Nem o cheiro refrescante das árvores conseguiam acalmar o ânimo da tribo sapo. O som estrondoso de suas vozes, em pouco tempo, começou a assustar as crianças que, por sua vez, foram retiradas do local por seus responsáveis. O clima tenso, caótico e barulhento, deixou a hostilidade emanada pela tribo um pouco exagerada. O que despertou ainda mais conflitos com os guerreiros de U.A.
As acusações não paravam. Pelo andar das coisas, acabaria em uma guerra. Nem todos os guerreiros de U.A chegaram a ver Satsuki desmaiar, e dando de cara com uma briga unilateral, cheio de desprezo e teorias maléficas, tornaram o ambiente ainda mais barulhento. Provavelmente nem metade deles sabe o motivo da briga, e apenas seguem seus pares para se defender.
A raiva mútua é particularmente óbvia. Alguns chegaram a sair no soco, o ar ali beirava ao colapso. As vozes finalmente cessaram ao aparecer de Tsuyu. A tribo obedientemente esperou por notícias, ignorando toda a confusão anterior.
— O que estava acontecendo aqui?! — Tsuyu questionou com voz hostil — Os líderes de caça presentes, na cabana da anciã, agora! E o resto de vocês, deveriam sentir vergonha. Não quero ouvir nem o som de suas respirações, sumam daqui!
Como um bando de animais assustados, toda a cabeleira verde do povo desapareceu de vista. Os soldados de U.A sentiram-se constrangidos ao notar. O centro da batalha recuou, sem outra escolha melhor, dispersaram-se. Depois da paz e silêncio, Tsuyu suspirou e foi até a cabana, a maioria dos líderes já estavam lá. Discutindo, obviamente.
— Foram esses estrangeiros! — O líder de caça, furioso, berrou — Só pode ser, antes deles se juntarem a nós, nada tinha acontecido!
— Filhos da puta!!! — Outro gritou.
— Calem a boca! — A anciã soltou um bufo furioso — Se não for para ajudar, saiam!
— Quero relatórios, não acusações. — Tsuyu caminhou até a cadeira no centro, sobe o olhar preocupado da tribo — Não vou ouvir bobagens.
No silêncio momentâneo, os relatórios começaram.
— Eu interroguei os guardas do quarto da senhorita Satsuki, não houve nada anormal.
— Sim, as mulheres da limpeza afirmaram não encontrar nada diferente.
— O cozinheiro afirmou não ter deixado ninguém tocar em sua comida!
Enquanto os líderes continuavam, um senhor, com permissão antecipada de Tsuyu, entrou sem avisar, interrompendo.
— Chefe, a senhorita...
— Ela morreu? — A anciã perguntou, ansiosa.
— Não. — O velho negou, abatido — Ela está desacordada, como se fosse apenas dormir. Identifiquei uma espécie nova de veneno nas veias dela, não parece hostil de inicio. Mas, aos poucos, matará a criança.
— É um veneno discreto? — A voz fria de Tsuyu perguntou — Difícil de perceber?
— Não. — O velho negou — Na verdade, estava bem óbvio. Os olhos de sua irmã estão amarelados, o cheiro dela está diferente...
— Entendo. — Tsuyu o parou, culpada por não ter visitado sua irmã com frequência e notado antes — Tem um antídoto?
— Por enquanto, só podemos usar ervas para desintoxicação, esperando desacelerar, e limpar, o veneno em seu metabolismo. — O velho respondeu aborrecido — Nunca vi um veneno como aquele. Levará algum tempo, esperamos não obter uma reação ruim, até encontrarmos a cura.
— Tudo bem, deixarei isso com você. — Tsuyu sorriu um pouco — Anciã, você notou o mesmo que eu?
— Sim. — A velha concordou — Os responsáveis por isso é de Viran, ou um traidor dos nossos.
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jovem guerreiro | Tododeku | Bakudeku
FanfictionMidoriya é órfão de guerra, foi vendido como escravo com 5 anos e passou a ser melhor amigo de Bakugou, um escravo exemplar que servia a mesma família. A maneira como eram tratados era visivelmente diferente. Bakugou era um bom escravo, forte, sil...