Capítulo 51 - Tudo definido

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Massimo:

Quando abri meus olhos, senti uma forte dor de cabeça, como se tivesse bebido todas, e mais algumas...
Passei a mão na mesinha de cabeçeira a procura do meu celular, mas não o encontrei...
Me levantei tonto com bastante dificuldade, parecia que alguém havia me dado uma pancada na cabeça...
As cortinas estavam fechadas, e ao abri-las, a luz forte do sol invadiu o quarto me deixando quase cego...
Consegui sair do quarto, e descer as escadas, fui direto para a cozinha e bebi alguns copos de água gelada, já aproveitando para jogar um pouco no rosto...

- Boa tarde menino Massimo... - A voz de Franthesca ecoou até meu cérebro... - Está melhor?

- Nonna, que remédio era aquele que a senhora me deu?

- Era um calmante, pelo o que o Doni falou, você deu bastante trabalho, não se alimentou, e nem dormiu um segundo se quer...

- Então a senhora me dopou? - Falei incrédulo...

- Mas é claro, a mando de Doni...

- O que? Quem é Doni? - Perguntei achando que eu tinha escutado errado...

- Doménico... - Ela responde cauma...

Revirei os olhos, e coloquei o copo sobre o balcão da pia, e segui para a sala...
Nick, e os demais estavam todos jogando baralho, mas logo a atenção veio para mim, quando me joguei ao lado de Karlo no sofá...

- Carai, você ta mal ein irmão kkk... - Doménico caçoou da minha cara, fazendo Karlo também rir, e as meninas me encararem...

- Quem passou por cima de você com um trator? Kkk - Karlo também me zoava...

- Doni mandou me dopar... - Observei a cara fechada dele, assim que pronunciei seu apelido de infância...

- Quem é Doni Massimo? - Olga franziu as sobrancelhas...

- Doménico kkkkkkkkk - Apontei pra ele, e todos riram junto comigo... - Apelidinho novo "Nick" kkkkkk

- Isso não tem graça, Nonna me chamava assim quando eramos pequenos... - Ele disse emburrado, enquanto todos ainda riam...

Me levantei do sofá, e fui até o escritório...
Ao abrir a porta, dei uma olhada, e vi meu celular em cima da mesa, perto do notebook...
Então me lembrei que quando Karlo e eu conversamos, eu o deixei aqui, e não voltei para buscar...
Voltei a sala, e me sentei no mesmo lugar que estava antes...

- Quer jogar? - Doménico me pergunta...

- Não valeu, se eu me viciar em ganhar de você, nossa amizade vai ficar abalada... - Dei um sorriso de lado... - Agora sim estou com dor de cabeça...

- Mas você melhorou bastante, aposto que seus pensamentos não estão te sufocando mais tanto não é? - Olga falou, e eu apenas concordei...

- E então vamos a reunião? - Olhei de Karlo para o meu irmão... - Onde está Mário? - Perguntei já irritado...

- Vimos ele sair já faz um tempo... - Ayla responde...

Olhei de um lado para o outro, e apertei o braço do sofá com raiva...
Olhei no meu celular, e já eram quase 18:00 da tarde, apesar de não parecer...
Me levantei mais uma vez, agora saindo para o jardim da frente, e discando o numero de Mário...

- Alô, Massimo? - Havia uma batida alta tocando de fundo...

- Mário, eu mandei que não saisse, volte imediatamente... - Gritei puto de raiva...

- Não pode ser daqui a uma hora? As melhores dançarinas vão entrar daqui a pouco...

- EU DISSE AGORA... - Gritei impaciente... - A não ser que queira que eu vá ai pessoalmente?

- Ok, ok, daqui a pouco chego ai...

Desliguei na cara dele...
Pelo o que pareceu ele está em uma boate, bebendo, se divertindo, provavelmente se drogando, e usufluindo de putas, enquanto minha noiva está no hospital, e todos aqui estão chateados...
Se eu pensar que ele possa estar comemorando, de hoje ele não passa...
Chamei Doménico e Karlo, enquanto caminhava para o escritório, e eles logo apareceram...

- Vamos logo definir nossos planos, e traçar nossas rotas, mas só vamos nós, ninguém além da gente deve saber para onde vamos... - Expliquei já sentado atrás da minha mesa...

- Primeiro destino? Polônia, colher as informações de Adriano... - Doménico diz, e Karlo concorda... - Certo, Mário não pode saber, minha intuição me diz que confiar nele é errado, nos ultimos anos ele tem feito tudo o que queria, do jeito que queria, nos usou como fantoches, e quando nos revelamos, ele se zangou e está tentando sair por cima...  - Doménico se mostra indignado...

- Faremos as coisas por baixo dos panos, vou mandar ele ficar aqui, mesmo sabendo que ele não vai obedecer, o que será um alívio, já que Olga, e Ayla ficaram aqui na mansão, seremos discretos, para não afugentar a presa... - Esfreguei o queixo...

- O jato está confirmado para amanhã no primeiro horário do dia Massimo... - Doménico olha o celular...

- Ótimo, avise Olga que Guído estará aqui pela manhã, e que em hipótese alguma elas devem sair sozinhas, vão poder ir para o hospital, e passar o dia todo lá se quiserem, mas sempre com Guido, ou Mark com elas... - Os dois balançam a cabeça em concordância...

A porta do escritório se abriu, e Mário passou por ela...
Olhei de Karlo, para Doménico a minha frente, e ajeitei minha postura na cadeira...

- Desculpe Dom... - Ele parece um pouco bêbado...

- Não tem problema Mário, já demos início na reunião, só esperavamos você para passar a limpo...

- É claro... - Ele se sentou no sofá...

- Amanhã terei uma reunião fora da Sicília, Nick, e Karlo me aconpanharam, e você ficará para cuidar das meninas...

- Mas Massimo... - Eu o cortei...

- Vai desobedecer uma ordem direta minha? - Havia fúria na minha voz...

- Não Massimo, nunca... - Ele demonstrava que não gostou nem um pouco...

- Ótimo, estamos resolvidos, reunião acabada...

Me levantei da mesa, enquanto eles saiam do escritório...
Mesmo que eu pareça bem, não estou...
Mesmo que eu mostre autoridade na minha voz, por dentro estou quebrado...
E mesmo que eu dê risadas, não é a mesma coisa...
Ainda não parei de pensar na minha pequena...

- Massimo, hora do jantar... - Doménico enfia a cabeça pela fresta da porta... - Nonna disse que não vai servir a mesa até você estar lá...

- Já estou indo... - Disse chateado...

Ainda permaneci sentado ali por mais um tempo, mas eu sabia que se eu não fosse logo, a qualquer momento Franthesca apareceria para me buscar...
Me levantei e sai do escritório, trancando a porta com a chave...
Eu sei que quando eu estiver fora, Mário vai tentar mexer nas minhas coisas, e o único que tem a cópia da chave, é Doménico...
Caminhei para a área da piscina, e estavam todos sentados a mesa esperando por mim...
Mesmo que eu não tivesse fome, fui obrigado a comer...
Depois que terminamos, todos subimos juntos para o andar de cima...
Me tranquei dentro do meu quarto, e comecei a arrumar o necessário para amanhã...
Estava nervoso por ver meu irmão gêmeo depois de tanto tempo...
Me sentia eufórico, por conta do que podiamos conseguir...
Estava com raiva, por pensar que aquele desgraçado do Mattos, só escapou porque o pai foi em seu socorro, eu vou mata-lo por ter se metido nos assuntos da máfia...
E estava chateado, e preocupado por deixar Laura naquele hospital...

Are you lost Baby Girl? (Parte 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora