Na biblioteca, Shinsou interrompeu a leitura de Hakamata. O jovem garoto aparentava estar confuso, até um pouco perdido. A expressão em seu rosto era engraçada para Hakamata, que estava acostumado com o típico rosto fechado e cansado.
— O que tanto lhe perturba? — perguntou de maneira gentil.
— Meu pai. — murmurou se virando para olhar Hakamata nos olhos — Qual o objetivo dele? Midoriya disse que não pode falar sobre o treino, isso é por ser muito exagerado? Ele está sendo cruel com o menino por qual motivo? Pelo que vi e ouvi, ele é educado e amável.
— Isso... — Hakamata gargalhou — não sabia que o menino mexeu tanto com você. Realmente, se eu fosse seu pai, julgaria Midoriya como um ótimo manipulador. — fez um pausa e sorriu — mas, se ele esta aqui significa que Aizawa acredita minimamente nele. Sobre o método de treinamento, é óbvio que prefere se manter escondido, ninguém vai perturba-lo e concluirá a missão da melhor forma possível.
— Não sei. — Shinsou confessou — Tenho medo que meu pai exagere muito, o garoto parece frágil.
— Ah, Shinsou... — Hakamata sorriu e fez carinho nos cabelos roxos — você ainda precisa de experiência. Aquele garotinho sorrindo docilmente e que aparenta fraqueza esquartejou mais de cem soldados adultos sozinhos, incluindo uma tropa de elite.
— O que?! — perguntou incrédulo.
— Pois é. — Hakamata suspirou — Eu achei bem estranha a maneira como lutava a primeira vez que o conheci, e, sinceramente, não confio muito nele. Pode ser inconsciente, mas ele deixava Bakugou sempre na vantagem. Eu automaticamente lembrei do comportamento de um leopardo, que brinca com suas presas antes de devora-las. Sempre que vejo aquele sorriso gentil, tenho arrepios. — Confessou.
Shinsou ficou horrorizado.
— Mas não se preocupe muito, ele parece gostar verdadeiramente do amigo de infância. — Hakamata sorriu e voltou a abrir seu livro.
...
Nos aposentos de Bakugou, Midoriya tentava escrever decentemente um poema que ele fez questão de ensinar.
— Não... — Bakugou suspirou — Assim. — pegou gentilmente a mão de Midoriya e guiou levemente da maneira correta.
— Urgh — Resmungou Midoriya um pouco triste — Podemos fazer outra coisa? Depois eu pratico caligrafia.
— Tudo bem. — cedeu de imediato — Mas não vou ler nenhuma carta que me mandar com esse garrancho. — Deu um peteleco no nariz do garoto.
— Você é sincero demais, Kacchan. — Midoriya tampou o nariz com uma mão — Finja que gosta da minha letra, pelo menos. — reclamou.
— Hm... não. Sinceridade é a base da nossa relação, inclusive, você tá precisando de um banho. — Bakugou apertou o nariz como se Midoriya fedesse, o que o deixou de boca aberta.
— Eu acabei de tomar banho! — disse irritado.
— Você cheira como eu, eca. — Bakugou falou brincando. Midoriya ficou envergonhado, usava novamente as roupas de Bakugou. Era obvio que estava sendo provocado, mas elas são confortáveis, não conseguia evitar.
— Você é cheiroso. — reclamou fazendo bico, Bakugou riu e resistiu fortemente a vontade de beija-lo.
— Vamos, você ainda tem muito a aprender. — voltou a focar na folha. Ele se sentou de frente a Midoriya, para não ficar distraído com o cheiro dele, e começou a escrever. — O que acha de uma brincadeira? — Bakugou disse de repente — a cada erro, você recebe uma punição. — apontou para as palavras na folha
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jovem guerreiro | Tododeku | Bakudeku
FanfictionMidoriya é órfão de guerra, foi vendido como escravo com 5 anos e passou a ser melhor amigo de Bakugou, um escravo exemplar que servia a mesma família. A maneira como eram tratados era visivelmente diferente. Bakugou era um bom escravo, forte, sil...