Are you lost Baby Girl? (Parte 1)

Capítulo 48 - Eu te prometo

Massimo:

As horas vão se passando, e nada do médico vim trazer notícias...
Doménico, e os outros estão dormindo nas cadeiras, porque se recusaram a ir para casa...
Eu não consigo dormir, não consigo ficar sentado por mais de 1 minuto, já levei xingo por ir a cada 10 minutos na recepção, mas não ligo, preciso saber da minha noiva...
Perdi meu filho, perdi meu chão, perdi parte de mim, se eu perder Laura também vou morrer...
Tentei entrar no centro cirurgico, e Doménico já havia dito que se eu tentasse de novo, ele mandaria me dopar...
Os seguranças do hospital foram chamados, para ter certeza de que eu ia me controlar...
Já estava insuportável ficar ali...

- Daqui a pouco você vai abrir uma cratera no chão... - Karlo encostado na cadeira me olhava apenas com um olho aberto, e eu apenas o encarei...

- Massimo pare com isso, e se acaume... - Doménico se levantou, acordando Olga, e Ayla...

A tensão no meu corpo está em um nivel, que se aumentar mais meu coração vai parar...
Minha cabeça parece que vai explodir de tanto pensar, tem mais de 48 horas que eu não durmo, não sinto cansaço, nem sinais de sono, muito menos consigo fechar os olhos...
Doménico foi buscar algo para as meninas comerem, e em baixo do seu paletó ficou o coldre com uma arma, e quando olho para as portas da ala cirúrgica, vejo que não tem ninguém vigiando...
"Preciso ve-la" Meu cerebro ordena, e sem que ninguém perceba, pego a arma de Doménico, coloco na parte de trás da calça, e entro no centro cirúrgico...
Dou de cara com um longo corredor, e algumas salas...
Devagar vou andando, e olhando através dos vidros, quando sinto mãos segurarem nos meus ombros...
Ao me virar vejo 3 seguranças grandes em volta de mim...

- Senhor não pode ficar aqui... - Eles me encaram...

- Não vou sair daqui até ver minha mulher... - Digo com raiva...

- Sinto muito mas teremos que tira-lo daqui a força... - Um deles se aproxima para pegar no meu braço, e dou um soco no nariz dele...

- Já disse que não vou sair daqui até ver a Laura... - Dou alguns passos pra trás, e fecho o punho...

Os outros dois vem para cima de mim, consigo me esquivar de um, enquanto brigo com o outro, mas não dura muito, quando sou surpreendido com um braço em volta do meu pescoço...
Me debato incansavelmente, e os três tentam me swgurar...

- ME SOLTA AGORAA... - Esbravejo...

Consigo soltar um dos braços, saco a arma, e aponto na direção dos 3 que ficam me encarando...

- Maassimoo... - Doménico e Karlo chegam por trás dos homens, e sinto o gosto de sangue ao constatar um corte no lábio inferior...

Minha camisa está toda amarrotada, meu cabelo bagunçado, tenho um corte na boca e estou parado em um corredor, na ala proibida do hospital encarando 3 brutamontes de terno preto, enquanto Karlo e Doménico andam na minha direção...

- Que merda você pensa que está fazendo? - Doménico pergunta...

- Eu preciso ver ela Doménico, não vou sair daqui até ter certeza de que Laura está bem... - Limpo meu labio...

- Massimo, você está cansado, precisa dormir, quando acordar vai se sentir melhor... - Karlo fala com as mãos levantadas, gesticulando pra que eu abaixe a arma...

- Ele tem razão Massimo, assim só vai conseguir piorar tudo, e ainda vai ser expulso daqui... - Doménico esfrega os cabelos...

- Vai a merda Domenico, pra você é facil falar, Olga está sem um arranhão... - Digo ignorante... - Eu coloco essa merda aqui a baixo se qualquer um me impedir...

Doménico olhou para o karlo, que encarou os seguranças...
O mesmo médico que veio falar comigo antes aparece no corredor atrás de mim, e me olha com compaixão...

- Vamos todos nos acaumar... - Ele dá uma bronca... - Todos nós estamos cansados, nunca é fácil esperar por notícias em uma sala de espera de um hospital... - Ele faz sinal, e os seguranças vão se afastando... - Senhor Torricelli, acume-se sim? - Ele mexe as mãos pedindo pra abaixar a arma... - Eu já estava indo avisa-lo que a cirurgia acabou, vamos levar Laura para o quarto do pós-operatório, e poderá ver ela... - Seu tom é caumo...

Olho de Doménico, para o médico e devolvo a arma pro meu irmão...
Segui o Doutor até a última sala do corredor, e antes de entrar vesti uma roupa apropriada por cima da minha, e lavei minhas mãos...
Quando entrei, vi um grande quarto, e a cama da Laura estava no canto da parede...

- Vou deixa-los a sós... - O médico acena com a cabeça e sai do meu campo de vista...

Me aproximo dela, e vejo alguns aparelhos ligados ao seu corpo...
Ela parece tão serena dormindo, nem parece que passou por um enorme trauma...
E foi nesse momento em que vi a importância da minha existência...
Ela estava bem ali, tão fragil, e delicada, como um cristal...
Puxei uma cadeira, e me sentei ao lado dela...
Peguei sua mão com cuidado, e entrelacei nossos dedos...
Senti um peso tão grande no meu corpo, um aperto no peito, como se o mundo não tivesse mais o ar...
As lembranças de todos os nossos momentos se passaram como um filme na minha cabeça...
Um filme lindo, romântico, um pouco complicado, mas em todas as cenas eu só via o sorriso dela, seus olhos brilhantes, e seu lindo rosto com pele de pessego...
Não segurei o choro, até porque nem forças pra isso eu tenho...

- Oi Viida... - Alisei uma mexa do seu cabelo... - Amor, nosso pequeno se foi... - Abaixei a cabeça, enquanto as lágrimas tomavam conta dos meus olhos... - A culpa não foi sua, eu fui um imbecil por ter deixado você tão exposta... Eu estou sempre tentando fazer as coisas certinhas, e nada nunca sai como eu espero... - Um nó se formou na minha garganta... - Eu... Eu só queria uma vida o mais normal possivel pra você Laura, eu juro... Sempre soube dos riscos, e agora nós perdemos nosso filho, e você quase morreu por culpa minha...

Já não consegui mais segurar, esse sentimento estava me sufocando, e acabando comigo...
Comecei a soluçar forte, e quando percebi não conseguia mais controlar o choro...

- Amor me perdoaaa... Nós vamos superar isso juntos eu prometo, mas por favoor não me abandona... Vou ser uma pessoa melhor Laura, por você... Vou até os confins do mundo pra caçar aquela desgraçada da Anna, e vou vingar nosso filho amor, eu juro...

Um odio enorme tomou conta de mim...
Derrepente eu queria ter Anna na minha frente, e fazer com ela todos os tipos de torturas inimaginaveis...

- Vou acha-la amor, vou acha-la... - Eu repetia essa frase, com a cabeça encostada no colchão, enquanto olhava para o rosto dela...

Em algum momento, a tensão do meu corpo se foi, os soluços eram fortes e frequentes, mas um cansaço sobrenatural tomou conta de mim...
Ela sempre teve esse poder sobre mim, e mesmo não estando acordada, ainda sim fazia eu me sentir uma pessoa comum...
Eu ainda jurava vingança em nome dela, quando em algum momento fui tomado pelo sono...