Capítulo 95 - Luz no fim do túnel

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Doménico:

A morte de Adriano não terá sido em vão...
Massimo não se importou tanto por três motivos, primeiro Adriano nos abandou em um momento trivial, e Massimo nunca o perdoaria por isso, segundo é que apesar das brincadeiras Adriano respeitava muito as meninas, mas era evidente que ele estava apaixonado pela Laura, e o terceiro é que todo mundo sabe que ele não dava a mínima para a própria vida...
Mário o usou como um fantoche, destruiu sua vida, sua família, e o tranformou em um viciado, uma mera sombra do homem que foi um dia...
Meu irmão já não tinha mais cura, mas o seu gêmeo tem, e eu jamais deixarei que ele se perca no escuro novamente...
Quando Massimo sumiu após o sequestro, Carlo e eu já sabíamos no que se resultaria, e se continuasse em breve não haveria mais o que ser feito, então precisavamos dar um socega-leão nele...
Conversamos quando ele despertou, e como eu suspeitava ele fez tudo de cabeça quente...
Deixei que se colocasse a mente em ordem debaixo da ducha fria, e voltei ao quarto para ver Olga que olhava algo pela janela...

- Amore(amor) - Abracei sua cintura, e beijei seu ombro...

- Temos que acha-la Domenico... - Falou chorosa... - Temos que tira-la das mãos daquele louco...

- E nós vamos Olga, eu prometo... - Ela se virou e me abraçou com força...

Os dias começaram a passar, e por um tempo as esperanças diminuíram...
Massimo quando não estava em alguma reunião em buscas de informações, estava sempre inquieto e com prada em seus pés o tempo todo...
A pequena bola de pelos deixava claro, o quanto havia se apegado a sua dona, e agora Massimo tentava encontrar nela alguma forma de acalentar seu demônio...

- Eu consegui... - Carlo entrou gritando em casa... - Foi difícil mas localizei Amélia Mattos... - Massimo e eu nos encaramos na mesma hora...

Se tem alguém capaz de revelar o padareiro do Nacho, esse alguém é sua irmã...

- Onde ela está? - Massimo perguntou...

- Ibiza... - Respondeu...

- Temos que dar um jeito de chegar até ela... - Massimo disse nervoso...

- Impossível, ela está no território do irmão com a família, o marido e o filho... - Explicou...

- Dane-se, nós vamos dar um jeito, temos que dar um jeito... - Esfreguei as mãos...

- Eu posso chegar até ela... - Ayla falou atrás de nós, e quando viramos as duas estavam ouvindo a conversa...

- Nem passando por cima de mim... - Carlo disse grosso...

- Não estou pedindo sua permissão Carlo, estou me oferecendo para ajudar como posso... - Ela caminhou até o centro da sala...

- Acho bom tirar essa ideia da cabeça Ayla, estou falando sério... - Carlo foi até ela, apontando o dedo na sua direção...

- Ayla tem razão primo... - Falei e sua fúria se voltou pra mim...

- Ah é? Então porque não manda Olga pra lá? - Cerrei a mandíbula com a ideia...

- Porque além de carregar o sobrenome Torricelli, carrego um filho que seria um troféu em mãos erradas, além do mais iriam me descobrir assim que eu desembarcasse do avião... - Ela responde antes que eu diga algo... - Ou teria o maior prazer de me arriscar para salvar minha irmã...

O clima se tensionou no ambiente...
Carlo encarava a mim e ao Massimo com fúria, Ayla nos olhava de modo confiante, e Olga observava tudo com preocupação...

Are you lost Baby Girl? (Parte 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora