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Assim que amanheceu, o povo sapo partiu. Tsuyu pretendia ir só ela e Izuku. Mas seu povo ficou irritado ao descobrir. Eles queriam saber sobre seus parentes, seus filhos e mulheres. Isso seria injusto com eles, por isso, no fim, todos foram juntos.

O clima entre eles era frio e estranho. Estavam desconfiando uns dos outros. Midoriya percebeu isso, e como o garoto sensível que é, aproveitou para desabafar com todos. Foi engraçado ver homens do dobro do tamanho do garoto dizendo que também estavam com medo. Com a ajuda dele, logo todos pareciam menos tensos. Contando sobre como se sentiam em relação a aquela loucura.

Levaria alguns dias até chegarem na cidade. Tsuyu sentia o alívio de poder processar tudo antes de chegar lá, seria ridículo chorar na frente dos seus homens. Eles precisam de um líder agora, de uma esperança, e não encontrariam isso em uma garota chorona.

Obviamente, ficava grata de poder desabafar para Midoriya. Ele nunca ligou muito para choro, sempre mostrando de forma clara como se sentia. Se estivesse desequilibrado e furioso, mataria. Se estivesse feliz, sorriria. Se estivesse triste, choraria.

A longa jornada era algo bom para ele também, ter tempo livre para refletir e se recuperar do beijo Bakugou e Todoroki, e o mais complicado de todos, aceitar que foi estuprado. Tsuyu sabia que ele fingia que nada aconteceu, deixando suas emoções de lado, era por isso que se sentiu tão assustado com Todoroki. Não que esses dias fossem solucionar magicamente seus problemas, mas ainda poderia pensar a respeito.

...

Dez dias.

Apenas dez dias e Bakugou já se sentia vazio.

Não sabia descrever como era a sensação, só queria ir embora. Não suportava mais ver a cara de Todoroki, e Kirishima passou a agir de maneira estranha.

As batalhas sequer faziam sentido, o general inimigo estava morto, mas os soldados se recusam a se retirar. A única coisa que faziam, era jogar a vida deles fora.

O general Vlad dissera a todos que isso duraria no máximo mais uma semana. Mas não queria ficar ali mais 7 dias, sem ele.

Após a conversa com Tsuyu, Bakugou tinha uma certeza: sem Midoriya, sua vida era cinza e monótona.

Estava preparado para enfrentar qualquer dificuldade e, se surgir a oportunidade, socar quem olhar torto. Isto, se fosse correspondido. Se preparou mentalmente para ser recusado, e aceitaria isso. Mas não conseguia negar, pensar em não ter seu amor correspondido dava um gosto amargo para a boca. De qualquer maneira, não importava. Daria sua vida pela felicidade de Midoriya.

Ainda não recebeu notícias sobre a reunião do povo sapo e o rei. Queria esganar Hakamata, que nem para responder seu mensageiro prestava. Isso o deixava tenso, se não foi notificado era por ser um assunto sério. Bakugou sabia o motivo de estar no escuro. Sempre foi impulsivo, e seus professores sabiam disso.

Hakamata nunca fora um homem tolo, sabia que Bakugou não hesitaria em sair em cavalgada atrás de Midoriya, caso algo ruim estivesse acontecendo. Shinsou, por outro lado, provavelmente estava dormindo. Aproveitando a paz de estar longe do loiro histérico. Nem se importaria em mandar uma carta contando as novidades.

Bakugou riu ao imaginar o garoto suspirando ao se reencontrarem.

— Imaginando seu querido Deku? — Kirishima se aproximou e perguntou. Bakugou não pode deixar de notar o rosto cansado e inchado do amigo.

— Você está péssimo. — Comentou.

— Exausto, eu diria. — Suspirou Kirishima.

— O que aconteceu? Faz um tempo que está assim. — Perguntou, preocupado. Ficou sabendo que Kirishima foi relutante em deixar a Midoriya o visitar, e depois o pegou no colo. O medo do ruivo também nutrir sentimentos por ele o deixava louco, não queria outro concorrente.

jovem guerreiro | Tododeku | Bakudeku Onde histórias criam vida. Descubra agora