— Merda, tão adorável. — Shoto pensou consigo mesmo.
Sua missão de entrar na barraca de Bakugou sem ser pego, foi um sucesso. Kirishima ficou do lado de fora vigiando, assim que Bakugou voltasse ele o distrairia para dar chance do garoto fugir.
Quando entrou não esperava encontrar Izuku dormindo, ele parecia tão confortável. Seu rosto estava levemente corado, seus cílios tinham gotículas de água, o que indicava que ele chorou ate dormir. Bakugou foi cuidadoso e colocou vários cobertores sobre o garoto, ele parecia um bolinho.
Todoroki se aproximou e se sentou no chão. Midoriya estava dormindo sobre seu braço direito, seu cabelo verde ficava todo espalhado nessa posição, era uma visão muito fofa. Ele gentilmente levou suas mãos ate o rosto do dorminhoco, afastou levemente sua franja, desceu seus dedos fazendo carinho na bochecha cheia de sardas do garoto, na intensão de acorda-lo.
Ele ficou admirado, Midoriya transbordava inocência, era uma visão de encher os olhos. Todos e qualquer pensamento negativo foram arrancados de Todoroki. A única coisa que pensava era em como esse ser era meigo, seu rosto era tão delicado.
Não pode evitar de pensar em como era a sensação poder abraçar ele, ou de beijar sua boca. Todoroki ficou surpreso consigo mesmo, os desejos carnais sempre lhe fora um mistério, ate hoje eles nunca tinham se manifestado de forma tão clara.
Os cílios fortemente fechados de Izuku tremeram levemente, ele abriu os olhos piscando levemente. Seus olhos estavam vermelhos, mas isso não mudava a beleza deles.
— Hm... Todoroki? — sua voz rouca soou confusa, ele não sabia como ou quando, mas seu capitão estava ali.
— Oi... eu vim te ver. — Todoroki relutantemente recolheu sua mão.
Midoriya bocejou um pouco e afastou os cobertores, se sentando. As roupas pretas que usava eram gigantes, provavelmente pertencem a Bakugou, o que deixou Shoto um pouco incomodado.
— Kacchan não está? — Midoriya olhou ao redor, era tão fofo ver o pequeno confuso.
— Ele esta furioso comigo, eu entrei escondido. — Todoroki não escondeu, Midoriya analisou seu rosto e mostrou leve choque. Suas mãos delicadas, mas fortes, foram ate seu rosto e tocaram onde ele levou as bofetadas.
— Isso... foi ele? — suas sobrancelhas estavam franzidas, ele parecia preocupado.
— Não importa agora. Eu vim pedir seu perdão, Midoriya. Eu gostaria que você voltasse a minha unidade, mas se você escolher continuar com Bakugou, eu entenderei perfeitamente. — Shoto falou calmamente, sua expressão era a mesma de sempre. Qualquer outra pessoa pensaria que ele estava apenas sendo educado, mas Izuku consiguia ver culpa e dor em seus olhos heterocromáticos.
— Não entendo, você não queria me proteger? Nada disso foi culpa sua, eu que dei uma de herói e acabei sendo pego. — Izuku sorriu docemente, ele não parecia nem um pouco chateado. Suas mãos fizeram um leve carinho no seu rosto inchado, antes de se afastar.
— Foi sim minha culpa. Eu quero que você me perdoe, por favor. — Todoroki insistiu, ele queria ouvir de sua boca que o perdoaria, só assim relaxaria.
— ... tudo bem, então. Eu te perdoo, capitão. Mas com uma condição. — Sorriu sapecamente, ele parecia uma criança mimada.
— Qual seria? — Todoroki levantou um sobrancelha, e perguntou curioso.
— Na verdade não tenho nenhuma, mas é bom saber que está motivado a ter meu perdão. Você vai me dever um favor, que tal? — sorriu brincalhão, Todoroki sabia que ele tinha passado por coisas horríveis, ver o garoto assim o deixava de coração aquecido.
— Tudo bem, eu te devo um favor. — Afirmou Shoto, socando o próprio peito levemente, com uma expressão seria. Antes que pudesse aproveitar mais o momento, ele ouviu a voz de Kirishima vindo de fora, era o hora da retirada.
— Eu preciso ir agora, eu espero te ver logo. — Todoroki sorriu. Ele bagunçou um pouco o cabelo de Midoriya antes de sair.
Um tempo depois disso, Izuku viu Bakugou entrar, carregando uma bandeja nas mãos.
— Eu pensei que ainda estivesse dormindo, teve pesadelos? — perguntou preocupado, colocando a bandeja na mesa e se aproximando. Ele levou sua mão direita ate a testa do garoto, para ter certeza de que ele não estava com febre.
— Eu estou bem, Kacchan. — Sorriu gentilmente de volta, na intensão de acalma-lo.
— Se você diz, só não exagere. Eu trouxe comida, estava pensando se te acordaria ou não, agora não preciso decidir. — Sorriu de lado, estendendo a mão para Midoriya se apoiar.
— Kacchan, eu estou realmente bem. Não estou ferido, não se preocupe. — Midoriya franziu a testa, mas ainda segurou suas mãos e se levantou.
— Eu sei, eu sei. Você é ainda mais resistente que eu, além de muito forte. — bajulou Bakugou, rindo um pouco.
Enquanto saboreava sua sopa, Midoriya viu que Bakugou estava um pouco inquieto. O loiro olhava para pergaminhos, que Midoriya não conseguia ler, e balançava a perna. Era uma bela visão, ver ele pensando seriamente.
— O que aconteceu? — Midoriya se aproximou e se apoio no corpo do outro, chamando sua atenção.
— Sabe a Tsuyu? Parece que ela exagerou um pouco, por isso ela não veio te visitar. — Bakugou contou sobre o que sabia, ele recebeu uma carta diretamente dela.
— Que estranho, ela é tão forte. — Midoriya franziu as sobrancelhas.
— Ela disse que não lutaria amanhã. Isso me parece errado, tem algo acontecendo. Ela e Midnight parecem ter conversado, pode ser que os ferimentos seja uma mentira. Será que elas desconfiam de algo ou alguém? — Bakugou analisou e disse sua opinião, esperando uma resposta de Midoriya.
— É bem possível, Tsuyu tem uma ótima intuição para com as pessoas. Ela tem medo de ser traída, assim como todos da nossa tribo. É quase que uma regra "desconfie de todos os estrangeiros", se tem seu sangue é confiável, se não tem, não é. — contou Midoriya beliscando lábio inferior, pensando seriamente. Vendo o rosto interrogativo de Bakugou, disse com um sorriso — Eu não concordo, é claro. Você, por exemplo, é a pessoa mais confiável que conheço.
Quando ouviu isso, o loiro ficou vermelho. Era bem raro isso, o que fez Izuku rir. Bakugou bagunçou seu cabelo, em forma de expressar sua compreensão.
— Então... ela se encontrou com alguém que pode ser o informante? Por que você não vai ate sua barraca amanhã? Pergunte diretamente, eu odeio ser o ultimo a saber. — Bakugou voltou ao assunto, com um sorriso bobo no rosto.
— Você que manda, amanhã eu vou lá. — Izuku concordou sem nem pensar, ele gostava de Tsuyu, queria saber como ela está.
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jovem guerreiro | Tododeku | Bakudeku
FanfictionMidoriya é órfão de guerra, foi vendido como escravo com 5 anos e passou a ser melhor amigo de Bakugou, um escravo exemplar que servia a mesma família. A maneira como eram tratados era visivelmente diferente. Bakugou era um bom escravo, forte, sil...