceber que o sol já se levantou no céu. O loiro evitou fazer movimentos, observando o menino dormir até ele despertar aos poucos.
— Bom dia. — disse com a voz rouca.
— Achei que dormiria até o anoitecer. — ironizou beijando a testa de Midoriya, que riu baixo.
— Exagerado, eu só dormi um pouquinho a mais que você. — esfregou os olhos e saiu do aperto de Bakugou — Nos dormimos no chão. — observou.
— Eu sempre durmo no chão. — respondeu se sentando, Midoriya soltou uma gargalhada gostosa.
— Eu também.
Na sala de jantar, Midoriya e Bakugou se sentaram um ao lado do outro. Os dois pareciam incomodados, essa era a mesa do dono da mansão, e como antigos escravos, não conseguiam se sentir pertencentes ao lugar. Bakugou pediu o de sempre e como sabia que Midoriya pediria algo simples por timidez, tomou a liberdade de fazer o pedido reforçado de café em seu lugar.
Shinsou se juntou aos dois, o que surpreendeu Bakugou. Geralmente, no café da manhã, o jovem pega algo simples para comer e se enfia em uma sala silenciosa, era uma visão rara ver ele ali.
— Bom dia, Midoriya. — Cumprimentou com um leve aceno de cabeça.
— Bom dia, Shinsou. — Midoriya mostrou seus perfeitos dentes ao garoto, que ficou automaticamente menos cansado.
Bakugou notou aquilo e lançou um olhar feroz a Shinsou, que entendeu o aviso e apenas sorriu indiferente.
— Bom dia, meninos. — Hakamata cumprimentou ao entrar no local também — Olá, novamente, Midoriya.
— Nobre senhor. — Midoriya ficou de pé e se curvou rapidamente — Obrigado por cuidar tão bem de Kacchan.
— Nah, ele não fez nada. — Bakugou puxou Midoriya pela roupa para se sentar.
— Eu gosto de pessoas educadas. — Hakamata riu — Mas não deixa de ser verdade, apenas dei um teto ao menino.
— Apenas? — Midoriya abriu a boca chocado — Aquele quarto sozinho parece uma mansão. — Elogiou.
Os três, Bakugou, Shinsou e Hakamata riram da expressão inocente do garoto. O café foi agradável, com os jovens conversando sobre combates e Hakamata sorrindo ao fundo. Depois de terminar, Midoriya por costume tirou o próprio prato da mesa, o ato foi seguido por Bakugou que riu da serva nervosa por estarem “roubando” o trabalho dela.
Bakugou aproveitou que Midoriya conversava com as servas e foi buscar tinta e papel, estava na hora de ensinar o garoto a ler e escrever. Midoriya sorriu animado ao ver os materiais, era um verdadeiro nerd. No quarto, sentados no chão e apoiados na mesa, Bakugou começou a desenhar letras para Midoriya.
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jovem guerreiro | Tododeku | Bakudeku
FanfictionMidoriya é órfão de guerra, foi vendido como escravo com 5 anos e passou a ser melhor amigo de Bakugou, um escravo exemplar que servia a mesma família. A maneira como eram tratados era visivelmente diferente. Bakugou era um bom escravo, forte, sil...