Midoriya acordou com o barulho alto de uma briga. Tokoyami já estava empurrando a estante para checar a situação, o barulho parecia distante, então suponha-se que os gritos eram realmente muito altos. O menino corvo parecia cansado, ao ver Izuku forçou um sorriso e cumprimentou.
Seguindo cegamente o barulho, abriram a porta para uma sala de reuniões. O príncipe gargalhava em desdém óbvio, o general parecia furioso a ponto dos olhos estarem avermelhados, mas se segurava no local e pedia ao Mic para se acalmar.
— VOCÊ NÃO É NOSSO REI, FEDELHO! — Mic gritou a todo pulmões — SE TOCAR NELE EU TE ESFOLO VIVO, NÃO PENSE QUE UMA MERA ALIANÇA VAI ME PARAR!
— Por que você se importa? — Inasa desdenhou — É apenas uma pessoa insignificante, que nem faz parte do reino. Aceite minha proposta, entregue-me o garoto.
— Alteza é ousada. — Aizawa cerrou os dentes com raiva — Meu aluno é apenas “uma pessoa insignificante” aos seus olhos?
— Acalme-se, príncipe Inasa. — A garota, Camie, falou de maneira séria e direta.
— Apenas me de o garoto! — Inasa gritou com raiva — Ele é um dos selvagens, quem se importa se ele morre ou vive? Eu arcarei com as consequências, e em toca da vida dele ganharão muito ouro e prestígio!
— As coisas parecem bem animadas por aqui. — Tokoyami murmurou a Midoriya, que suprimiu um riso com o comentário.
— Falando no diabo. — Camie, a pessoa que tinha uma boa vista da porta, murmurou aos presentes.
Aizawa girou o corpo para olhar, seu rosto ficou vermelho de ódio ao ver as marcar de dedos no pescoço de Midoriya.
— Bom dia. — percebendo a atenção que recebeu, sorriu e se curvou. A voz saiu rouca, deixando bem óbvio que suas cordas vocais foram feridas.
— E ainda diz que ontem não fez nada. — Mic percebeu na hora — Desculpe por ser grosseiro, sua alteza real, mas meu Izuku não fica aqui nem por cima do meu cadáver.
— Como você está? — Aizawa se aproximou — Quer um remédio? Tomar algo quente?
— Eu vou sobreviver, obrigado. — Midoriya sorriu um pouco sentimental, era a primeira vez que era tratado tão bem pelo seu professor.
— Vamos resolver isso, volte e descanse. — Aizawa deu um tapinha desajeitado no ombro de Midoriya — Deixarei Tokoyami de olho em você.
— Deixe comigo, general. — O garoto corvo se curvou ao receber a ordem, seu olhar nunca saiu do príncipe, como se estivesse esperando um ataque repentino.
— Espero que tenha dormido bem. — Inasa ignorou ao olhares hostis e sorriu largo para o garoto sapo.
— Não provoque. — Camie suava frio, tentando manter seu noivo no controle.
— Muito bem, alteza. — Midoriya mostro um sorriso gentil ao curvar-se — Fico lisonjeado pela pergunta. Eu, um mero selvagem, receber a atenção de sua ilustre grandeza, é uma honra inconcebível.
Mic espremeu um riso ao perceber o tom de voz carregado de deboche. Tokoyami e Aizawa esconderam o rosto, provavelmente para não verem os sorrisos em seus lábios. Inasa bufou irritado ao perceber que não conseguiu deixar o garoto irritado, se conseguisse arrancar uma ameaça ou xingamento poderia usar isso para prende-lo.
— Vou me retirar, alteza, espero que tenha uma ótima e agradável reunião. — Sem receber uma resposta se despediu, mas não antes de provocar mais um pouco.
Tokoyami o seguiu para fora, quando se afastaram não conseguiu mais se segurar e riu.
— Não esperava por esse lado afrontoso. — Comentou quando se sentiu satisfeito.
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jovem guerreiro | Tododeku | Bakudeku
FanfictionMidoriya é órfão de guerra, foi vendido como escravo com 5 anos e passou a ser melhor amigo de Bakugou, um escravo exemplar que servia a mesma família. A maneira como eram tratados era visivelmente diferente. Bakugou era um bom escravo, forte, sil...