Are you lost Baby Girl? (Parte 1)

Capítulo 56 - Fora de controle

Doménico:

Não acredito que Mário tenha feito tudo isso...
Tá certo que eu nunca aturei ele, e o seu jeito mandão, mas meu pai o tinha como membro da família...
Não vou aguentar esperar Massimo retornar, preciso confronta-lo agora...
Após deixar todos em casa, e Olga subir pro quarto, me sentei no sofá...

- Você tá legal irmão? - Adriano pergunta me analisando...

- Estou sim, valeu... - Respondo seco, esgregando as mãos...

- Tá legal, então vou subir, e arrumar algumas coisas, qualquer coisa estarei lá em cima... - Balancei a cabeça, e ele subiu para os quartos...

Olhei em volta, vi que estava sozinho...
Verifiquei minha arma, que está carregada...
Com ela em punhos, fui direção ao porão...
Mário estava sentado numa cadeira...
Seu rosto tinha alguns machucados, provavelmente a mando de Massimo, e não havia nada o prendendo...
Me aproximei dele, e aos poucos ele levantou a cabeça...

- Doménico, o que está acontecendo? - Ele faz cara de desentendido...

Puxei uma cadeira que tinha ali perto, e me sentei de frente pra ele, que imediatamente arregalou os olhos quando viu a arma na minha mão...

- Que historia é essa que você tem envolvimento na morte do meu pai? - Seu olhar é de espanto...

- Você enlouqueceu garoto? Andou cheirando cocaína? - Ele tosse ao mesmo tempo que ri...

- Como pode? Porque Mario? Meu pai sempre te tratou como membro da família, e você o apunhalou pelas costas... - Não consegui esconder tamanha decepção, e uma lagrima escorreu dos meus olhos...

- Cresce e aparece Doménico, você nunca entenderia o profissionalismo entre nois dois, eu também tinha ele como um grande parceiro, enfrentei brigas, e guerras por ele, e nunca tive valor algum... - Ele cospe as palavras... - Você é apenas a sombra do Massimo, que também está longe de ser um mafioso...

Abaixei a cabeça sentindo o ódio me tomar...
Fungo algumas vezes, sentindo meu nariz escorrer junto com as lágrimas...
Não me importo dele atingir a mim, mas meu velho era meu ídolo, meu super-heroi...
Sempre me inspirei nele e na minha mãe, quem sempre defendeu a paz entre as famílias...

- Você me machucou pela última vez seu merda... - Apontei a arma na direção da cabeça dele...

- Veja bem Doménico, Massimo não vai gostar se você passar por cima dele... - Ele ri de novo...

Olhei em volta, e vi uma mesa auxiliar de rodinhas com alguns itens tipo Martelo, alicate, pinça cirúrgica, e entre eles um teaser...
Puxei ela mais pra perto, e peguei o aparelho na mão, deixando a pistola em cima da mesma...
Me levantei, esfreguei o rosto limpando os olhos, e com barulho que aquela arma de choque fez na minha mão, vi Mário se tremer...

- Olha bem pra minha cara, e repete tudo o que você falou... - Encostei nele, e senti um leve prazer vendo seu corpo chacoalhar... - VAMOS LÁ MÁRIO, CADE SUA VALENTIA AGORA? SEU GRANDE FILHO DA PUTA... - Encostei de novo...

Ele caiu da cadeira pedindo para mim parar...

- Olga tinha razão, você não passa de um rato de mocó... - Larguei o equipamento e me virei para ir embora, mas a voz dele me parou...

- Sa...be... Sabe porquê sua mãe morreu? - Ele levantou com dificuldade, e gemendo... - Não foi... Não foi assalto coisa nenhuma, seu pai mandou incenar tudo aquilo...