Capítulo 54 - Não faz assim

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Massimo:

Dois longos dias se passaram, e Adriano não abriu a boca...
Decidimos voltar para a casa, mas por uma opção segura até tudo se resolver, o gêmeo ficará em um hotel com vigilância 24 horas por dia...
Entrei em casa cansado, e ansioso para ver minha pequena...
Mesmo com meu corpo reclamando de dor, por conta da cama do avião, minha mente não se importa...
Posso dizer que estou em "modo automático"
Passei todo o caminho calado, e Doménico apenas me observou, o que me causou um incômodo muito maior...
O deixei com Karlo, e subi para a suíte, joguei o casaco do terno de qualquer jeito em cima da cama, e corri para debaixo da água fria...
Após 20 minitos, eu estava pronto para sair rumo ao hospital...
Ao ir até a cozinha tomar um suco, vi um lindo ramo de rosas vermelhas dentro de um vaso de cristal, Nonna deve ter colhido com todo carinho...
Não resisti e o peguei, pois sei que Laura vai amar...
Caminhei até a garagem para pegar o mustangue, mas algo caído perto do meu carro me chamou a atenção...
Havia uma camisinha usada ao lado do pneu, encostei o vaso no banco do carona, indignado com aquilo...
Analisei o carro, e não vi nenhuma mancha que indicasse esperma, e fiquei pensando quem poderia ser o filho da puta que deixou aquilo ali...
Apenas duas hipóteses passaram pela minha cabeça...
Ou foi Mário, ou foi um dos seguranças, e conhecendo tão bem cada um que trabalha para mim, posso afirmar que um dos seguranças não foi...
"Mário seu cretino, você não perde por esperar"
Rapidamente, e puto de raiva me apressei mais ainda em sair dali...
"Pronto, agora minha garagem virou motel, era só o que me faltava"
Liguei o motor, e sai a mil na estrada...
Quando estacionei em frente ao hospital, antes de descer do veículo, disquei o número do maldito...

- Massimo... - A voz irritante de Mário parecia alegre...

- Já cheguei de viagem Mário... - Falei seco, e ignorante... - Agora vou ver a Laura, e espero que quando eu for estacionar meu carro na garagem aquela merda não esteja mais lá...

O ouvi engasgar, e tossir muito...

- Co...mo... - Uma tosse... - Como assim?

- É seu desgraçado, quer curtir com as suas putas, fica a vontade, mas longe da minha casa... - Quase gritei...

- Massimo, espera eu... - O cortei...

- Você nada, vamos conversar quando eu chegar daqui a duas horas, e espero que você esteja impacientemente me esperando... - Desliguei na cara dele...

" Vê se eu posso com isso"... Revirei os olhos com meu próprio pensamento, enquanto entrava na unidade...

Passei voando pela recepção do segundo andar direto ao quarto 215...
A porta estava aberta, e de longe ouvi os risos das meninas...
Ajeitei minha postura e minha camiseta, esfreguei a mão no rosto, e os cabelos deixando absolutamente tudo de ruim do lado de fora...
Cheguei na porta, e vi Laura rindo com Olga, e Ayla, o que aqueceu meu coração, e fez todos os meus problemas desaparecerem...
"É o efeito que ela tem sobre mim"
Dei duas batidas de leve, e seu olhar encontrou o meu...
Juro que o mundo parou quando o brilho intenso daquele olhar me penetrou...
Logo seus olhos se encheram de água...
Olga e Ayla pediram licença, e nos deixaram sozinhos...
Me aproximei com o vaso nas mãos, tentando a todo custo controlar minhas emoções, mas falhei feio...

- Você veio... - Sua voz estava rouca, e baixa...

- Claro que sim... - A minha estava falha...

Coloquei as flores na mesinha em frente a cama, e Laura esticou os braços para mim...
Me aproximei devagar, até com um pouco de medo de machuca-la se eu fosse muito ansioso...
Passei meus braços em volta dela, e ela me agarrou como se sua vida dependesse disso...

Are you lost Baby Girl? (Parte 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora