Vivendo como um selvagem

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Em um caverna escura, crianças estavam deitadas no chão de forma desordenada. Como um lugar onde não era limpo com frequência um fedor pesado permanecia no ar. Mesmo com o cheiro ou com o desconforto do chão frio, elas continuavam a dormir profundamente.

Nas paredes da caverna existia certos buracos para ventilação, quando estava amanhecendo um pouco de luz entrou por eles. Embaixo de um dos buracos, um jovem, vestido com trapos, estava dormindo.

Midoriya abriu seus olhos. Vendo a luz solar, que já refletia em seu rosto, resmungou e esfregou os olhos, como um gatinho sonolento, levantou e deixou a caverna.

Chegar a uma tribo era algo indescritível e, Midoriya jamais se imaginou vivendo em uma lugar tão selvagem. Era diferente de onde estava acostumado a estar, as pessoas só te respeitam se você tiver força, eles nem se importavam com o dinheiro.

Na tribo isolada, eles tinham uma vida de autossuficiência.

O lugar onde a tribo estava localizada ficava ao redor de vários lagos com sapos, era uma paisagem bem bonita. Midoriya foi ate um dos lagos e lavou o rosto, hoje iria caçar junto com os outros.

Os moradores desse lugar eram estranhos e pacíficos. Quando Midoriya chegou, naturalmente chamou um pouco de atenção, mas não durou muito. Fazia quase um mês que estava aqui, e soube através de Tsuyu, que poderia aprender a lutar com os caçadores, então se juntou a eles.
Midoriya começou a treinar o arco e flechas assim que chegou, Tsuyu disse que era importante para caçada. Seu progresso era muito bom e ele não demorou a acertar o alvo, o desafio seria com algo se movendo.

O lugar onde Midoriya temporariamente vivia era a caverna dos órfãos, as crianças que moravam lá eram bem preguiçosas e quase não saiam para fora. Quando eles atingem idade o suficiente para se juntar ao grupo de caça, ganham um pedaço de terra e deixam o lugar. Midoriya, que já ganhou seu pedaço de terra, está trabalhando em construir uma pequena cabana. Alguns moradores estão ajudando, já que o garoto nunca construiu nada antes.

A comida era fornecida pelo chefe e, quando Midoriya for caçar, ele mesmo será responsável por se alimentar. A vida ate agora era como um sonho, como se fora da floresta não existisse nada nem ninguém. A vida de Midoriya estava finalmente se movendo e não via a hora de contar tudo ao seu precioso amigo.

No dia seguinte que Midoriya chegou, foi recebido pelo chefe e discutiram sobre o futuro do garoto. O chefe não gostou da ideia do garoto voltar a morar fora da floresta, mas não poderia fazer nada. Era natural que alguém que sempre viveu do lado de fora fosse estranho aos costumes da tribo.

A tribo esta juntando seus melhores guerreiros para um futuro ataque e, Midoriya se juntara a eles, já que pediu isso ao chefe. Aparentemente, o rei decidiu parar de apenas se defender e, resolveu que vai derrubar o reino vizinho. Era por isso que eles estavam negociando com a tribo, que sempre protegeu a fronteira e nunca lançou nenhum ataque.

Midoriya foi desperto de seus pensamentos quando ouviu o som de passos seguido pela voz de um homem.

— Bom dia, Izuku. Poderia me ajudar com a distribuição do café? — o homem sorriu um pouco e apontou para caverna.

Ele era responsável por levar a comida aos órfãos, quando conheceu Midoriya, logo gostou dele. Diferente dos preguiçosos e dorminhocos garotos que cuidava, Midoriya sempre estava disposto a ajudar.

— Claro, eu vou ate sua casa para ajudar com a panela de sopa. — Midoriya, que estava inclinado na frente do lago, se levantou e foi ate uma determinada casa.

O senhorzinho sorriu vendo aquilo e foi acordar os pirralhos.

Depois de distribuir o café da manha, Midoriya foi ate onde a cabana dele ficará. O lugar fica em um pequeno relevo, atrás dela tem uma floresta onde os jovens costumam treinar. O lugar é bem localizado, nele você tem vista da caverna dos orfões, da montanha dos guerreiros, e de boa parte dos lagos. Como as pessoas da tribo gostavam de se manter perto dos lagos, por causa dos sapos, tirando os guerreiro, é ali onde todos moravam. Midoriya prefere uma boa vista, ele adorou o lugar, mesmo sendo bem solitário ali. A cabana esta quase terminada, falta apenas o telhado. Quando voltar da caçada tudo já deve estar pronto.

Midoriya deu uma olhada, falou com os ajudantes que já estavam se movimentando e foi ate a casa pegar seu equipamento. Hoje ele partirá para sua primeira caça, ficará uma semana na floresta e voltará com seu alimento do mês.

Existem 10 grupos de caças, com cerca de mil guerreiros em cada um. Quando adentram a floresta se dividem em pequenos grupos de 20 guerreiros e cada um cobre uma área diferente.

Além dos caçadores, que são os melhores guerreiros, também tem o grupo de patrulha. A tribo era bem grande, Midoriya suspeita que, pelo menos, umas 30 mil pessoas moram nela.

Depois de juntar suas coisas, Midoriya foi se encontrar com Tsuyu, que parte do seu grupo, Midoriya tem quase certeza que isso foi um pedido dela.

Quando se aproximou viu um mar de pessoas, elas eram divididas em pequeno grupos e estavam sentados espalhados esperando partir. Viu Tsuyu em uma pedra não muito longe, ela não parecia interessada em falar com o grupo, quando seus olhos travaram em Izuku, ela sorriu e balançou os braços.

— Midoriya, nervoso para sua primeira aventura comigo? — Tsuyu perguntou com um tom alegre.

— Por incrível que pareça, eu estou bem calmo. — Midoriya respondeu com um aceno de cabeça seguido por um leve sorriso.

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