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Cidade prata

Fazia quase quatro semanas desde a confusão envolvendo Midoriya. Durante esse tempo, nada muito grandioso, ou que valha a pena mencionar, aconteceu. A única coisa anormal, foi o atraso do general Aizawa, que a essa altura deveria estar de volta.

O problema com a mina foi resolvido. As pessoas foram resgatadas, o pior passou. O resto do trabalho, de reconstrução e limpeza, ficaria com os guardas reais.

No momento, estavam parados no mesmo lugar, All Might não sabia exatamente o que fazer com o jovem Midoriya. Existia a possibilidade de Aizawa voltar, assim como de demorar muito tempo para resolver, seja lá o que for que esteja o atrasando.

O acampamento militar é um lugar tranquilo, perfeito para o garoto descansar e estudar. Mas, All Might está atualmente ocupado. Precisava reunir seus companheiros antigos, por isso viajará por todo o reino. Levar o menino sapo pode ser problemático, ao mesmo tempo que abandona-lo, sem supervisão, pode causar problemas ainda maiores.

Naomasa sugeriu deixa-lo na cidade, para que pudesse cuidar do menino. Até seria uma boa ideia, se não fosse pela hostilidade das pessoas. Qualquer um que visse os cabelos verdes, automaticamente amaldiçoariam sem parar. O medo dos ignorantes estava fora de controle. E Naomasa não tinha intimidade para confortar o pequeno Izuku.

— O garoto deveria ficar? — perguntou-se desamparado.

Após um reflexão intensa, levantando os pós e contras, All Might decidiu levar o menino nas viagens. Pelo menos, em uma delas. Caso Aizawa de sinal de vida, mandará o menino retornar ao acampamento militar.

Os guardas não se surpreenderam com a notícia. Afinal, com o passar do tempo, o general demonstrava apego pelo jovem. Alguns deles deixaram óbvio que eram contra. Na visão deles, o garoto sapo aos poucos se infiltrava no exército, como se nunca mais fosse embora. Despertou ainda mais negação ao surgir pessoas tratando ele bem. Aos olhos dos soldados, Midoriya demonstrava sua capacidade de enganar e manipular. All Might sabia de todas suas opiniões, e as considerou bobagens. O jovem rapaz nunca fez nada ruim, ou ameaçador.

O óbvio ódio deles, não afetava tanto o garoto sapo. Que sempre soltava algumas, surpreendes, falas desdenhosas, repletas do mais puro sarcasmo. A língua afiada dele rendia boas gargalhadas, All Might nunca ficou tão feliz em aceitar treinar alguém antes.

Hoje, o destino deles é a cidade de prata. No reino, além da capital, havia dez grandes cidades. As únicas que realmente vale a pena citar são a cidade ouro, a cidade prata, a cidade de ferro e, por fim, a grandiosa cidade santa.

A cidade santa é maior entre eles, perdendo apenas para a capital. A maior influência no lugar, sem surpresas, é a igreja. O comum é ter nobres responsáveis pelas cidades, mas, na cidade santa, o único a proteger e gerenciar as terras é a igreja católica. Aliás, foi na cidade santa em que a princesa Momo foi criada.

A cidade prata é conhecida por ser moradia dos generais. No passado, era apenas uma cidade pequena que exportava prata. Mas, o rei começou a dar as terras como presente aos generais. O lugar era bem árido, difícil de se viver, anteriormente era comum ver acampamentos de treinamento militares. Quando All Might construiu sua mansão, sem intensão de mudar para outra cidade, as pessoas começaram a mudar-se e investir no lugar. Atualmente é uma cidade ótima, além de muito segura, contém muitas pessoas diferentes e negócios variados.

A cidade ouro é a mais movimentada. Nessa cidade, muitos nobres vivem. Os guardiões são três famílias com o mesmo nível de status. A família Todoroki é uma delas, sendo mais especifico, a senhora Rei é a filha e herdeira direta de uma dessas família. Com o casamento, as terras e o título de guardião foi transferido a Endeavor. O general preferia sua mansão na capital, por isso, enquanto era vivo, o único a viver na cidade de ouro foi Toya. O menino era apenas um jovem adolescente na época, mas Enji não queria vê-lo, então mandou um grupo de governantas e professores com ele. Pouco depois morreu, e a posse foi dada a seu outro filho, Natsuo. No qual nunca nem pisou na cidade, por nojo de seu pai e de todo o local.