A perseguição na floresta não durou muito. Bakugou perdeu seu alvo de vista, e o arqueiro não colaborou em tentar matá-lo outra vez. Pelo menos com os ataques, é fácil de saber o local do inimigo.
Desistindo de seguir cegamente, parou para analisar os arredores com calma. O som de animais e vento é a única coisa nesse lugar. A raiva de antes foi substituída por ansiedade, não foi muito inteligente sair correndo como um louco.
— É sério? — A voz de Tsuyu suspirou — Você correu para a floresta para se expor? Não consigo imaginar alguém mais tolo.
Arrepiado pelo susto, Bakugou olhou na direção da voz. Tsuyu e alguns sapos o observavam, sem piscar. A maneira de se mover, sem barulho, o deixou tenso por alguns segundos.
— Eu consigo. — Bakugou resmungou, sem deixar se intimidar — A idiota que me seguiu, por exemplo.
— É assim que você trata o reforço? — Tsuyu comentou, descendo da árvore agilmente — Na próxima, eu deixo você morrer.
— Ah, cale a boca. — Bakugou amaldiçoou, impaciente.
Tsuyu deu de ombros, indiferente. Não pretendia estender seu tempo nesse lugar, o melhor é recuar e deixar os soldados fazerem a limpa na floresta. Alguns de seus homens já foram checar ao redor, não demoraria para saber a contagem de inimigos. Antes de poder conversar sobre, percebeu uma flecha vindo em direção ao Bakugou. O resmungos raivosos pareciam deixá-lo de guarda baixa, pois nem percebeu o perigo.
Não dava tempo de puxar a espada e bloquear, usar a mão esquerda é uma opção, mas, talvez por lembrar da dor da ultima vez, sequer considerou isso. Com a mente em branco, o corpo de Tsuyu agiu instintivamente puxando Bakugou para o lado, torceu o corpo para a mesma direção, evitando ser perfurada diretamente. Mesmo sendo ágil, a ponta da flecha cortou seu braço antes de bater na árvore.
— Chefe! — Um dos homens sapos, observando os dois do alto das árvores, gritou em alerta.
— Protejam-se! — Tsuyu gesticulou que está bem, sem tirar os olhos de onde veio a flecha — Deve estar por perto. Bakugou, tome cuidado.
Não terminou nem de pensar, quando notou estar falando sozinha. O jovem explosivo saiu em disparada para frente, sem pensar duas vezes.
— Como Izuku lida com esse tapado? — Tsuyu resmungou, subindo na árvore, para se misturar e se locomover sem a percepção do arqueiro.
O assovio de sinalização na floresta começou. Tsuyu sorriu amargurada ao saber de quantos inimigos vão enfrentar. Quase todos relataram encontrar esquadrões.
— Estamos no meio de uma armadilha. — Tsuyu comentou, visualizando em sua mente um semicírculo prendendo-os na floresta. E a probabilidade de provocarem Bakugou de propósito, para afastá-lo do resto, tentando puxá-lo para o centro e cercá-lo, é alta.
Enquanto Tsuyu notava a seriedade do problema, Bakugou perseguia o arqueiro. Conseguia ver as costas do maldito homem. Cabelo marrom roseado, roupas muito semelhantes a do falecido Stain, e com um arco nas costas.
— Viran só tem gente patética assim? — Bakugou gritou, zangado — Covarde de merda!
O homem da frente o ignorou, sem nem olhar para trás. A distancia dos dois começou a diminuir lentamente, o alívio nem chegou quando sentiu um arrepio na espinha. O arqueiro bateu o pé no tronco da árvore, virou trocando a direção de súbito, correndo diretamente a ele. A distancia em segundos se reduziu, o brilho da espada o fez bloquear, por instinto, seu pescoço. O som de aço contra aço, enviou uma corrente de arrepios pelo corpo, chegando a uma coceira irritante em seus dentes.
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jovem guerreiro | Tododeku | Bakudeku
Hayran KurguMidoriya é órfão de guerra, foi vendido como escravo com 5 anos e passou a ser melhor amigo de Bakugou, um escravo exemplar que servia a mesma família. A maneira como eram tratados era visivelmente diferente. Bakugou era um bom escravo, forte, sil...