— Ora, meu bom senhor, não fale assim. — A voz doce de uma garota disse. Ela caminhou calmamente ate Izuku, ficando muito próxima. Alguns guardas ao redor ficaram chocados, eles se ajoelharam em saudação a princesa.
Ao perceber que a dama em sua frente era a princesa, Midoriya levantou-se desajeitado e envergonhado.
— Por favor, não é necessário. — A princesa lhe esticou a mão, impedindo Midoriya de se ajoelhar.
— Alteza. — Midoriya falou, parado em pé. Era uma visão engraçada, ele parecia tão nervoso e perdido.
— Sente-se. — Ela pediu, cobrindo seus lábios para não rir.
Midoriya obedeceu, voltando a sentar-se em um dos degraus da escada.
— O senhor é um dos sapos, certo? É por isso que diz não ter um lar. — Comentou a princesa se aproximando.
— Sim, alteza. — Midoriya respondeu cauteloso, com medo de dizer algo ofensivo ou indecente. Ainda lembrava-se claramente do seu antigo mestre, que lhe batia sempre que surgia uma oportunidade. Sempre repetindo, com aquela voz nojenta, que deveria mostrar educação com alguém superior. Foi por esse motivo que se afastou da filha dele, que no futuro seria um senhora, governando ao lado de algum nobre senhor.
— Sinto muito por isso, é culpa nossa. — Comentou a princesa, suspirando delicadamente.
— Não é culpa da princesa, muito menos da vossa majestade. — Respondeu tímido. Se alguém fosse culpado, seria ele. Um exilado criado entre os estrangeiro que começou a andar entre eles como parte da tribo. Isso pode ter ofendido boa parte da tribo, já que ela é gigante.
— Eu, a princesa, disse que é. Está a questionar minha palavra? — perguntou ela, soando arrogante.
— N-n-não, alteza. — Midoriya respondeu, tremendo de medo.
A princesa encarou Midoriya por alguns segundos, mas não resistiu em soltar uma gargalhada doce.
— Estou brincando. Não precisa ficar com tanto medo, meu senhor. — Disse a princesa, puxando seu vestido na intensão de sentar diretamente no chão duro e sujo com Midoriya.
Um guarda correu ao ver isso, tirou as presas sua capa e colocou no chão. A princesa sorriu como agradecimento. O guarda deu uma olhada firme e ameaçadora em direção a Midoriya antes de se afastar.
— Então, quer desabafar? Tenho tempo para ouvir. — A princesa sorriu, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.
— Tenho quase certeza que uma princesa nunca tem tempo livre. — Comentou Midoriya. Estudando com cautela a princesa, que parecia querer conversar.
— Tem razão. — Riu a princesa. — Estou fugindo da minha dama de companhia, e de uma reunião tediosa. — Suspirou, parecendo chateada.
— Quer desabafar? Tenho tempo para ouvir, alteza. — Sorriu Midoriya, imitando a princesa. Ela sorriu satisfeita ao ver que Midoriya se soltou um pouco.
— Meus assuntos são banais. Reuniões com traidores, espiões, mentirosos... essas coisas da realeza. Já você, meu senhor, se me permite a franqueza, parece péssimo. — Os olhos da princesa passaram do pescoço até os pulsos de Izuku.
— Isso... só estou pouco ferido. — Midoriya fugiu do assunto estupro, cobrindo seus pulsos com o casaco de pele.
A princesas parou o assunto, não parecia apropriado perguntar.
— Sinto pena do seu povo, vocês não são muito acostumados com traições, certo? — A princesa suspirou.
— Eu fui criado no reino, como um escravo. Mas, aparentemente, no passado eles sofriam muito com isso. Tsuyu não me contou muito sobre. — Comentou Midoriya, olhando para o céu.
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jovem guerreiro | Tododeku | Bakudeku
FanfictionMidoriya é órfão de guerra, foi vendido como escravo com 5 anos e passou a ser melhor amigo de Bakugou, um escravo exemplar que servia a mesma família. A maneira como eram tratados era visivelmente diferente. Bakugou era um bom escravo, forte, sil...