Na igreja, três indivíduos seguiam ao longo dos corredores do calabouço, passando por algumas portas, até entrar em uma sala aberta, onde residiam varias jaulas contendo animais. O homem de cabelos longos, com uma pena em mãos, relatou ao seu líder.
— O espécime 089 morreu, o espécime 109 reagiu bem, apesar de parecer doente, e o espécime 059 sobreviveu novamente, com pouca reação.
O outro subordinado agiu sem receber ordem, recolhendo o cadáver. As biópsias normalmente são feitas por ele. O líder não disse nada, a cooperação dos três é evidentemente boa, sem necessidade de um diálogo monótono.
— Vou recolher mais material. — Chisaki avisou levemente, deixando os dois trabalharem em paz.
Retornando pelo caminho inicial, entrou em uma das portas. Na pequena sala, um guarda, sentado próximo a uma porta branca e rosa, afiava sua espada com calma. Ao avistar Chisaki, cumprimentou respeitosamente.
— Como está a Eri? — Chisaki perguntou de passagem, caminhando até a porta colorida.
— Ela se comportou bem. — respondeu educado.
— Isso é bom. — Chisaki abriu a porta, dando de cara com a menina abraçada a um enorme urso. Pela expressão em seu rostinho, não gostou da visita repentina — Preciso de você, venha comigo.
— P-pai... — Eri gaguejou, relutante.
— Seja uma boa menina, eu já disse que isso é temporário. — Chisaki notou seu desconforto, tranquilizando — Papai não disse antes? Seu irmão mais velho vai voltar pra casa em breve, você e ele vão se revezar, até que eu obtenha sucesso nos meus experimentos.
Os olhos da garota brilharam brevemente, antes dela abaixar a cabeça, culpada. Não queria ficar sozinha, mas também não queria que seu irmão mais velho se machucasse. Os experimentos geralmente são dolorosos, transferir a dor para outra pessoa não faz com que se sinta melhor.
— Dessa vez é só coleta de sangue, não vamos testar nada, então não vai doer. — estendeu a mão, coberta por uma luva grossa, de maneira amigável — Você pode escolher um brinquedo novo, ou o Frei Tabe pode cozinhar algo delicioso pra você, contanto que obedeça, tudo bem?
— ‘tá bem. — Eri se animou um pouco, agarrando a mão. Ao pensar no “irmão mais velho” não conseguiu conter a curiosidade — Pai, o irmãozão é igual a mim? Ele não fica doente com a peste?
— Não, ele é ainda mais especial. — Chisaki respondeu com paciência, pensando em Midoriya — No sangue dele, tem resquícios de uma pesquisa antiga, a muito perdida. Com sua ajuda, e a dele, eu posso finalmente ter sucesso. Não é uma boa notícia?
— Eu não vou mais precisar doar sangue? A dor vai acabar? — Eri levantou a cabeça, alegre e inocente — Vamos ser uma família?
— Sim, seremos uma linda família. — Chisaki deu um raro sorriso por baixo da máscara — Eu, você e o irmão mais velho.
A garota andou saltitante com a boa notícia, fantasiando com a família perfeita. O ânimo caiu ao ver a cadeira alta, ficou ainda mais tensa ao ser amarrada nele. Estar imobilizada significa que o padre não planeja coletar apenas sangue.
Chisaki desatou as faixas de seus pequenos braços, expondo inúmeras cicatrizes. Qualquer ferida antiga foi limpa, com muita paciência. Quando Eri relaxou, pegou a seringa para retirar sangue. Apesar de estremecer com o susto, a dor foi momentânea. Não levou muito tempo, Chisaki foi preciso na quantidade e velocidade. Por ser muito pequena, ainda se sentiu tonta, precisando de uma pausa para se recuperar.
— Viu? Não foi nada demais. — colocou as ferramentas de lado, puxando uma navalha — Infelizmente o papai esqueceu que a carne em estoque se esgotou, vou retirar só um pouquinho.
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jovem guerreiro | Tododeku | Bakudeku
FanficMidoriya é órfão de guerra, foi vendido como escravo com 5 anos e passou a ser melhor amigo de Bakugou, um escravo exemplar que servia a mesma família. A maneira como eram tratados era visivelmente diferente. Bakugou era um bom escravo, forte, sil...